— Oi. — fingi um sorriso então o garoto me puxou para um abraço apertado e eu retribui com força.

— Eu sinto muito. Sabia o quanto ele era importante para você. — Finn disse e eu assenti tentando segurar as lágrimas.

— Ele era. Eu sabia que ele era seu amigo também, e você o considerava bastante. — suspirei e então me afastei do Blake. — Ele só está desaparecido... eu acredito que esteja vivo. Eu sei disso. Bruce é forte, aonde quer que ele esteja vão encontrar ele, vivo.

Eu sei que eu estava botando esperanças demais, mas eu nunca vou aceitar que Bruce, meu melhor amigo, esteja morto.

Ele é forte, vai sair dessa vivo.

— A aula já vai começar. — falei e então entrei na sala que ficava alguns passos de onde estávamos e fui me sentar próximo à janela.

Finn se sentou atrás de mim e o Arellano sentou-se ao lado do Blake.

Eu iria colocar minha mochila à minha frente para guardar o lugar de Bruce, o que eu fazia sempre.

Mas eu acho que pelo resto dos dias será tudo diferente. Vou voltar só para casa quando Blaire não puder me buscar, não vou ver mais ele jogar baseball.

Fechei os olhos ao senti as lágrimas ameaçarem cair.

Eu não podia chorar, tinha que ser forte por ele.

O professor entrou na sala com um meio sorriso do rosto e então falou o mesmo de sempre "bom dia", logo antes de começar sua aula ele foi falar de Bruce.

Mais tarde teria uma pequena reunião na quadra e iriam falar sobre o Yamada.

Era a mesma coisa, eles iriam falar que Bruce estava morto, mas ele não estava. Tenho certeza que estava vivo. Eu sei disso.

Até amanhã eles irão encontrar ele, eu acho.

Bruce, aonde quer que esteja, volte para casa por favor.

———

A última aula havia terminado, abri meu armário pegando minhas coisas e coloquei a mochila em minhas costas.

Fechei o mesmo logo trancando com a senha que somente eu sabia e então fui em direção a porta principal.

Vi o carro de Blaire parado na porta da escola assim como o carro dos pais de outros alunos.

Abri a porta do passageiro e entrei no mesmo logo me sentando, fechei a porta e olhei para frente.

— Como foi na escola?

— Bem, até. — dei de ombros e então minha irmã deu a partida.

— Se quiser conversar eu estou aqui, tudo bem?

— Eu sei... só quero ficar um pouco sozinha, tá bom?

— Sim, claro.

Ao virarmos o carro para ir para casa, observei uma van preta. A mesma que passou perto de casa, eu reconheci pelo nome na lateral do veículo.

PICK UP THE PHONE - FINNEY BLAKEWhere stories live. Discover now