Eu me lembro de tudo, a ficha parece cair, me chamaram para resolver a questão dos vestidos, uma menina derrubou um frasco de loção e sujou tudo. Cynthia me pediu para chamar com ela algum colaborador e em poucos minutos eu estava trancafiada no almoxarifado.

Mas as chaves me ajudaram e eu logo saí e voltei ao meu lugar na festa, quando ela notou isso, seus olhos fulminaram. Ela odiou que tudo tenha dado certo.

Mais lágrimas rolaram quando me lembro o quanto de tapas levei, o choque foi tão grande que não tive reação, mesmo sabendo tudo o que pode acontecer, os vilões ainda nos surpreendem.

— Ah! Não consigo mais. — Me sento no degrau da escada que leva a areia da praia.

Meus olhos ardem pelo choro e o vento trás pequenos grânulos de areia, que fazem arder ainda mais, meu corpo inteiro dói, estou toda molhada pela chuva que não deixa de cair e pesa toda a minha roupa, meu pé está em uma dor insuportável, tudo incômoda e eu só quero chorar e chorar até que meu coração se acalme.

Me encolho no degrau da escada, enquanto a chuva cai grosseiramente deixando as ondas cada vez mais agitadas. Sinto calafrios por todo o corpo quando o vento passa por ele de modo feroz junto com a dor que me tira a paz.

Pego o telefone que Filippo me deu e digito os números, e sei que ele está rastreando tudo, mas na luta com aquela maluca, ela jogou meu celular no meio da rua.

Meu corpo está cada vez mais esgotado e sem esperar resposta do telefone sinto os meus olhos pesarem. Eu preciso atravessar a rua, era apenas um descanso. Aqui não é seguro! Tento me reerguer, mas me desequilibro  e caio sobre o meu pé.

Um pequeno gemido de dor escapa por meus lábios e me permito chorar por tudo. Me encolho onde estou e por mais que eu quero sair daqui e levantar, não tenho forças.

Meus olhos vão fechando e antes que eu feche completamente os olhos eu vejo um outro raio cortar o céu e cair sobre uma árvore bem próxima de mim.

Juli!!! — Ouço uma voz ao fundo mas não consigo abrir os olhos para ver.

— Juli!!! — Ouço uma voz ao fundo mas não consigo abrir os olhos para ver

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Martin

Assim que vejo seu corpo encostado nas escadas, estaciono o carro e desço as pressas ao ver o raio cortando a árvore bem próximo dela. A chuva está intensa e as ondas cada vez mais próximas da margem

— Juli!!! — Me aproximo do pequeno corpo e a puxo com cuidado.

— Meu pé...— Ela sussurra com os olhos fechados.

Olho para o pé, notando certo inchaço e com cuidado a pego no colo e levo em direção ao carro, suas roupas estão extremamente molhadas e os cabelos pingando.

Olho para seu pé, para seu estado molhado e para a chuva, acho melhor levá-la para se aquecer e amanhã levá-la ao médico. Reflito atrás do volante.

Uma CEO inalcançável.Where stories live. Discover now