No amor & na dor.

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Gabriel: gosto muito do rogê, mas acho que o que ele faz com a filha dele eu não acho certo.

Isabella: eu já falei pra ele um milhão de vezes, quando a mel começar a chamar outro de pai, ele não vai gostar.

Gabriel; e não é sobre trazer ela pra morar aqui, é tentar ir ver ela, viajar pra um lugar sem risco. Pra mulher ele dava um jeito, impossível que pra filha dele não tem como- levantei a sombrancelha e sentei querendo saber mais.

Isabella: e ele ainda tem que agradecer que a mãe dela não é uma doida, aquela mulher é uma capetinha, mas como mãe o Isac não tem do que reclamar. Você já viu foto dela?- neguei e ela me entregou o celular.

Hanna: ela é linda né, tem 17?

Isabella: 14, chegou na fase chata da adolescência.- brincou- tento conversar com ela todos os dias, mas é chata igual a mãe. Fala direito comigo quando tá de bem com a vida.

Hanna: a família de vocês passam uma impressão de serem mais velhos aparentemente.

Gabriel: verdade - falou rindo, e eu fechei os olhos sentindo a música que começou.

Deitei no sofá e acabei tirando um cochilo, acordei com a o mocreio do sagaz me gastando, enfiando um pedaço de papel no meu nariz.

Hanna: peste- falei rindo e levantei - vai vim só o sagaz? Porquê ele já é de casa- tirei o short que estava apertando minha barriga e joguei na minha cama.

Isabella: como se ele não gostasse só de pau.

Sagaz: se manca pirralha.

Gabriel: e ela mentiu?- estreitei os olhos sorrindo e Isabella sorriu alto quebrando o clima entre eles.

Isabella: dr só depois do rolê.

Sagaz: posso ficar não- rolou um pedaço do queijo - tô trabalhando.

Isabella: mentira amiga, tá te traindo- falou rindo. E ele deu pescotapa dele.

Sagaz: pirralha você tá muito chata, começar a contar mentirinha pro seu irmão.

Isabella: nem fudendo.- devolveu o tapa a ele.

Sagaz: vou lá família- beijou a cabeça de Gabriel, bateu no pescoço da Isabella e correu.
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Rogê: coe
Rogê: Isabella tá aí?

Hanna: pq?
Hanna 📸: tá sim
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Hanna: seu irmão tá atrás de você- desliguei a tela do meu celular. Prestando atenção no que eles faziam.

Isabella: tava demorando- pegou o celular me fazendo voltar na conversa
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Rogê: tenho que conversar com você sobre aquele assunto.

Hanna: que assunto?

Rogê: tô indo aí.
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Coloquei meu short de novo, rindo da bobeira de Gabriel. Me olhei no espelho jogando meu cabelo pro outro lado.

Hanna: já volto- passei rápido antes de responder eles.

Desci correndo abrindo o portão e tirando minha chave de lá, colocando no meu bolso. Uns dez minutos esperando e eu já estava sentada na calçada mexendo no meu celular.

Minha rua é desertinha em vista de outras, mas ainda sim tinha umas crianças brincando, dei risada da menina que caiu correndo e abaixei a cabeça pra rir.

ouvi o barulho da moto dele e levantei seria, guardei meu celular no bolso, subi na moto abracei meu braço em volta da sua cintura e escondi meu rosto contra vento.

Andamos em um entra e sai diversas vezes, quando percebi já estava em um beco super estreitinho, minha perna raspava nas paredes. Ele parou a moto me fazendo descer, e olhou pra cima quando desceu também. Seu semblante estava outro em vista de mais cedo.

Entrei em uma casa que eu não fazia ideia de quem seria, mas tinha uns dois homens, minha mão começou a soar e eu olhei pra ele nervosa.

Hanna: o que vocês querem comigo?- falei com a voz tremendo e ele apertou os olhos pra mim confuso, pra depois ficar mais sério.

Rogê: Russo e vilão- apontou pra eles- os únicos que eu confiei pra ir atrás do seu bagulho.

Vilão: O fato dele tá no lado da bope pode colocar o seu na reta- apontou pra rogê.

Rogê: o meu já tá na reta a muito tempo, no momento que eu acabei com a porra toda pra tirar minha irmã de lá.

Russo: tô ligado que é tua irmã, tua família. Mas você e você- apontou pra mim- tem que tá ligado na cabeça de porco que vocês tão entrando, se fosse só a bope ainda tava mamão com açúcar, mas vai envolver rival, bope e se pá gente de fora.

Rogê: ela tá ligada, eu falei com ela sobre isso, tu ainda tá em tempo de viver sua vida.

Vilão: mas vai pra longe, em um buraco do outro lado do mundo se puder.- fiquei imóvel por uns 5 segundos.

Hanna: eu quero me vingar de cada um,  descobri aonde o filho do capitão tá..

Hanna: ele tem filho?

Russo: filho é o que ele mais tem.

Vilão: Ryan Correia, 16 anos, vai trabalhar no guarda Mirim, ele tá no interior do espírito santo. Aonde mora a amante dele também, Cachoeiro de Itapemirim.

Hanna: e aonde eu entro nisso?

Vilão: o guarda Mirim que eu mandei arrumar pra ele é em angra, você vai atuar aí.- começou a me explicar e eu tentando acompanhar por que eles pelo visto não tem muita paciência.

Hanna: tá, depois disso não vou me preocupar mais?

Russo: se tudo ocorrer bem..

Hanna: e meu emprego? Eu faço o que?- o cara da minha frente deu uma risada irônica e eu cruzei os braços pra ele.

Rogê: vou resolver pra você.- falou tirando minha atenção dele.

Concordei com a cabeça apertando a mão deles, e percebendo na merda que eu entrei. Eu vou vingar por cada mulher abusada naquele lugar!

Os dois saíram da casa e ele ficou me encarando, respirei fundo e me sentei no banco.

Rogê: por quê daquela pergunta?- apertei as sombrancelhas- quando você chegou Hanna. Você achou que eu iria fazer alguma coisa com você Vitória?- chegou tão perto de mim, que eu até esqueci como se respirava.

Hanna: é que eu fiquei nervosa só..- falei no meu olhar grudado nele.

Rogê: você agiu como se- cortei dando um selinho nele.

Hanna: você sabe dos meus traumas, só não tive uma lembrança boa em ver dois homens que eu não conheço, e entrar em uma casa só com homem. Eu sei que você não ia fazer nada.. eu acho que sei- ele deu um passo pra trás e respirou fundo coçando a cabeça.

Rogê: bora- passou na frente e quando eu passei bateu a porta. O trajeto de ir pra casa foi mais rápido da ida, quando menos esperei já estava em casa.

Hanna: você não costuma sair sem suas baratinhas de estimação - falei querendo cortar o clima, ele me encarou e acelerou com a moto.

Fiquei igual uma idiota, abri o portão subindo, e digerindo tudo que aconteceu em meia hora.