Para Bárbara, Do Oli

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Bárbara, eu e a Meli sentimos muito a sua falta, acabamos começando a plantar margaridas para esquecermos o vazio que você deixou com seu sacrifício.

A Amelie está agindo como você, ela tenta entrar na frente de qualquer criatura que aparece, já tentei explicar a ela que você não ia gostar nada dessa atitude dela, mais a minha irmã não me escuta.

Queria que você soubesse que mesmo nós não conseguimos conversar muito eu te acho muito forte, na minha opinião você aguentou muita coisa que eu não aguentaria. Se lembra daquele dia em que eu te abracei no quarto dos seu avós? Foi aí que eu percebi que você fazia e faz parte das minhas famílias.

Gosto de falar que tenho duas famílias, a minha família de verdade: Minha mãe e a Amelie. E minha família da ilha: Você, a Meli, o Milo, o Wanderley e a Amorinha.

O Arthur me contou que tinha duas famílias também, as duas delas acabaram morrendo, tenho medo de isso acontecer comigo também.

Um detalhe que eu não contei nem para a Amelie é que eu carrego uma das flores que você plantou na ilha, na minha carteira desde o dia em que o cavalcante morreu.

A Helena mora perto de nós também, ela continua bem tímida perto da Amelie, acha que ela tá gostando da minha irmã? E ela também se assumiu Lésbica para todos quando a Meli se assumiu Pan.

Todos os domingos nos costumamos nos reunir na casa do Adrian para conversarmos com todos da ilha, o Ian continua nós perguntando sobre vocês, não consegui responder nada além de "eles estão muito ocupados para vir".

Eu fiz um desenho digital de todos nós juntos na base da ordem, mesmo sabendo que você provavelmente não entraria se estivesse viva.

Gosto de ir em uma árvore junto com o dante - um ocultista da ordem -, que me contou momentos dele com a irmã dele, e como ela morreu.

Vou fazer a mesma pergunta que fiz para o wandebas, se a nossa equipe ainda estivesse completa, como nós chamaríamos? Equipe Típora? Time Morreti?

Essa carta está sendo escrita em um papel especial, com cheiro de margaridas, como você.

Até logo, minha segunda irmã Bárbara.

As cartas de Olivier Florence. Where stories live. Discover now