Ela está perto da divisão do primeiro estado, com o segundo, encontrar um vampiro em território humano lidaria a liberdade de arrancar a sua cabeça — talvez comece pelos dedos, atiraria nas pernas, e depois usaria a adaga pequena feita de prata escondida no seu coturno, para torturar.

O sorriso malicioso que Damarys deu, era de causar arrepios em qualquer um que se aproximasse dela.

A floresta ficou em silêncio, o subir e descer dos seus ombros, controlado pela sua respiração filtrada, Rys ouviu um barulho distante, provavelmente algum animal correndo sobre a neve fina que cobre a grama da floresta.

Atrevellee, sempre está oscilando entre dias chuvosos cheio de lodo e musgo, e neve árdua, o frio nessa região é esperado, embora ela seja acostumada com o calor da capital de Graka, o frio era bom.

Sem pensar duas vezes ela seguiu seu instinto, apressou seus passos e continuou agachada, apoiou-se em uma árvore e torceu para ser um vampiro quebrando as regras territoriais, esse seria seu momento de diversão.

Para sua tristeza e total decepção, a escuridão e a neblina atrapalharam a sua caçada, a neve a deixa com movimentos mais lentos limitando-a. Para um caçador que não é treinado, esse lugar seria uma cilada perfeita, esse não é o seu caso.

Ela prendeu o ar, e moveu-se rapidamente abaixando, curvou-se o seu corpo sobre o tronco quebrado no caminho, virou-se com rapidez desencarrilhando a arma, o barulho da pistola a fez se posicionar sem exitância. Suas duas mãos segurando a arma, o olhar frio e concentrado na sua presa.

O ruivo paralisado pelo pânico na sua frente, a ponta gelada do metal encostou na testa do homem, alguns segundos, e ele finalmente gritou aterrorizado em pânico escandalosamente, soltando o ar preso em seus pulmões.

— PORRAAA!!!! — A voz falha a fez grunhir e abaixar a arma saindo da sua posição de ataque. — DESGRAÇADA, PUTA QUE PARIU! — O homem continuou desesperado com a mão sobre o peito.

Quanto drama, pensou a caçadora revirando os olhos, embora se contenha para esboçar um sorriso de humor.

— Diabos, eu disse para não me seguir. — Chutou o tronco da árvore coberto de neve. — Mas você tinha que dar com as línguas nos dentes, infeliz!

— QUERIA ME MATAR? — Ela o olhou colocando a arma por dentro do casaco, na parte detrás do cós da sua calça. Desistindo de caçar, por hora.

— E perder uma bala com você? — Disse com desdém indo na direção contrária que pretendia, para a trilha. — Prefiro levar uma facada, e ter todas as minhas entranhas arrancadas para fora com vida.

— Porra Mancini, porque diabos você tem uma arma?

Rys o olhou com uma expressão fria, e voltou a caminhar pela trilha deixando que o ruivo fizesse barulho ao correr atrás dela na neve.

Nesse momento, desejou novamente encontrar um vampiro no caminho, e que esse vampiro atacasse o homem tagarelando ao seu lado, para depois, somente depois, ela matar o vampiro. Seria tão prazeroso, duas tacadas em uma única oportunidade. Ao menos sonhar não é proibido.

— Porque eu não teria uma arma?! — Resmungou de longe vendo faróis acessos, ela olhou para o homem que a seguia e sorriu maldosamente. — Deveria estourar seus miolos, você não faria falta.

— Escutar aqui sua aberraçãozinha, eu não tenho medo de você. — Damarys sorriu pela primeira vez na noite, com vontade. — Saiba, que vou informar ao rei que está armada.

Levi Viturino, soou tão ridiculamente que a fez gargalhar diante da sua feição de enraivecido. Damarys o acha patético, e o julgou como um idiota nesse momento. Esse é o padrão dos bocós que trabalham com o rei.

A caçadora do Alfa Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz