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Julieta.

Acordo às sete e meia da manhã, indo direto para o banho, lavo os cabelos e meu corpo, me enrolando no roupão e prendendo os cabelos com uma toalha.

Sigo para o closet, visto uma camisa branca, uma calça capri de linho azul royal plissada, calço sandálias de saltos médios de cor nude, visto um blazer cinza com grafiatos brancos.

Penteio os cabelos, deixando-os soltos, no rosto passo um pouco de blush, rímel e um batom nude rosado, dando um pouco de cor, passo algumas gotinhas de perfume e pego minha bolsa, um pouco maior que o costume, que montei ontem, com uma camisola de pijama, peças íntimas, uma necessaire e algumas mudas de roupas, coloco carregador, carteira e celular.

Às sete e cinquenta e cinco eu saio para a garagem, observando Martín chegando e estacionando do lado de fora.

Aceno para os seguranças e atravesso o portão, notando Martín saindo do carro. Observo seu visual um tanto casual, com uma calça jeans preta com pregas nas pernas, um tênis preto e uma camiseta branca com uma jaqueta de couro por cima.

- Bom dia, Juli! - Martín se aproxima beijando minha bochecha e eu acho que já estou totalmente acostumada com esse gesto e posso dizer que gosto.

- Bom dia, Martín! - Sorrio tímida retribuindo o cumprimento e deixando um pequeno beijo em sua bochecha, sentindo o coração acelerar de nervosismo.

- Ah, alguém está de bom humor. - Ele me cutuca na cintura e eu o belisco de leve no braço. - Ou não. - Dá risada. - Eu gostei disso, senhorita Juli, pode repetir sempre. - aponta para a bochecha e busco algum arrependimento que não encontro - Vamos entrar? Eu dirijo até a Fiorella.

- Vamos. - Digo dando a volta, entrando e sentando no banco do passageiro.

- E aí, como dormiu? Descansou?

- Dormi bem, descansei um pouquinho e você?

- Dormi bem, depois de me mexer a noite inteira. - Ele resmunga me fazendo rir.

- Sei bem como é. - Sorrio mantendo um silêncio agradável.

Depois de chegarmos na padaria e tomar um delicioso café Italiano, croissant de chocolate e algumas frutas, inicio na direção à Bolonha, são três horas de viagem e confesso estar um tanto ansiosa para passar todo esse tempo junto de Martín ele e saber o que ele vai aprontar durante todo o caminho, porquê convenhamos que na empresa sempre aparece alguém e nunca ficamos realmente sozinhos. Mas agora, aqui são três horas e um fim de semana juntos, sinto meu coração acelerar só de pensar.

- Você fica bem dirigindo. - Martín diz ao meu lado. - Uma imagem de mulher forte, sabe?

- hmm.... obrigada...- Digo descrente.

- É sério, Juli. - Sinto sua sinceridade e afirmo com a cabeça.

- Tudo bem, obrigada. - Sorrio.

- Como vai ser lá? - Martín pergunta se ajeitando no banco.

- Na verdade é bem simples, entramos para uma vistoria do andar de cima a baixo, com um olhar clínico para qualquer irregularidade e depois eu peço os relatórios digitais e os manuscritos para trazer para a sede e averiguar com calma.

- Você gosta dessa rotina? Dessa administração toda?

- Sim, é algo que posso ser eu e me posicionar e ainda fazer algo pela herança da família.

- Entendi, é bonito ver você falando, seus olhos brilham! - Ele aponta e ajeita os meus cabelos, que vieram aos meus olhos, atrás da minha orelha.

Uma CEO inalcançável.Where stories live. Discover now