Quadribol

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Passaram alguns dias e descobrimos que o Potter entrou no time de quadribol, um disparate contra as regras da escola, já que alunos do primeiro ano não podiam entrar para o time. Mas é claro que iriam abrir uma exceção pra ele, ele vivia com trouxas, não tinha pais, era um órfão e muitos queriam que fossem acolhido, até eu entendia o drama do menino.

Passei dias pensando no vislumbre com Snape e tendo sonhos também, mas nada de eu saber o que era ou quando aquilo iria acontecer.

Mamãe e papai mandaram uma carta com felicitações por eu ter entrado na Sonserina e por eu ainda não ter destruído nada de ninguém. Também elogiaram eu ter mantido Charlotte viva por uma semana, talvez eu até ganhe uma vassoura por isso.

Em uma bela noite de sexta, após um mês de aula, o professor Quirrell, de Defesa Contra as Artes das Trevas apareceu correndo no Salão Principal gritando.

- TRASGO! TRASGO! Nas masmorras...- e desmaiou

A gritaria foi generalizada, Pansy cuspiu o pudim e se levantou, Sophia jogou os talheres e cobriu os ouvidos com as mãos, Med e Thay foram parar debaixo da mesa, Jack saiu correndo gritando, eu me levantei atrás dela mas ouvimos Dumbledore mandarem todos irem com calma para suas Casas. Então... Sonserina fica nas masmorras, e aí?

Lammont II parecia confuso, então Snape se aproximou dele e passou alguma orientação, e logo rapidamente saiu do Salão junto com outros professores.

- Vamos ficar aqui, todos se sentam agora! - Disse o monitor, parecia fraquejar no tom de voz, parecia querer correr. - Não sejam estúpidos, as masmorras está longe, um trasgo não vai chegar até aqui. - Disse com um olhar duvidoso para alguns alunos.

Patrícia foi do começo ao final da mesa alertando a todos para ficarem calmos. O monitor ficou paralisado observando os alunos das outras casas saindo. Madame Pomfrey se aproximou da nossa mesa calmamente dizendo: "Quando o trasgo for retirado da masmorras vocês voltam, se alguém se desesperar vou providenciar algo para se acalmar, certo?". Ela parecia sarcástica. Patrícia ficou do lado dela perguntando algumas coisas.

Quando Snape e McGonagall apareceram, voltamos para Sonserina em silêncio. Foi uma noite estressante, difícil dormir, então eu fui para sala, mesmo sabendo do toque de recolher das 9 horas. Fui sozinha, então eu entrei na Sala Comunal comum mesmo.

Parece que o toque de recolher aquele dia estava suspenso, porque vários meninos do primeiro, segundo e terceiro ano estavam por lá. Vi apenas uma garota do quarto ano no canto com alguns garotos jogando xadrez de bruxo.

Vários alunos me encararam, não era mesmo fácil se sentir à vontade ali. Vi um dos sofás vazios e me sentei e fiquei uns minutos observando o ambiente até Malfoy e Crabbe aparecerem e ficarem apontando pra mim e cochichando alguma coisa.

- Não deveria estar aqui Gibbon. - Disse Malfoy pomposo sentado no sofá da frente.

- Faço das suas palavras as minhas, Malfoy. - Disse eu no mesmo tom.

- Não deixe sua falsa posição iludir você, você não é importante.

Falsa posição?

Crabbe saiu rindo e foi para outro grupo onde estava Zabini, outro aluno do meu ano. Draco de levantou e sentou ao meu lado, achei estranho.

- Nada contra você, acho até interessante ter visões do futuro, ouvi falar que podemos ter aula de adivinhação então imagino que será fácil para você. - Disse ele colocando uma das pernas em cima da mesa de centro me olhando de lado, parecia estar olhando para os meus pés. - Como pinta seus cabelos? - Disse ele sem me olhar nos olhos.

Sorri sem graça. Meu cabelo era longo, ondulado e estava roxo da metade as pontas, era feito com uma das magias em desuso do livro que a mamãe tinha me dado, ela testou em mim e eu nunca mais quis tirar.

 ⭒๋࣭ 𓆗 O Lado B da Sonserina [1] 𓆗⭒๋࣭ Where stories live. Discover now