O poema ainda existe.
Mesmo depois de enfrentar a escravidão
A burocracia poética
O panfleto
A o rádio
A televisão
A internet
O poema ainda existe dentro da rede
E fora dela.
O poema existe mesmo depois do emburrecimento,
Do embrutecimento
Da acusação de inutilidade.
Mesmo depois de tudo isso,
O humano insiste em ser humano
E o poema ainda existe.