23. Tudo parece certo

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Ela o encarou com dúvida, mas ele não sabia mais o que dizer. "Oh, você sabe, apenas me sentindo internamente esmagado por saber que você não quer ter um vínculo de alma e vários filhos comigo".

Ele voltara para seu dormitório e se deitara na cama, tentando chegar a um acordo com tudo aquilo.

Era melhor ou pior que não fosse apenas em relação a ele? Que ela estava rejeitando todos os Alfas? Ela não queria Longbottom ou o Weasley mais velho ou Theo ou qualquer outra pessoa. Ela provavelmente não considerava isso uma rejeição pessoal de ninguém.

Ela não queria um Alfa. Não queria nenhum Alfa. Não era apenas ele.

Era uma sensação vazia de confiança.

Não conseguira dormir a noite toda. Estava acostumado a compartilhar a cama com ela. Parecia frio e vazio dormir sozinho. Theo estava roncando.

Ele não conseguia parar de pensar naquilo. Que um dia tudo estaria acabado entre eles. Ele simplesmente voltaria a ser... ele. Aquele que seguira sem fazer perguntas até que fosse tarde demais. Que ficara perto da parede e a observara gritar sem fazer nada; sem nem mesmo pensar na ideia de fazer algo.

Ela não precisaria mais dele. Não porque tinha outra pessoa cuidando dela. Não porque havia encontrado alguém com quem fosse mais feliz. Mas simplesmente porque ela não seria mais uma Ômega.

Ele nem tinha certeza de como pensar sobre isso. O que era apenas instinto e o que era real? Havia coisas que ele sentia que simplesmente sumiriam caso ela se esterilizasse?

"Querer um vínculo de alma é um imperativo biológico, então, uma vez que todos os hormônios sumam, tenho certeza de que o desejo vai desaparecer. Provavelmente é apenas um instinto".

Realmente funcionaria assim? Se ela não fosse uma Ômega, tudo desapareceria?

Ele supôs que certos aspectos daquilo sim.

Sem os feromônios, o sexo não seria o mesmo. Ele não daria um nó. Ela não teria o mesmo cheiro. Ela... não tinha certeza de como ela cheiraria.

Não a pêssegos.

Mas ele não podia imaginar que tudo simplesmente desapareceria se ela não fosse mais uma Ômega. Não era como se tivesse começado a gostar dela apenas quando ela se apresentara.

Isso seria conveniente. Se tudo simplesmente desaparecesse ou desbotasse com o tempo.

Ele tinha certeza de que seria mais como ter uma parte dela morrendo. Todas as partes dela que ele conhecia. A maneira como ele conseguira se encaixar em sua vida. Desapareceria.

A própria ideia parecia uma ferida em algum lugar dentro dele que não conseguia localizar.

Mas... ao mesmo tempo, ele amaldiçoara o fato de que Granger era uma Ômega; que ela havia se apresentado antes que ele tivesse a chance de demonstrar que havia mudado.

Se ela não fosse mais uma Ômega, ele realmente teria uma chance de provar a ela que quis dizer tudo o que dissera. Que desejá-la e ser bom para ela não era um imperativo biológico que desapareceria sob um bisturi. Que quando ele implorara por perdão, ele quis dizer aquilo. Quando ele lhe dissera como ela era perfeita e jurara que nunca deixaria ninguém machucá-la novamente, ele quis dizer aquilo. Nunca ficaria ali parado novamente. Ele não seria alguém que simplesmente assistia, para salvar a própria pele.

Ele poderia provar que ela não precisava ser uma Ômega para que ele lhe prometesse essas coisas. Apenas ser quem ela ela era mais do que suficiente.

Ele já havia tentado lhe mostrar que eles eram mais do que biologia e parecia ter funcionado um pouco. Até a noite anterior, não tinha lhe ocorrido fazer sexo com ela sem deixar marcas de cheiro. No passado, o instinto possessivo de lambê-la se apoderara dele e ela sempre parecera gostar. Mas depois da conversa, percebeu que ela considerava fazer sexo algo em que era apenas uma participante física, não algo em que estava pessoalmente envolvida; como se ela estivesse emprestando seu corpo à Ômega para uso temporário.

All You Want | DramioneDonde viven las historias. Descúbrelo ahora