Capítulo 33

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Pov's. Lua Blanco

Mais uma noite se passou e eu calada, estirada nesse chão sentindo frio, fome e muita sede. Sinto que aos poucos estou ficando desidratada e muito fraca, depois de ontem quando Gustavo me empurrou e eu cai batendo a cabeça, fez um corte pequeno, porém profundo e não para de sangrar. O que esta me fazendo adoecer aos poucos, estou exposta a muitas bacterias e esta dificil me manter firme, não há mais lagrimas o suficiente para expressar a dor que sinto em passar isso, sinto falta da minha familia, minha pequena mocinha que deve estar muito perdida sem a mãe. -
Como será que estao fazendo para cuidar dela? Quem sera que esta fazendo sua mamadeira? Sera que estao fazendo tão bem quanto eu? É tudo que eu mais quero saber. Sera que Arthur vai fazer algo para me encontrar? Sera que vai me achar? Sera que um dia isso tudo vai acabar?

Guga: Ja voltei sua escrota. -ele disse descendo as escadas daquela casa podre- trouxe o algodão para limpar seu ferimento, agua boricada e alguns gases para curativo, se vira. pontos aqui.

Lua: Ei. -eu disse fraca tentando me levantar- eu acho que preciso de alguns pontos.

Guga: Foda-se, eu não lhe perguntei nada. -ele suspirou bravo- vou la em cima pegar um pouco de comida para você.

Lua: Me arruma um copo de água, por favor. -eu implorei sentindo o quanto minha boca estava seca- eu vou acabar ficando sem força para nada se você continuar a me tratar assim.
Guga: Ta, espere um pouco. Quando eu descer com a comida lhe trago pelo menos um pouco de água.
Lua: Obrigada.

Eu disse sem vontade e ele se retirou jogando em cima de mim o algodão,
gases e a boricada. Com cuidado e ainda no escuro passei o algodão com o liquido na cabeça e algumas lagrimas desciam descontroladas do meu rosto pela dor que eu sentia forte, ao passar o bendito algodão. Após limpar todo aquele machucado terrivel da minha cabeça coloquei alguns gases e a fita para fixa-lo a minha cabeça. Não estava nem perto de um procedimento medico, mas era o que eu tinha para o momento.

Guga: Aqui sua comida. -ele disse novamente depois de quase meia hora, desceu as escadas com uma bandeija e me entregou. Havia um prato com apenas uma porção pequena de arroz e feijao, e um copo de agua- é o que você vai comer hoje, trate de ficar fortinha porque a noite promete.

Lua Seu nojento. -falei sem olhar ele na
cara- você não é uma pessoa, é um animal asqueroso e muitissimo nojento.
Guga: Sou melhor do que o seu maridinho de merda.

Lua Nunca, jamais. Nem comparaçao, me poupe desse comentário patético.
Guga: Cala sua boca antes que eu tire essa comida.

Ele deu uma risada e subiu novamente as escadas trancando a porta, que situação arrepilante. Meu Deus do céu, como ele consegue submeter uma pessoa nessa situaçao podre. Levemente levei o garfo até a boca, e obviamente a comida estava horrivel, ele não sabia cozinhar e provavelmente foi o primeiro prato de comida que fez na vida. Senhor amado.
Lua: Eca.. -disse após comer mais uma garfada- O meu Deus, nao irei reclamar. É o que eu tenho para comer agora, só quero que me encontrem logo. -suspirei e após terminar de comer toda aquela comida horrivel eu bebi aquele copo de agua como se fosse o último da minha vida, estava com sede demais, e me estiquei novamente naquele chão que era so forrado por uma coberta velha e uma almofada, e a única coisa que eu consegui pensar foi em toda a alegria dentro do meu coraçao que passei durante esses anos. Talvez a gente reclame muito das coisas de barriga cheia, quando você nota que reclamou atoa, é quando vivi momentos piores,horriveis e com medo. O momento mais feliz que consegui me lembrar, foi do meu casamento, lembro de todos os detalhes e meus olhos se enchem de lagrimas lembrando o quanto fui feliz aquele dia.

• Flash back On
Pov's narradora.
Era manha de sabado e todos estavam animados com a grande festa que iria ter, finalmente aquele casal tão amado e paparicado por todos estavam a ponto de se casar. Esperaram sua filha, Isabelle Blanco de Aguiar completar seis meses e então finalmente trocariam seus tão amados votos. Logo pela manhã, ainda antes de Arthur ir para a casa da mãe, ele quis tomar café com a futura esposa e ficar com a bebê um pouquinho, o combinado era não ve-la vestida de noiva, então se pudesse iria aproveitar até o último momento.

Arthur: Achei vocês. -ele disse entrando no quarto da pequena que estava no colo da mãe sendo amamentada por Lua- bom dia, amor. -ele disse feliz, e sua felicidade era notada pelo brilho de seu olhar-

Lua Bom dia. -ela sorriu e ele abaixou-se lhe dando um selinho- está feliz é? Até parece que vai se casar. Arthur: Hahaha engraçadinha que só. -ele disse a fazendo rir- vou me casar com a pessoa mais maravilhosa desse mundo.
Lua: Nossa. -ela se fingiu de surpreendida- quem é essa pessoa? Ela é muito sortuda mesmo de ter um homem como você ao lado dela. -um sorriso de imediato se formou nos lábios dele e ele sentou-se no braço da poltrona ficando mais perto dela- Arthur: Na realidade, eu é que tive sorte de encontrar alguém como você na minha vida. Tão linda, meiga, responsavel e muito dedicada como mulher e mãe. -ela sorriu em forma de agradecimento e deitou a cabeça um pouco para o lado encostando nele, e enquanto Isabelle mamava calma e tranquila, seus pais estavam ali no chamego. A igreja toda estava em silêncio, só se ouvia o som bem baixinho do violão, todos se organizam como tinham combinado. Arthur ja estava no altar todo lindo, de terno e gravata e com uma ansiedade que não era dele. Esperava cada segundo para que aquela porta se abrisse, queria ve-la vestida de noiva, pois, era seu sonho. Isabelle tambem estava no altar, apesar da luta para que o padre -dono da igreja- deixasse a menina la em cima, ela estava lá e era isso que importava. Estava nos braços da madrinha, Melanie. Que estava linda lá em cima, fazendo seu papel de madrinha da filha e madrinha do casamento, vestida um longo azul bebê, que era a coisa mais maravilhosa desse mundo, um salto preto por baixo e uma corrente caida proximo ao seu decote, prata e cheia de estrass. Ao seu lado, estava Chay.
Todo brilhante e feliz com o casamento de seu amigo-irmão, usava um terno cinza muito bonito, com a gravata preta da cor dos sapatos. O casal ao lado, era a madrinha mais linda que existia, Sophia estava com seu vestido rosa-forts e cheio de brilho, com um coque formado no cabelo e uma maquiagem rosa com branco que deu o destaque incrivel da noite, em cima de um salto agulha prata e uma bolsinha prata para acompanhar. Os trompetes começaram, e todos gelaram principalmente Arthur que aguardava tanto sua noiva entrar, conforme o som dos trompetes iam ficando mais alto, mais seu coração gelava. E então, a porta se abriu revelando um sorriso lindo e tímido por trás dela, Lua nunca havia ficado tão maravilhosa quanto naquela noite, um coque no cabelo com algumas mexas soltas, um par de brincos pendurados em sua orelha, assim como o colar banhado a ouro branco. Um vestido com o caimento perfeito para ela, não era tomara que caia. Era um com apenas uma tira caidinha em cada ombro, delineando perfeitamente seu corpo, sua cintura ficou minuscula dentro daquele vestidone seus seios volumosos em um decote fantastico. Lua optou por não usar véu, queria apenas o vestido perfeito, pada completar a perfeição um escarpan nada mais, nada menos do que prata, da cor de seus brincos e colar.
Ela então, caminhou lentamente de braços dados com sua mãe, não tinha pai e devia isso a sua mãe que a criou com tanto amor e carinho desde sempre. Claudia, nao se continha ao lado da filha, estava exatamente se achando em um vestido vermelho que realçava sua pele branquinha, um vestido tomara que caia com o chale por cima da mesma cor.
Lua chegou ao altar, e então Claudia entregou a mão da filha para Arthur, que beijou imediatamente sua mão e a guiou até o altar. Ambos ajoelharam em frente ao padre e em concentração com Deus escutaram todas as palavras.

Padre: Nesta noite mais do que especial, estamos aqui para comemorar a uniã de dois lindos jovens. Na qual, escolheram unir-se para sempre. -ele continuou falando as mais belas palavras, e Lua se sentia cada vez mais emocionada com toda aquela festa, agora em pé e de frente lara Arthur, era com eles que o padre falava.
Lua: Eu, Lua Blanco, recebo-te por meu esposo. A ti prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença todos os dias de nossa vida. - foi o momento mais perfeito da vida dela dizer aquelas palavras tao sincera e com vontade. Colocou a aliança em seu dedo, emocionada e sorriu ao olhar para ele que agora falaria.
Arthur: Eu, Arthur Aguiar recebo-te
como minha esposa. A ti prometo ser fiel, amar-te e respeitar-te na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossa vida. -ele disse calmo e sereno, mantinha sempre aquele sorriso lindo nos lábios, e colocou também a aliança em seu dedo-
Padre: Os declaro então, marido e mulher.
• FlashBack Of

Eu estava totalmente atordoada pensando no meu casamento, chorava igual um bebezinho agarrada com a almofada velha, eu só queria o Arthur, só queria que ele viesse aqui e desse uma de super héroi, provavelmente eu não saberia como agradecer, só ssi que eu nunca mais brigaria com ele, nem sentiria ciúmes, eu seria a melhor esposa do mundo, se pelo menos ele me encontrasse aqui. As lagrimas desciam tão descontroladas, doia meu peito em lembrar do dia mais feliz da minha vida, abrir os olhos e me ver no pior dia da minha vida.

• A nerd dos meus sonhos - 2° temporadaWhere stories live. Discover now