couch [ jensoo oneshot ]

Único

Jennie POV

Eram duas horas da manhã e eu ainda não tinha conseguido dormir. Jisoo está no sofá, e a cama que deveria ser nossa só está ocupada por mim e nossas mágoas.

Eu secretamente me enrolava a uma das suas blusas, na esperança de sentir seu cheiro e conseguir mentalizar a sua presença.

Toda a coragem em mim se esvazia com minhas lágrimas que lentamente sinto caindo em meu rosto, com um choro silencioso molhando a cama.

Ela tem lidado tão bem com isso.

Eu não queria ser tao birrenta quanto eu sou na realidade, eu não sei lidar, eu realmente não sei, e não tem o que fazer além de admitir para mim mesma meus vacilos.

FLASHBACK ON

– Vinte duas horas, Jisoo? – Eu esbravejo – Nosso filho já está dormindo, isso lá é horário?

Ela me olha confusa e na defensiva, num ar de retalhação depois de uma briga extensa.

– Você literalmente tem a minha localização, eu tava fazendo um período extra e depois peguei engarrafamento por causa do jogo – Ela fala e sua voz, apesar de rígida, não se altera e nem aumenta o volume, me deixando mais possessa.

– No escritorio com aquela vadia da sua secretária? – Blasfemo em seguida e ela rebate

–Nao fale assim da Chaeyoung – Ela diz e altera sua postura – Ela nem estava lá e ela é casada, por sinal com uma grande amiga minha.

Eu ainda sim não me limito, Soobin tem um sono pesado e eu tenho uma esposa, que é somente minha.

Ela observa meu silêncio e meu olhar semi cerrado e continua.

– Suho estava me acompanhando no turno oposto – Jisoo diz cabisbaixamente como se estivesse esperando uma bronca, mas ainda sim, não perde a confiança.

Só de ouvir esse nome eu fico TONTA.

– Vai se foder, meu deus – Eu digo e passo a mão na minha testa, seguindo de um transpirar alto.

– Eu odeio esse homem, ele só olha pra sua bunda e – Sou interrompida por uma Jisoo furiosa

– Olhando ou não pra minha bunda ele continua sendo meu chefe, e que paga as merdas das suas regalías enquanto eu tenho que aturar essas coisas. – Seu esbravejo toma conta da sala

Ela diz e toma passo e fala baixo em seguida, quase não audivel.

– Parece até que eu gosto de passar por isso – Ela diz e se direciona ao banheiro  – Pronto, Jennie, você conseguiu o que queria.

Ela fala agora em minha direção, com uma voz carregada de mágoa enquanto eu continuo estática a encarando.

– Eu nunca te obriguei a nada – Grito

A porta se fecha fortemente e o chuveiro ligado eu aproveito a oportunidade e me aproximo da sua bolsa que tentadoramente fechada pode ser uma resposta para o que eu procuro.

Chaves

Mais Chaves

Canetas

Chiclete

Chave do carro

Carteira

Um papel com um coração?

Puta merda.

Eu abro aquela merda com a rispidez de um cachorro, e leio em um dinamismo exemplar, até que me toco do que era.

Mandu

Sua letra era familiar e cuidadosa na escrita.

Esses últimos dias tem sido bem puxados, mas estou com saudades de passar um tempinho com você.