Capítulo 07

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Os dias foram estranhos desde o ocorrido com o Conan, pois não consigo parar de remoer como fui injusta com minha mãe. Uma sensação de frustração me consome sempre que ele está no mesmo cômodo que eu, pois cada vez que o vejo, as lembranças daquele momento na sauna inundam minha mente, trazendo à tona uma mistura de desconforto e arrependimento. Entro na cozinha e me sento à mesa, encontrando o olhar reconfortante da minha mãe. Internamente, agradeço eternamente por o Conan ter saído cedo para resolver alguns problemas. É um alívio momentâneo saber que não terei que encarar sua presença, pelo menos por enquanto. Cada pequeno respiro de paz é precioso, uma pausa na tormenta que se instalou em minha vida desde aquele fatídico encontro na sauna.

ㅡ Mãe, quando vou poder estudar? ㅡ Olho para ela, que está concentrada em seu celular.

ㅡ Estamos resolvendo isso, Astrid. ㅡ Ela responde, o que me faz bufar com frustração.

ㅡ Então, não vou estudar? ㅡ Franzo a testa, buscando uma resposta clara. ㅡ Mãe?

ASTRID, CALA A BOCA! ㅡ Ela grita, me assustando com sua reação.

ㅡ Vou ver o Edward. ㅡ falo, saindo da cozinha. Decido afastar-me do clima tenso que se instalou.

Estava brincando com o Edward no terraço da casa, buscando distração para não acabar cedendo às lágrimas após o episódio em que minha mãe gritou comigo. Envolvida nas brincadeiras, tento deixar de lado a tensão que paira sobre mim. Escuto meu celular tocar e vejo que é o Jensen ligando. Fico indecisa se devo atender ou não.

ㅡ Que merda! ㅡ Resmungo, fazendo o Edward rir com meu tom de voz. Seu riso contagioso me arranca um sorriso.

ㅡ Merda! ㅡ Ele repete, imitando minha expressão, e eu olho para ele com uma mistura de diversão e advertência em meus olhos.

ㅡ Não fala mais isso. ㅡ Dou um sorriso suave, tentando transmitir a mensagem com gentileza, enquanto desbloqueio meu celular e vejo a mensagem do Jensen. Sinto uma pontada de nervosismo ao ler suas palavras. ㅡ Kimberley, eu vou sair, ok?ㅡ Falo, dirigindo-me à babá, e me inclino para dar um beijo carinhoso no Edward antes de me levantar.

O Jensen está aqui? Minha surpresa é palpável, e sinto meu coração acelerar com a notícia. Corro para fora da casa, deparando-me com um Porsche estacionado em frente à casa e o Jensen encostado nele, relaxado, com as mãos nos bolsos e a perna cruzada. Ele é louco, penso, enquanto meu coração bate descompassado. A ideia de ir para Los Angeles de carro sem avisar minha mãe cruza minha mente, mas a certeza de que ela me mataria por uma atitude tão impulsiva é inegável.

ㅡ O que está fazendo aqui? ㅡ Pergunto, aproximando-me mais, parando em frente a ele. ㅡ Oi ㅡ Acrescento, dando um sorriso quando ele me puxa para um abraço.

ㅡ Meu pai veio resolver umas coisas aqui no Canadá e eu acabei vindo. ㅡ Ele responde, e eu o puxo para um beijo, deixando-me levar pelo calor do momento e pela emoção de revê-lo.

Jensen me coloca nos braços, encostando-me no carro e apertando minha bunda. Por um instante, me vejo tomada por uma mistura confusa de sensações. No entanto, a frustração emerge, questionando por que o tesão não surge da forma esperada. Jensen é lindo, gostoso, desejado por todas as meninas da escola, mas por algum motivo, a faísca não acontece para mim. A pergunta persiste em minha mente: por que caralho ele está namorando uma virgem quando poderia foder com qualquer garota que ele quisesse? Eu realmente não consigo entender.

𝑶 𝑵𝑨𝑴𝑶𝑹𝑨𝑫𝑶 𝑫𝑨 𝑴𝑰𝑵𝑯𝑨 𝑴𝑨...(EM REVISÃO)Where stories live. Discover now