𝐘𝟔: Sixteenth Birthday

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— Você tirou "Excede Expectativas" na última prova — argumentou Harry. — Conseguiu recuperar o "D", como eu disse que conseguiria. Não acha que merece um descanso?

— Não antes de conseguir um "O".

Meu namorado suspirou.

— Não vou te convencer tão facilmente, vou?

— Infelizmente não — respondi. — Mas vamos ter nosso jantar, à noite. Na Torre de Astronomia. Que tal?

Harry sorriu contra meu pescoço, deixando um beijo ali.

— Tudo bem.

Aos pés de minha cama, uma pequena pilha de presentes acumulava-se. Decidi que poderia abrir todos rapidamente, com a ajuda de Harry, e em seguida nos arrumamos aos tropeços e pegamos nossos livros escolares, junto à nossas mochilas.

Dezesseis anos era uma data importante, então todos me deram jóias. Até mesmo Maddie, apesar de estar brigada comigo. Sem bilhete, sem nada. Ainda assim, não gostei de nenhum outro como gostei do de Harry.

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A tarde passou rápido e emendou-se com a noite. Combinei com Harry de nos encontrarmos para jantar às nove, no Salão Comunal, e então usaríamos a Capa da Invisibilidade para conseguir passar pelos corredores sem sermos notados, rumo à Torre de Astronomia. Harry concordou e disse que, enquanto eu estudava na biblioteca, cuidaria de preparar o ambiente, a decoração e a comida.

No entanto, decidi retornar ao dormitório um pouco mais cedo que o acordado para me arrumar com calma. Já tinha em mente o vestido que pretendia usar: longo e vermelho-escuro, com um decote em V e uma fenda numa das pernas. Hermione disse que Harry ia pirar, e talvez essa fosse minha intenção. No fim da noite, ele tiraria minha roupa de qualquer maneira.

Sendo assim, recolhi minhas coisas e deixei a biblioteca. Distraída, eu estava no meio do percurso quando Córmaco Mclaggen bloqueou meu caminho.

Estremeci. Eu não confiava nele, especialmente depois de como me olhara, da última vez em que tivemos contato. E o fato de que estávamos sozinhos, em meio à escuridão de um corredor, me assustava.

Eu tinha a faca sobressalente que Maddie me dera, presa à minha coxa, por baixo da saia (andar com ela tornou-se costume), mas Córmaco era bem maior que eu. Se realmente quisesse me machucar, não seria uma faquinha de prata que o deteria.

Mas bem, não foi o tamanho diminuto da arma que me impediu de matar Greyback.

O garoto sorriu, olhando-me com voluptuosidade. Decidi dar meia-volta e tomar um caminho mais longo. No entanto, Córmaco colocou-se em minha frente.

— Aonde está indo, princesa? — perguntou. Seu tom de voz me fez sentir arrepios ruins.

— Não é da sua conta.

Tentei, então, passar por ele, mas não obtive sucesso.

— Deixe-me ir.

— Para quê? — seu sorriso cresceu. — Você não parecia estar apressada quando me deu um soco, amor.

— Não me chame de "amor".

— Chamarei você do que quiser — disse, com rispidez. — Agora, perguntarei de novo: aonde está indo?

— E você acha que vou responder? Boa sorte.

Fiz menção de avançar de novo, mas Córmaco agarrou meus pulsos com agressividade, puxando-me contra si. Nem tive tempo de agarrar o cabo da faca, ou a varinha. Também tentei chutá-lo por baixo, mas o garoto imobilizou meu corpo.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterWhere stories live. Discover now