𝗔𝗱𝗼𝗽𝘁𝗶𝗻𝗴 𝗹𝗼𝘃𝗲|ⁿᵒᵃʳᵗ°

𝗘𝗽𝗶𝗹𝗼𝗴

❝𝖭𝖺𝖽𝖺 𝖾́ 𝗍𝖺̃𝗈 𝖼𝗈𝗆𝗎𝗆 𝗊𝗎𝖺𝗇𝗍𝗈 𝗈 𝖽𝖾𝗌𝖾𝗃𝗈 𝖽𝖾 𝗌𝖾𝗋 𝗇𝗈𝗍𝖺́𝗏𝖾𝗅.❞

William Shakespeare.

◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈◐◈

☪ ━ 𝖲𝗂𝗇𝖺'𝗌 𝗉𝗈𝗏'𝗌 ❖

Acordo sentindo os cachorros em cima de mim e lambendo o meu rosto.

Olho para o relógio que ficava em cima da cômoda ao lado da minha cama e vejo que eram oito horas da manhã.

— Bom dia. — falo me sentando e faço carinho nos cachorros.

Então, eu me lembro da noite anterior e do que o Noah havia me falado...

Adeus... Ele me disse adeus. Ele não me diria adeus se quisesse me ver novamente, não é?

Naquele momento, eu senti que ele foi frio comigo, ele não parecia se importar com a minha partida e aquilo me afetou.

Ele realmente não se importaria se eu fosse embora para sempre?

Decido esquecer aquilo e me levanto da cama, começando a me arrumar, pois, hoje é véspera de Natal.

Após me arrumar, desço as escadas e encontro a minha tia na cozinha.

— Posso saber o que o Tom está fazendo na mesa da cozinha? — pergunto assim que vejo o gato.

— Eu adotei ele. — tia Deppy diz sorrindo. — E veja. — diz e esfrega o rosto na cara do gato.

— O quê? — pergunto confusa.

— Eu não sou alérgica a gatos. Não é engraçado? — pergunta sorrindo.

— Ah, então você não é alérgica a cachorros e nem a gatos. — falo com um sorriso brincalhão.

— Engraçadinha. Aliás, boa véspera de manhã de Natal, acho que é isso... — diz e eu assinto, tomando um gole de café. — Você foi embora da festa ontem sem se despedir. A Sabina achou que você tinha ido fazer as malas, eu disse; é bem a cara da Sina.

— Não. Eu só quis ir embora depois de falar com o Noah. — falo e ela me olha.

— Vocês discutiram, é? Ou é isso que vocês chamam de conversar?

— Não, ele só... parecia totalmente de boa com a minha partida. — falo e dou um pequeno sorriso.

— Talvez ele só estivesse te apoiando.

— Não, foi como se ele nem ligasse. Ele disse; não tenha pressa para voltar. — falo e fico em silêncio por um tempo. — Eu achei que ele sentisse o mesmo por mim...

— O mesmo que sente por ele? — pergunta com um sorriso provocativo.

— É por isso que eu sou casada com o meu trabalho. — falo mudando de assunto. — Relacionamentos são muito difíceis.

— Ah, querida... Sabe, quando o Farkol faleceu eu achei que nunca mais ficaria com alguém, eu... ignorei essa parte da minha vida. Eu dava aula, ia para as aulas de artesanato, fazia brincos, muitos, muitos brincos. — diz e eu dou risada. — Mas aí eu conheci o William e ele me chamou para sair ontem a noite.