Cap 04 🥀

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Edward

Meu nome é Edward, tenho dezenove anos e sou gay e também sou um garoto de programa. Talvez esse último anúncio tenha deixado muitos de vocês bem surpresos, mas é a pura verdade. Mas eu creio que eu tenha um lado que puxei da minha mãe, até porque ela também era uma garota de programa. E digamos que a minha vida não seguia os rótulos de uma família normal americana.

Meu pai nunca foi presente, além disso, eu nem sei quem é. Já fui um jovem sonhador a procura do homem que foi o responsável pela minha existência. Mas o que descobri foi que eu era filho de um cafetão e além disso, era o líder do tráfico de drogas e morava perto da minha casa. E para ressaltar, moro em um dos bairros mais pobres da cidade, então a única maneira de ganhar a vida aqui já que ninguém nos dá a oportunidade. Eles nos olham como se fossemos um tipo de doença, vou lembrar a vocês que tipo de formas de nós sobrevivermos: ser um traficante, um stripper ou uma e um garoto de programa ou garota.

E infelizmente estou aqui, nessa lista de merdas para ganhar a vida. Consegui terminar o ensino médio, foi um custo dos infernos mas pelo jeito existem milagres mesmo. E não consegui entrar em nenhuma faculdade, e eu não podia ficar parada, se vocês acham que eu não tentei vocês estão redondamente enganados. É lógico que tentei, mas acham realmente que iriam controlar um jovem gay e ainda mora num bairro aonde se tem traficantes e prostitutas a cada rua que passava?

Se vocês responderam que não, pior que estão corretos. E meio que os meus professores também estavam corretos, infelizmente eu tive essa vida. E não posso dar pra trás, é a minha única solução. A minha mãe me abandonou quando tinha quinze anos, e não era pelo fato da minha sexualidade e sim porque ela era uma viciada compulsiva e até mesmo bipolar. Já brigávamos o tempo todo, sempre dizia que seria como o meu pai e ela nem sabia quem era. Até porque, fui que descobri, mas isso não importa mais, o que importava no momento era que isso é a minha história.

Tomei um banho bem caprichado, na água gelada porque não tenho chuveiro elétrico. Mas pelo menos eu estou limpo, dei um jeito no meu cabelo escuro para ficar bem penteado. Diferente das últimas vezes, o cara que me ligou não conhecia e nunca vi pelo bairro. É, tenho um site que paguei um carinha pra fazer para mim. Agora vocês imaginam como eu paguei ele para fazer, pois é, é isso que vocês estão pensando.

Era claro que no site deixei meu número de contato e começamos a conversar, não havia foto no perfil e vocês devem me achar um louco por aceitar dar para um homem desconhecido que nem sei qual é a sua aparência. Ele pode ser um psicopata ou um sociopata, mas eu preciso da grana ou vão me tirar do meu barraco. Pois minha mãe não me ajuda a pagar as contas e o aluguel, e olha que ela nem mora mais aqui mas sempre vem chorando pedindo arrego. E como um filho bobinho de bom coração, aceito ela de braços abertos e depois ela me chuta como se eu fosse algum tipo de brinquedo que estava na hora de jogar fora.

Escovei os dentes e escolhi uma roupa melhorzinha no fundo do meu guarda-roupa. Um moletom vermelho e uma calça jeans, que nem estava tão boa assim. Mas cá entre nós, isso não vai relevante para o vai acontecer nas próximas horas.

Saí de casa as oito e ponto da noite, por todas as ruas via os garotos de programa esperando o seu comprador. Falando assim pareço estar nos dirigindo como se fossemos uma mercadoria, mas era infelizmente a pura verdade. Pois os homens que nos pagam, nós vejam como um tipo de objeto e depois fingir que nem nos conhecem. Pode até me chamar de hipócrita por seguir esse tipo de vida, mas algumas pessoas não tem escolhas. Podem até dizer que temos, mas se estivesse no meu lugar na vida que eu tenho, teria a escolha de seguir um caminho diferente?

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