Brinquei o resto da tarde com Henry, e perto de anoitecer levei o mesmo para tomar um banho relaxante de banheira. Após o vestir com um pijama confortável, descemos e eu preparei a sopa de legumes que estava no congelador.

Depois de dar a janta, fiquei fazendo carinho nele e cantando baixinho, já que o tempo de tela já havia acabado e ele não pode mais ver TV. Percebi que o mesmo estava quase fechando os olhinhos, então me levantei com Henry no colo e o balancei de leve até ele pegar no sono.

Deixei Henry no berço, liguei a babá eletrônica e sai com cuidado do quarto para não acorda-lo. Encostei a porta e me deitei no sofá para continuar lendo o livro.

Horas depois ouvi um barulho estranho vindo da porta. Deixei o livro de lado e ao olhar bem, percebi que tinha alguém mexendo na porta. Peguei a primeira coisa que vi pela frente e fui devagar até a mesma. Destranquei a porta tentando não fazer barulho, e então abri com tudo.

Xxx/ Liz: AAAH!- gritou de susto e eu acabei gritando ao mesmo tempo.

Liz: Shhhhhh!- coloquei a mão na boca dele.- Você está doido?!- ele riu.

Connor: Desculpa, não queria te assustar...- olhou pra minha mão.- Ia me atingir com um sapato?- apontou rindo e eu olhei, logo escondendo atrás de mim.

Liz: Ahm... Tá fazendo o que aqui?- mudo de assunto e dou espaço para o mesmo entrar.

Connor: Te liguei o dia todo e você não respondeu nenhuma das minhas mensagens...- fechei a porta e ele respirou fundo.- Fiquei preocupado quando você não voltou pra casa hoje.- eu sorri e fui até ele, logo o abraçando.

Liz: E aí você decidiu invadir a casa da sua tia as dez da noite?!- rimos.

Connor: Achei que meu primo já estaria dormindo, então achei melhor não tocar a campainha.- coçou atrás da cabeça.

Liz: Muito obrigada por isso!- ele riu.

Connor: Poderia ter respondido pelo menos uma mensagenzinha né...- envolveu os braços em minha cintura.

Liz: Desculpa, tive problemas com o carregador.- coloco os braços em seu pescoço.- Não foi a intenção te preocupar.- deposito um selinho em seus lábios.

Connor: Ta fazendo o que aqui tão tarde?- me olhou.

Liz: Sua tia foi pra um congresso.- me soltei dele.- O que acabou de me lembrar que estou na casa da minha chefe e que eu posso levar uma bronca daquelas se ela te ver aqui...- ele me olhou.

Connor: Sou sobrinho dela, é só eu mandar uma mensagem dizendo que vim te ajudar a cuidar do bebê.

Liz: É o meu trabalho.- sorri e fui até a cozinha.

Connor: Então sou o galã preocupado com sua princesa, que veio fazer companhia para que não passe a noite sozinha com um bebê em um bairro que não conhece.- não consegui controlar a risada.

Liz: Que brega!- ele sorriu e beijou meu rosto.

Connor: Fica tranquila, vou ligar pra ela.- assenti e ele cumpriu o que disse.

Olívia concordou em Connor continuar aqui. Fizemos brigadeiro e pipoca, colocamos filme de comédia e fizemos uma competição de quem rir paga o almoço de amanhã.

Sou uma Rodrigues! Minha risada é frouxa pra caramba, era obvio que eu iria perder nos primeiros cinco minutos do filme. Ao dar meia noite, Henry acordou e começou a chorar.

Liz: O chefinho me chama!- deixei o balde de pipoca de lado e subi.- Oi meu amor, por que está chorando?- fui até o mesmo que estava de pé no berço.

Henry: Mamãe...- chorou mais.

Liz: A mamãe não está em casa, mas tem a tia Liz... Serve?- ele começou a bater o pé.- É... acho que não.- o peguei no colo.

Comecei a ninar ele, mas o mesmo não parava de gritar e chamar pela mãe. Bendita hora que esse menino aprendeu a falar mãe, viu...

Liz: Neném, a mamãe só vai chegar amanhã. O que acha de dormir? Assim que acordar ela estará aqui.

Henry: Mamãe! Mamãe!- me ignorou e começou a se debater no meu colo.

Connor: Ta tudo bem?- chegou no quarto.

Liz: Tá sim.- Henry começou a me empurrar.

Henry: Solta!- me empurrou mais.

Connor: Quer vir com o primo?- esticou o braço e Henry foi com ele.- A mamãe volta quando o sol aparecer, tá bom? Não precisa chorar.- arrumou o cabelinho dele.- Quer mamadeira?

Henry: Tetê...- esfregou os olhinhos.

Liz: Vou fazer.- Connor assentiu e então desci.

Preparei a mamadeira e voltei até eles. Tentei pegar o bebê, mas assim que o peguei no colo, ele começou a me empurrar de novo e eu acabei deixando a mamadeira cair no chão.

Connor: Tudo bem, eu pego.- sorriu e pegou a mamadeira.- Vou lavar o bico, já volto.- assenti e tentei acalmar Henry de novo.

Liz: Por favor, Henry... Para de chorar.- o deitei em meu colo e comecei a balançar o mesmo, mas ele não parava quieto.- Por favor...- fechei os olhos.

Henry: NONOOO!- chamou por Connor.

Liz: Para Henry... Para por favor...

Connor: Vem.- chegou e o pegou novamente.- Toma.- colocou a mamadeira em sua boca e sentou na poltrona.

Ele ficou quietinho e eu me senti uma fracassada. Poxa, tava tudo indo tão bem... Por que ele se revoltou contra mim? É o meu trabalho! Eu que deveria conseguir dar conta disso, não o Connor!

Liz: E-eu vou lá pra fora...- saio do quarto e me jogo de cara na cama do quarto de visitas.

Mais ou menos uma hora e meia depois, Connor apareceu e se deitou ao meu lado.

Connor: Ele dormiu.- fez carinho em meu cabelo.- Tá tudo bem?

Liz: Ele me odeia.- respirei fundo.

Connor: Não odeia não... Só está cansado, e é a segunda vez que ele fica longe da mãe dele por tanto tempo. É normal um bebê ficar assim.- o olhei.

Liz: Você não parece nem um pouco com a mãe dele.- ri.

Connor: Ahm... Obrigada?- riu também.- Não fica triste.

Liz: Não estou triste... É que ele ficou tão bem comigo aquela vez na sua casa...- suspirei.- Pensei que seria tranquilo na primeira noite sozinha com ele.

Connor: Ah então não é tristeza, é ciúmes.- riu e eu revirei os olhos logo enfiando a cara na almofada de novo.- Mas vem cá... É ciúmes de mim ou dele?- o empurrei e o mesmo riu.

Liz: Bobo.- o olhei e o mesmo me deu alguns selinhos.

Connor: Se aquela senhora do elevador nos visse agora com essas caras de pais cansados, com certeza ela não acreditaria que não somos!- rimos.

Liz: Você seria um ótimo pai!- olhei em seus olhos.

Connor: Nós seríamos.- corrigiu e eu não contive meu sorriso.

Me deitei em seu peito e eu estava tão cansada que dormi quase que imediatamente. Como pode um tiquinho daquele cansar tanto alguém?











O Idiota do Meu VizinhoWhere stories live. Discover now