Capítulo 25- Inferno

Începe de la început
                                    

Esfreguei tanto que minhas mãos já estavam ficando enrrugadas pelo processo, até perceber que a camiseta de flanela estava inundava com sabão. Suspirei antes de retira-la e estender em um varal próximo ao local, voltando rapidamente sem que ambos percebessem. Por um momento, mesmo que raso, o turbilhão de pensamentos e planos morreram com um arfar. Minha mente estava tão quieta que era possível escutar apenas o retumbar do meu coração preenchendo os ouvidos. Porém, antes que a paz se instaurasse permanentemente o jato frio de água me molhou completamente, forçando os pelos de meu corpo a se eriçarem.

-Vamos, garota. Você está muito lenta!-reclamou o loiro enquanto lavava-me junto com a caminhonete sem qualquer resquício de culpa. Meu cabelo agora estava encharcado e a rouba se acentuava como um vestido colado. Minhas orelhas esquentaram com uma fúria que mal estava contendo quando percebi seus olhos se escurecerem bem à luz do pequeno feixe que entrava pelas copas das extensas árvores. Desnorteada, segui seu olhar para encontrar-me completamente exposta. Meus seios ambos rígidos e demarcados, visíveis a qualquer distância, enquanto os curtos cabelos da minha virilha, agora, pareciam mais resaltados do que jamais estiveram-Jesus!-pensei que ouvi sair de seu lábios, antes que contornasse a caminhonete e continuasse seu trabalho por lá.

O estado de choque permaneceu até que um baque alto contra o solo foi ouvidos. Virei meu pescoço a tempo de ver Jhon derrubar o balde aos seus pés com as mãos fechadas em enormes punhos, apenas para que as veias grossas de seus braços ressaltassem perante a peça de roupa dobrada. Engoli em seco, quando vi suas botinas pretas caminharem em minha direção, mas, um momento após, talvez repleto de impluso, ser contido por um grunhido-Ratinha...o que você pensa que está fazendo?-o timbre de sua voz parecia mais rouco do que da última vez que escutara.

-Esfregando o carro...-murmurei e logo caminhei de volta e ocupei minhas mãos  pálidas contra o metal reluzente da caminhonete. Não conseguiria andar mais do que isso, nem que fosse para salvar os últimos resquícios de dignidade que tinha. Era simplesmente inconcebível. Eu morreria no processo.

-O que você pensa que está fazendo?-o calor de sua voz penetrou a minha nuca e um frio gélido se acumulou no centro da minha barriga. As duas palmas de suas mãos me cercaram em ambos os lados, com dedos gigantes capazes de fazer estrago a qualquer coisa que perambulava.

-Esfregando...-consegui dizer antes que me faltasse fôlego ou coragem. Ignorando totalmente o fato de estar desprotegida.

-Você está fazendo um trabalho péssimo, ratinha...-apontou, fazendo sons de negativa com as cordas vocais-Está se esquecendo de esfregar o teto...

-Eu-eu não alcanço...-antes que pudesse terminar, Jhon me alçara sob seus ombros rígidos segurando minhas coxas com as mesmas mãos que usara para me cercar instantes atrás. Estiquei meu tronco e passei o pequeno pano ensaboado pelo teto, sentindo o calor permantes de seus braços pegarem fogo pela minha pele. Minha virilha estava colada em sua nuca e agora a camiseta não fazia nada, mesmo que minimamente, para ofuscar. Seu sedoso cabelo estava esfregando contra um ponto sensível que me deixava completamente desconcertada-Eu acho que está bom...-acusei sentindo as mãos de Jhon reprimindo-me.

-Estará bom quando eu disser. Apenas continue esfregando-como uma ordem que não pode ser evitada fiz o que Jhon me disse,mesmo que, o sabão estivesse quase seco sob a lataria. Um calor inevitável preenchia meu núcleo, enquanto as ásperas mãos deslizaram para trás de minhas panturilhhas e coxas, percorrendo um caminho furtivo e incerto, quase pecaminoso. Mordi meus lábios evitando que ruído involuntários escapassem e quando o atrito parecia quase difícil de suportar, Jhon me colocara no chão novamente. Escorei-me momentaneamente, enquanto retomava o fôlego perdido, não entendendo as reações que circulavam pelo meu corpo. O olhar enegrecido de Jhon fizera meu peito se contrair em um buraco negro e sem fundo. De repente havia percebido que o sol estava se pondo e trazendo consigo o alaranjar no horizonte.

De volta à Cabana (Disponível Por Tempo Determinado)Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum