Eu não aguentei e tive que rir. Os risos voltaram, mas dessa vez estavam em maior quantidade. Até mesmo Corey e Caleb riram.
— Como é que é!? — Troye partiu enfezado pra cima de Hans.
— Ei, ei. — o professor o afastou com o braço.
— Vamos resolver isso no jogo, vocês não querem jogar!? — Hans perguntou.
— Você tá me ameaçando? — Troye retrucou.
— Experimenta. — Hans piscou um olho.
Começou um alto borburinho das pessoas nas arquibancadas, uma mistura de aplausos, risos e vaias. Óbvio que tinham os adoradores do trio, mas ao mesmo tempo eles tinham aqueles que os odiavam.
O professor ordenou que os alunos que não estivessem uniformizados ainda fossem se trocar pra começarmos o jogo.
Obviamente os três ficaram num time oposto ao que eu e Hans fazemos parte.
E assim passamos horas da tarde jogando. Tive que aguentar ouvir as mesmas piadinhas de sempre daqueles três. Implicaram bastante com a gente, marcaram eu e Hans praticamente o jogo inteiro e eu me tremia de nervoso quando era Caleb perto de mim, alternando seu olhar penetrante entre meus olhos e a bola de basquete.
No fim das contas, a equipe deles acabou ganhando da nossa.
Assim que começou a comemoração, estava explodindo de raiva e não quis ficar pra ouvir mais nada. Peguei minha mochila e andei apressadíssimo para o vestiário.
Olhei para atrás quando ouvi Hans chamar meu nome, mas só sinalizei ele pra vir comigo mais rapidamente.
— Eu sei que dá raiva, cara, mas é só um jogo.
— É só um jogo, mas é contra aquele trio. — expliquei.
— Eu sei, mas releva. — Hans sorriu torto enquanto entrava em uma das partições dos chuveiros, tirando a roupa.
— Não dá não. — retruquei, também tirando a roupa rapidamente devido ao tamanho do meu ódio.
— Eu vou aproveitar o resto do dia com a Chrissie, rapidinho esqueço desses babacas aí.
— Sorte sua que tem uma namorada pra aproveitar o dia assim. — liguei o chuveiro e senti aquela água gelada percorrendo meu corpo da cabeça aos pés. — Queria eu poder aproveitar o resto do dia pra esquecer disso tudo. Que ódio! Que inferno!
— Relaxa, cara, você anda muito estressado!
— Não me peça excessos.
Hans riu e continuamos tomando banho.
— Escuta, japa, precisamos ir em alguma festinha pra eu poder descolar um namoradinho pra você.
— Descolar? Alguém ainda usa essa palavra? — levantei minha sobrancelha e soltei um riso frouxo enquanto olhava pra ele.
— Eu uso, não ouviu?
— Idiota. — joguei água nele. — Um "namoradinho" não é tão simples assim de achar. Não é assim que acontece.
— Ué, tudo pode acontecer.
— Comigo? Tudo de ruim, só se for.
Fechei o chuveiro e peguei a toalha, me enxuguei rapidamente e já fui vestindo minha roupa.
Hans fez o mesmo enquanto suspirou já impaciente com o meu estresse e viu que no momento já não tinha nenhum jeito para apaziguar essa situação.
— Bom, cara, se você quiser, minha oferta está de pé, vamos ver algum dia pra gente sair assim e se distrair, no mínimo. Afinal, sou teu amigo ou não sou?
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Quando o amor é pra sempre: A história de Gael (Romance Gay)
RomanceSegundo volume de "Quando o amor é pra sempre", "A história de Gael" conta a história do filho adolescente de Harrison e Scott. Já é 2022 e Gael está tendo algumas dificuldades para se adaptar a vida nova não só pelas consequências da pandemia, mas...
[2] o jogo de basquete 🏀
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