VALENTE; a única palavra digna para definir Deianyra Velaryon ╾ a única a sobreviver a sua inconstância. ❜
Em uma dança de dragões, habita uma fênix, que manchou o manto da tradição Valiriana, transformando um ovo de dragão em uma fêni...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
( CAPÍTULO QUATRO )
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
O COMEÇO DO FIM
. . . . . ╰──╮╭──╯ . . . . .
Herdeiros.
Uma palavra digna de caos, miséria, lamentação e na outra ponta, na extremidade responsável por estabilidade, felicidade e um mar de privilégios. Para a plebe, nascidos em berços de palha, dos quais contava moedas de bronze — fruto de um trabalho suado — para assegurar a sobrevivência, onde quanto mais filhos, um fardo maior seria carregado, um abismo de diferenças circundava a vida de nobres e pobres. Para os nobres, nascidos em berços de ouro, chocando dragões ao nascer, em que os pais vendiam seus filhos em alianças, habitava uma alegria um alívio em ter uma linhagem grande, segurança de que o nome viria a perdurar.
Em um mundo onde mulheres escondem-se por sua própria segurança, ser mãe — uma obrigação moral dolorosa para cada ser feminino vivo — era a forma de guerrear. Deianyra almejava ser uma, admirava o poder de gerar um ser humano, uma vida e sem dúvidas, tornar sua linhagem forte, enxergava a honra mas, não antes de sua liberdade e seu desejo por um gosto de aventura.
Sua mãe, Rhaenys Velaryon — nascida Targaryen — compreendia sua filha, mais do que a própria imaginaria. As vertentes, as marés altas que navegavam, exigiam um sacrifício, do qual a protagonista estaria prestes a lidar, a língua de sua mãe coçava para falar, quem sabe, teria sido esse o motivo de iniciar uma conversa acerca da importância dos herdeiros e inclusive dos matrimônios reais, especialmente os arranjados enquanto arrumava os cabelos platinados de sua querida filha em uma trança arrojada.
— Acha que Rhaenyra poderia ser nomeada herdeira do trono? — a Velaryon mais jovem indagou, hesitou ao fazê-lo mas, sua mãe fitou-a através do espelho, ciente das preocupações da filha. Deianyra estimava com todo seu ser pela segurança de sua amiga e a nomeação lhe colocaria à frente de uma guerrilha. — Por necessidade.
— Pode ser nomeada mas jamais será uma rainha, homens não irá permitir que ocorra, tiveram uma oportunidade anteriormente mas...— havia amargura em seu tom de voz, não pela perda da coroa mas, pela ciência de injustiça diante o próprio sexo, Rhaenys aceitou a verdade, por mais dura que fosse. — Jogos políticos são mais cruéis que batalhas de campo, não lidam com a realidade, pelo menos não a maior parte do tempo, força bruta não triunfa assim como a verdade.
