Dan?

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Fui acordada pelo Dan, já estavamos parando na estação.
Quando saímos do trem percebi um frio cortante, lembro que ele havia explicado que estaria gelado, mais não imaginava isso.
-Que frio!!
-Logo você acostuma...-diz ele com o sorrizinho-agora não temos tempo a perder, temos de ir ao conselho.
-Ainda não me contou como é esse conselho Dan.
-Você verá.
-Vamos me conte
-Digamos que ele é bem familiar
Saindo da estação, vejo uma cidade muito bonita, cheia de casas e prédios debaixo de um cobertor de neve, quando chegamos estava amanhecendo, não tinha muita gente nas ruas,(como o elfo já havia me dito)afinal, acho que ninguém queria acordar de madrugada para passar frio.
Andamos bastante por uma calçada escorregadia, lado a lado, ele ficou do lado da rua, ele havia me dito que era melhor eu ficar bem perto dele, mesmo na cidade.
Então chegamos ao prédio aonde ficava o conselho, ele era enorme e um preto desbotado provavelmente pelo tempo, não tinha muitas janelas, e as que tinham, pareciam gelo cristalino. Quando entramos vi um salão um pouco grande e alto comparado com o que eu previa vendo o lado de fora, era escuro, mas não totalmente, por causa das janelas, nada de mais, menos por uma escada, iluminada por uma clarabóia, ela era feita de concreto, sem corrimão, era bem grande,só que a característica mais marcante é que ela não levava a nenhum lugar, mesmo assim Dan me pediu para subi-la, e admito que foi até difícil, pois os degraus eram largos e altos, porfavor, sou mediana, mais continuo sendo bem baixa, Dan veio junto, sorte dele em ser alto(uma coisa que percebi só quando saímos do trem, não dava para perceber em quanto ele estava sentado)foi me ajudando(e às vezes tirando sarro de mim).
Quando estávamos no topo, ainda não entendia o porque de termos subido tudo aquilo se ela não levava a nada.
-Eu sei que é meio estranho, mais o conselho tem que ser escondido e...-ele fez uma pausa limpando a garganta como se não quizesse dizer alguma coisa-só pode ser aberto pelos membros e seus é, bem, familiares.
-Espera, o que?
Então ele pegou na minha mão e me puxou pra frente, pensei que iriamos cair, mais acabamos entrando em uma coisa que me fez sentir dentro de uma gelatina, mas logo abrir os olhos estávamos em um corredor longo com vários e vários quadros, por todo canto, preenchendo quase todas as paredes pintadas de preto daquele cômodo indo em direção a uma porta de madeira enorme e larga.
-Por que tantos quadros?
-Bem, depois que algum membro do conselho morre, aparece um quadro na parede.
-Mas não acaba o espaço uma hora?
-É um corredor mágico, ele vai se estender para colocar outra pintura.
Então eu parei para olhar melhor os quadros,(coisa que eu não faria em uma excurção para um museu)tinham várias molduras, detalhadas ou mais simples, todas em ouro com os nomes das pessoas nelas em preto com suas raças na frente, tinham anões, fadas e...elfos.
Depois de uns cinco minutos olhando as caras das pessoas pintadas eu percebi que nem tínhamos saido do lugar, mas, quando olhei para o Dan, ele estava com uma cara de nervoso, mordendo os lábios e com os punhos cerrados.
-Está tudo bem?
Ele não respondeu. Eu só via minhas palavras voando na minha frente enquanto olhava pra toca dele.
-Dan?
-Hum?O que?
-Você está bem?
-Sim, eu só estava pensando,desculpe, vamos.
Com certeza não era alguma coisa boa.
Atravessar aquele corredor foi normal pra mim, mas cada vez que olhava para o Dan, mais nervoso ele ficava. Será que era eu? Ou era o que estava depois daquela porta?
Quando chegamos mais perto, ela parecia maior, e agora, conseguia ver vários detalhes.
-Depois que eu bater na porta, porfavor, tente ficar todo o tempo do meu lado.
-Ok.
Ele bateu.
E a porta abriu.

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