— Tô ligada pô, fique tranquilo que eu sei como colocar essa daí no lugar. — falei sem muito idéia.

— Jaé irmão! Vou terminar de fazer algumas cobranças e mais a gente se tromba. — se levantou e eu concordei com a cabeça.

— Fé aí meu parceiro, quem não fizer a porra do meu pagamento pode mandar direto pra vala! —  fizemos o toque e ele saiu da minha salinha.

Fiquei um tempinho marolando na minha sala e escutei algum filho da puta bater na minha porta, namoral mermo, eu não tenho um minuto de paz nesse caralho.

— Pode entrar porra! — falo e vejo o Jota passando pela porta.

— Coé chefe, a Larissa tá aí fora querendo falar com tu, posso liberar? — perguntou todo sem jeito.

— Tomar no cu mermo, haja paciência nessa porra! Manda ela entrar aí. —  falei e ele concordou com a cabeça saindo da sala e deixando a porta encostada.

Faz um tempinho que eu tô com a Larissa, mas não é nada fixo não pô. O problema é que a mina se acha minha dona e fica querendo pagar de gradona pra qualquer mulher que se aproxima de mim, apesar disso ela sabe que eu jamais vou ceder a nenhuma das suas vontades e que na hora que eu quiser vou ficar com qualquer mina, seja na frente dela ou não.

Tô ligado que essa filha da puta só quer luxo e esbanjar o poder que dou pra ela, mas não vai passar disso. Ela não tem postura pra ser mulher de bandido não pô, sei que quando eu tiver fudido ela vai ser a primeira meter o pé e me deixar na merda.

— Oi Mat.— falou empurrando a porta da minha sala e eu olho sério pra ela.

Namoral mermo eu odeio quando me chamam assim, ainda mais quando forçam a porra de um apelido, pra todo mundo é Matarazzo! A única que eu deixo me chamar pelo nome é minha irmã, e olha que quase nunca ela chama.

— Já falei várias vezes que não é pra me chamar desse jeito! — falei aumentando um pouco meu tom de voz.

— Como você quer que eu te chame então? Eu não gosto de chamar você pelo vulgo, todo mundo te chama assim e eu pensei em algo mais exclusivo sabe? — falou se aproximando de mim.

— Pois vai continuar não gostando nesse caralho, mané exclusividade porra, já falei que é Matarazzo! Pra você e pra todos aqui. — falei sem paciência.

— Vai mesmo me tratar desse jeito? Você tá comendo alguma vagabunda por isso tá assim comigo né? —perguntou segurando meu maxilar com força.

— Eu te trato como eu quiser porra, você tá comigo porque quer! Agora para de pagar de emocionada que se eu quiser comer alguma mulher eu faço isso na sua frente. — dei um tapão no braço dela que soltou meu maxilar na hora.

— Doeu sabia? — alisou o braço e me olhou com os olhos marejados.

— Fodase! Ninguém mandou querer pagar de gradona pra cima de sujeito homem, agora vaza. — falei e ela saiu da minha salinha batendo a porta.

Olhei pra porta e neguei com a cabeça, tá pra nascer a mulher que vai crescer pra cima de mim e me fazer abaixar a cabeça igual um filho da puta!

Peguei meu celular e vi o horário, na hora minha barriga roncou parceiro. Abri a porta da minha salinha e passei a visão pro Jota tomar conta de tudo na minha ausência, e ele tá ligado que se eu perceber qualquer coisa fora do lugar ele vai ser cobrado, gosto dos meus bagulhos certin e não vai ser qualquer arrombado que irá me passar a perna. Montei na minha moto e meti o pé pra minha goma, não tava afim de chegar atrasado, além disso tô numa larica do caralho.

Entrei na minha goma e caminhei direto para o banho, botei o chuveiro no frio e tomei uma ducha rápida sem muito caô. Parei em frente ao espelho e alinhei meu cavanhaque e bigode. Saí do banheiro com a toalha em volta da cintura e andei até o meu guarda roupas. Vesti uma box preta, uma bermuda jeans e uma camisa branca da Lacoste, calcei minha havaiana branca, coloquei uma corrente fina de ouro no pescoço e por fim espirrei meu malbec no corpo. Prendi minha glock na cintura e meti o pé.

Assim que cheguei na casa do Souza ouvi uma gritaria do caralho vindo da área externa, me aproximei e vi geral numas cadeiras de plástico se xingando e rindo não sei de que caralho, ainda bem que ninguém comeu sem mim.

— Bom mesmo que ninguém comeu sem mim nesse caralho. — falei e geral me olhou.

— Você deu foi sorte que as carnes ainda tão assando. — Bianca falou com deboche e eu dei dedo pra ela.

— Ainda? O que vocês ficaram fazendo que não colocaram essa porra pra assar? — perguntei olhando pra ela e pra minha irmã.

— Ficamos fofocando ué, existe coisa melhor? — Júlia deu de ombros e eu meti um pescotapa na sua cabeça.

— Doeu seu filho da puta. — reclamou dando um tapa no meu braço e eu dei risada.

— Toma parceiro, pelo menos não fica de bico seco. — Souza me deu uma garrafa de corona geladinha.

— Valeu aí pô. — dei um gole e me sentei uma das cadeiras vazia.

Geral ficou jogando conversa fora enquanto eu fiquei bolado no meu canto, tava numa larica do caralho e não queria descontar minha raiva em ninguém. Quando a Bianca falou que as carnes tavam assadas eu só faltei levantar as mãos para o céu, mas parei de prestar atenção nisso quando ouvir uma voz feminina que eu nunca tinha escutado.

Me virei pra ver quem era a dona da voz e passei a língua entre os lábios, a mulher era uma pretinha linda pra caralho, ela tinha um sorriso lindo e um jeito de menininha, essa com certeza foi esculpida por deus, não é possível não pô. Ela tinha o cabelo preto e liso que batia na cintura de tão grande, discretamente desci meu olhar para seus peitos medianos, sua cintura fininha, coxas grossas e quando a mina se virou passando na minha frente vi seu bundão marcado no short que ela usava.

Se for essa daí a irmã da Bianca, a mina realmente é muito gata e com certeza vou colocar no meu nome.

A mina aos poucos começou a se soltar e a cada oportunidade que tinha ela falava que tava com fome, até que o Souza foi gastar na dela e ela falou toda atrevida e ainda teve a audácia de revirar os olhos ao pronunciar meu vulgo.

— Não é todo mundo que entra na minha favela não mina. — falei todo seco.

Parece que o sangue da mina subiu pra cabeça, ela me olhou com os olhos arregalados e engoliu em seco, fiquei com uma vontade do caralho de rir da cara dela, mas fiquei sério pra manter minha postura. Minutos depois ela pareceu se recuperar e me encarou com deboche.

— Ah entendi, você é dono! — ironizou e logo em seguida olhou pra minha irmã me ignorando na cara dura.

Essa filha da puta é atrevida mermo né? Mas deixa ela.. Olhei bem pra seu rostinho  e dei um sorriso irônico, eu gosto assim, vamos ver por quanto tempo vai durar.

Eu só vou deixar passar porque é irmã da Bianca e porque a mina chegou hoje na favela, se pá nem faz ideia de como as coisas funcionam por aqui.

— Riu na cara do perigo — Ribeiro gastou e ela deu um sorrisinho falso — Aliás sou o Ribeiro, satisfação aí e foi mal por mais cedo pô. — falou.

Fiquei quieto e sorri irônico olhando ela sentada bem na minha frente.

— Tá tudo bem, mas será que agora nós podemos comer? Eu tô realmente morrendo de fome! — fez drama.

— Vamos comer logo antes que essa menina realmente morra. — Bianca falou e geral riu dela.

A mina pegou um prato grande e começou a se servi de carnes e dos acompanhamentos que tinha no churrasco, olhei para o tamanho do prato dela e se pá era maior que o meu pô, fiquei me perguntando pra onde iria aquele tanto de comida, acho que pra bunda! porque o tamanho da bunda dessa filha da puta não é normal não fi.

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