𖤍𖡼↷ 𝐅𝐎𝐔𝐑𝐓𝐘 𝐍𝐈𝐍𝐄

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-Não é culpa minha se o Katsuki só sabe jogar roubando! - eu retruquei e Bakugo se virou para me lançar um sorriso sarcástico que eu fiz questão de ignorar. Ele estava pensando sobre o como eu não sabia perder, mas era ele quem não sabia jogar limpo, essa era a verdade! Mas eu já estava acostumada com isso vindo dele.

Pelo menos aos poucos as coisas estavam voltando ao normal, isso se é que da pra chamar o caos que emana da minha turma de algo normal. Nada na minha vida parecia exatamente no devido lugar, mas isso era algo ao qual eu já tinha me acostumado. Quer dizer, Enji não parava de me mandar mensagens sobre o como ele precisava falar comigo e que tinhamos que conversar, mas eu fazia questão de ignorar cada uma daquelas mensagens. Segundo Shoto, nem mesmo valia a pena perder o tempo dando atenção ao Endeavor, e ele não podia estar mais certo em relação a isso. Eu tinha coisas bem mais importantes para me preocupar, como o fato de que Aizawa sensei estava me perfurando com o olhar naquele instante por eu estar sentada em cima da mesa. 

Ontem eu tinha recebido uma bela de uma bronca depois que admiti estar namorando com Shoto, onde o sensei fez questão de deixar claro que se soubesse que eu estava indo no quarto de Shoto e vice e versa, nós enfrentariamos consequências. Apesar de eu insistir que isso era algo normal já que crescemos juntos, na mesma casa e basicamente dividimos o mesmo quarto um milhão de vezes, meus argumentos não foram o suficientes para convencer Aizawa sensei e seu espirito de pai, o máximo que eu consegui foi fazer ele aceitar que a gente ficasse junto no mesmo quarto se a porta estivesse aberta. O que definitivamente era um saco e acabava totalmente com uma coisa chamada privacidade, mas não era como se eu achasse que isso existia quando meus lindos amigos eram um bando de abelhudo que amavam tomar conta da minha vida. 

O caos se iniciou mais uma vez na sala de aula quando Aizawa sensei disse que teriamos um festival cultural e que deveriamos escolher um tema para nossa turma. O que claro que gerou um grande alvoroço, a maioria apresentando ideias bem criativas e legais, diferente de Mineta que abria a boca e só falava merda. E no final das contas, acabamos o dia sem decidir nada e com um prazo muito curto para tomar uma decisão sobre o que fariamos.

Por conta das aulas suplementares, nós que fizemos residência não tivemos como participar da decisão da classe em relação ao que faríamos, mas não era como se eu me importasse muito com isso. O que quer que eles quisessem fazer, eu aceitaria, e sabia que Yao-Momo não deixaria nenhuma ideia bizarra ir para frente. 

Quando as aulas acabaram, eu estava tão cansada que a primeira coisa que fiz ao chegar no meu quarto foi afundar a cara contra o travesseiro. Eu sabia que ser super heroína não ia ser nada fácil, mas, nossa! Era como se meu cerébro estivesse prestes a explodir a qualquer momento.

Fiz uma careta quando meu celular apitou e vi que eram mensagens de Fuyumi me pedindo para conversar logo com Enji e resolver as coisas com ele. Eu não queria fazer nada disso, eu sequer queria ter que o encarar. E eu nem mesmo precisava, mas era um saco ele estar insistindo tanto assim no assunto.

Não respondi as mensagens dela pois batidas na porta me fizeram levantar. Fiquei surpresa ao ver que era Shoto, pois achei que ele já tinha ido dormir. Com um suspiro, deixei ele entrar, fazendo cara feia para a porta que eu era obrigada a manter aberta agora, mesmo que a culpa não fosse exatamente da porta. 

-Tá tudo bem? Vocês conseguiram decidir algo? - perguntei e Shoto assentiu enquanto eu sentava na cama.

-Um show. - ele disse dando de ombros e eu torci o nariz. -Você podia cantar.

-Ah, nem sonha com isso. - falei, sentindo minhas bochechas esquentarem um pouco. Shoto franziu o cenho, querendo saber o porque. Quer dizer, eu até gostava de cantar, mas tinha vergonha o suficiente para não colocar isso como uma opção. 

Ocean Eyes • BNHA Where stories live. Discover now