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MÚSICA DO CAP:
Quando bate aquela saudade - Rubel
(apenas a intro)

MÚSICA DO CAP:Quando bate aquela saudade - Rubel (apenas a intro)

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— 𝗕𝗟𝗔𝗜𝗥 𝗠𝗜𝗟𝗟𝗘𝗥

Quando o amor não dá certo... Talvez, mais do que em qualquer ocasião a gente precise se abraçar. A dor do término, ela cega, ela faz com que a gente se sinta só e na solidão o desespero cresce. É como perder o pedaço de si mesmo, parece que a gente nunca vai ser feliz de novo. Mas isso... É UMA ILUSÃO.

Só podia-se ouvir o som do ponteiro do relógio contando os segundos em meu quarto. O lugar nunca tinha ficado tão silencioso a esse ponto, sempre tinha música ou falas de personagens de filmes e séries que eu assistia. No momento,me encontro na cama, estava assim desde que tudo aconteceu a uma semana atrás. Não tinha vontade de sair do quarto, e muito menos de sair da cama.

Não entrei em nenhuma rede social depois do acontecido. As vezes, é muito mais fácil não saber das coisas de vez em quando. O telefone do quarto toca mais uma vez, e mais uma vez cai para deixar recado.

"Alô aqui é a Blair Miller, no momento não posso atender. Deixe sua mensagem após o "bip"

-"Blair? Como você está?" - era a voz de tristan que saia do aparelho - "O pessoal está com saudades, você não responde as nossas mensagens. Espero que esteja bem. Inclusive, belo soco. Seu braço é um canhão!"

Continuei na mesma posição da cama enquanto ouvia os recados. Não tinha expressão, estava sem ânimo.

- "iai blair, aqui é o brady. Estamos indo pra horror nights hoje. Sei que você não está bem, sentimos sua falta. Ah e mais uma coisa, eu amei o soco que você deu na Sophie. Cara, eu e os meninos rimos muito depois. O Vance estaria orgulhoso de você" - ele solta uma risada em meio a gravação. Nem aquela fala engraçada tinha feito eu ter alguma reação positiva.

Eu ouvi todas as mensagens da caixa postal, e nenhuma era do Miguel.

Eu sempre fui uma pessoa que sabia que nada era para sempre, mas eu queria tanto que ele ficasse.

Mas era de se esperar que algo assim acontecesse um dia. Eu e Miguel não iríamos durar pra sempre, não é? "É um namoro adolescente, não vai durar muito" o pensamento alheio me fez concordar com essa hipótese.

Eu me acostumei com a dor. Eu aguentei, eu me calei, eu chorei. Mas meus sentimentos por Miguel nunca foram embora, porque a esperança é a última que morre.

A porta do meu quarto é aberta com calma, revelando ser minha mãe. Porém, estava deitada de lado. Impedindo que qualquer um que entrasse ali conseguisse ver meu rosto.

- Blair, eu trouxe seu almoço - ela diz com o prato em suas mãos - Você não foi pra escola de novo. Você não vai comer?

Não respondo.

𝐓𝐇𝐄 𝐏𝐑𝐄𝐌𝐈𝐄𝐑𝐄 | Miguel Cazarez MoraWhere stories live. Discover now