𝟑𝟗 : ❛união efervescente❜

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— É melhor que você se controle agora, meu marido — cortou Laena. Trocou um breve olhar com Caspian antes que pudesse continuar, travando o maxilar. — Já sabemos disso, nós quatro fizemos algo mas, isso não impede de uma solução ser tomada, a qual nos agradaria.

As palavras Laena atraíram atenção de ambos. Deianyra conhecia Caspian, a julgar por sua postura, estava ciente de o que o homem deveria saber daquilo.

— Uma solução? — questionou a Velaryon, semicerrando o olhar.

— Iremos continuar como estamos agora, creio que seja explícito onde nossos interesses habitam, de forma que poderemos continuar a usufruir de nossas posições como devemos — explicou Lady Laena, não havia nem um pingo de ressentimento ou dúvida em sua voz. — Isso deve partir de nós quatro, em unanimidade

Deianyra piscou uma vez, tentando entender ao certo que tipo de solução era esta, um tanto perplexa pela atitude da irmã, não fazia a mínima ideia se era ruim ou não mas, precisava processar cada palavra dita. Daemon encarou Laena, os olhos da Velaryon indicavam o óbvio: ela sabia que o Targaryen não a amava — não como o fazia com sua irmã —, de forma genuína nos dias em que estivera com os quatro, se tornou cada vez mais explícito mesmo que, fossem sinais sutis.

Hm. Não há problema nenhum com isso, Príncipe Caspian? — havia ressoado em uma voz petulante, um ligeiro deboche. Daemon estava ligeiramente incrédulo que Caspian parecia compactuar, o julgando de forma errônea mais uma vez, apenas para receber uma resposta que pouco pensava que poderia. — Pensei que seu casamento....

— Deianyra e eu nos casamos porque desejavamos ser livres, porque partilhamos uma amizade forte, mesmo que tenhamos tido filhos e sejamos felizes juntos, é diferente de um casamento convencional — revelou Caspian, trocando um olhar com a protagonista.

Em seu interior, existia a honestidade que era inerente de sua personalidade e soube que seu querido amigo estava com o coração envolvido em tono de sua bela irmã. — Faria tudo pelos meus filhos, se nossa felicidade está em jogo, não me importa os métodos, sempre há uma saída.

Dessa vez, ausente de pudor algum, o Príncipe Targaryen fitou Deianyra. Eles precisavam tomar uma decisão mas, precisavam conversar com seus respectivos parceiros antes que pudessem tomar uma atitude de uma vez por todas.

— Antes, preciso conversar com Caspian — declarou Deianyra, levantando-se em direção aos próprios aposentos, fitando o Príncipe que caminhava em sua direção. — Imagino que façam o mesmo.

— Quando retornarem, estaremos aqui — informou Laena, assentindo à fala anterior.

Quando finalmente estavam a sós, em torno das duas poltronas das quais preenchiam à parte frontal do quarto, junto ao grande tapete vermelho com adornos caros, a protagonista sentou-se, esforçando para digerir aquilo tudo. Passeando o olhar no marido que captava cada ação da Velaryon.

— Há quanto tempo sabe disso? — ela havia sido direta, referindo-se aos seus sentimentos em torno de Daemon Targaryen. — Creio que deva achar que eu sou, no mínimo, uma meretriz.

— Por que acharia isso? Porque a vi antes com Rhaenyra? — Caspian franziu o cenho, mordeu o lábio inferior, um tanto desacreditado. — Desde que Rhaenyra me disse sobre o amor fraterno que sentia, é o suficiente para entender que as relações entre os Targaryen são mais complicadas do que se pode imaginar. Embora seja uma Velaryon, querida esposa, seu sangue é de dragão, tanto quanto sua mãe.

Sua garganta coçou, soube que o príncipe estava aliviando a situação. Por vezes, se questionava como ele poderia ser tão compreensível mas, pode ler em seu olhar que não estava sendo julgada. Ao contrário disso, Caspian queria entender porque, ele sabia da existência de mais do que poderia ser visto pela superfície, não era apenas Rhaenyra Targaryen, também havia Daemon.

VALENTE✧ HOUSE OF THE DRAGON ¹ ✓Kde žijí příběhy. Začni objevovat