[2] o jogo de basquete 🏀

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Eu não aguentei e tive que rir. Os risos voltaram, mas dessa vez estavam em maior quantidade. Até mesmo Corey e Caleb riram.

— Como é que é!? — Troye partiu enfezado pra cima de Hans.

— Ei, ei. — o professor o afastou com o braço. 

— Vamos resolver isso no jogo, vocês não querem jogar!? — Hans perguntou.

— Você tá me ameaçando? — Troye retrucou.

— Experimenta. — Hans piscou um olho. 

Começou um alto borburinho das pessoas nas arquibancadas, uma mistura de aplausos, risos e vaias. Óbvio que tinham os adoradores do trio, mas ao mesmo tempo eles tinham aqueles que os odiavam. 

O professor ordenou que os alunos que não estivessem uniformizados ainda fossem se trocar pra começarmos o jogo.

Obviamente os três ficaram num time oposto ao que eu e Hans fazemos parte.

E assim passamos horas da tarde jogando. Tive que aguentar ouvir as mesmas piadinhas de sempre daqueles três. Implicaram bastante com a gente, marcaram eu e Hans praticamente o jogo inteiro e eu me tremia de nervoso quando era Caleb perto de mim, alternando seu olhar penetrante entre meus olhos e a bola de basquete. 

No fim das contas, a equipe deles acabou ganhando da nossa.

Assim que começou a comemoração, estava explodindo de raiva e não quis ficar pra ouvir mais nada. Peguei minha mochila e andei apressadíssimo para o vestiário. 

Olhei para atrás quando ouvi Hans chamar meu nome, mas só sinalizei ele pra vir comigo mais rapidamente. 

— Eu sei que dá raiva, cara, mas é só um jogo. 

— É só um jogo, mas é contra aquele trio. — expliquei.

— Eu sei, mas releva. — Hans sorriu torto enquanto entrava em uma das partições dos chuveiros, tirando a roupa.

— Não dá não. — retruquei, também tirando a roupa rapidamente devido ao tamanho do meu ódio.

— Eu vou aproveitar o resto do dia com a Chrissie, rapidinho esqueço desses babacas aí. 

— Sorte sua que tem uma namorada pra aproveitar o dia assim. — liguei o chuveiro e senti aquela água gelada percorrendo meu corpo da cabeça aos pés. — Queria eu poder aproveitar o resto do dia pra esquecer disso tudo. Que ódio! Que inferno!

— Relaxa, cara, você anda muito estressado!

— Não me peça excessos.

Hans riu e continuamos tomando banho.

— Escuta, japa, precisamos ir em alguma festinha pra eu poder descolar um namoradinho pra você.

— Descolar? Alguém ainda usa essa palavra? — levantei minha sobrancelha e soltei um riso frouxo enquanto olhava pra ele.

— Eu uso, não ouviu?

— Idiota. — joguei água nele. — Um "namoradinho" não é tão simples assim de achar. Não é assim que acontece.

— Ué, tudo pode acontecer.

— Comigo? Tudo de ruim, só se for.

Fechei o chuveiro e peguei a toalha, me enxuguei rapidamente e já fui vestindo minha roupa. 

Hans fez o mesmo enquanto suspirou já impaciente com o meu estresse e viu que no momento já não tinha nenhum jeito para apaziguar essa situação. 

— Bom, cara, se você quiser, minha oferta está de pé, vamos ver algum dia pra gente sair assim e se distrair, no mínimo. Afinal, sou teu amigo ou não sou?

Quando o amor é pra sempre: A história de Gael (Romance Gay)Where stories live. Discover now