Então Tom descobriu sobre os pesadelos e como eles não pararam...o que não foi bonito. E as coisas ainda estavam um pouco tensas entre eles.

- Tudo bem?- o herdeiro da Sonserina questionou. Harry assentiu.

- Estou bem.- disse, automaticamente, sorrindo. Os olhos de Tom se estreitaram.

- Visão ou pesadelo?- ele perguntou, simplesmente. Harry fez uma pausa, ele não tinha certeza se amava Tom por ser o único a vê-lo chorando por trás de seus sorrisos, ou o odiava.

Eles se encararam por um momento. Sua cabeça estava latejando, como se alguém estivesse batendo uma marreta em sua mente.

- Visão, eu acho.- Harry respondeu, finalmente. A cabeça de Tom se inclinou em pensamento.

- Corredor com uma porta no final?

Harry franziu a testa, surpreso.

- Você...?

- Sim.- Tom sorriu, sombriamente.- Deve ter sido mesmo uma visão, se eu também estou vendo isso.

Harry fez um barulho de concordância, seus olhos passando por Tom.

- Que livro é esse?- ele perguntou em vez disso. Ele realmente não queria falar sobre a visão, provavelmente não era nada...o que soava idiota até para ele mesmo. Mas Harry não estava no lado da luz, mas também não estava no lado das trevas, então não seria certo discutir esses assuntos com Tom.

- A Ascensão e Queda das Artes das Trevas.

- Sério?- ele arqueou as sobrancelhas. Tom revirou os olhos.

- Só porque você caminha alegremente por um período de tempo diferente com apenas um vago conhecimento dos eventos atuais e nenhuma história de capa adequada, isso não significa que eu faria o mesmo.

É justo...Harry deu de ombros, esfregando os olhos cansado. Ele não pôde deixar de notar que Tom ainda não havia voltado a ler seu livro, o que só podia significar uma coisa:

- Ok, o que você quer?- Harry perguntou.

- O que?- Tom questionou, parecendo sair de seus pensamentos.- O que faz você pensar que eu quero alguma coisa? Você me magoa.

- Seu nome do meio é desejo, e você tem essa expressão em seu rosto.

- Meu nome do meio é Marvolo, certamente você deveria saber disso, Harry?- Tom sorriu. Harry estreitou os olhos.

- É uma figura de linguagem.- ele bufou. Tom o favoreceu com um olhar ligeiramente divertido e ilegível.

- Venha aqui.

- Eu...o quê?- ele perguntou. O que quer que Harry estivesse esperando, não era isso.

- Venha aqui.- Tom repetiu, calmamente, fazendo um gesto para o assento do sofá ao lado dele.

- Por que?

- Você sempre questiona cada ordem ou instrução que recebe, ou eu sou apenas uma exceção?

- Você é uma exceção. Estou impedindo seu ego enorme de inflar ainda mais.- Harry respondeu, prontamente, sem pensar.- Você já deveria saber disso.- ele poderia jurar que Tom quase sorriu. No final, porém, ele simplesmente inclinou a cabeça em direção ao assento.

Cautelosamente, Harry levantou, se aproximou e se sentou.

- Espero que você não queira começar uma conversa profunda e piegas aqui...você está sob efeito da polissuco?- ele perguntou de repente. Desta vez, Tom deu um passo além sorrindo e quase começando a rir.

- Não que eu saiba.- o Sonserino comentou, secamente. Uma mão deslocou-se para descansar em seu ombro, fazendo-o estremecer com o movimento repentino. Tom fez uma pausa, mas não retirou sua mão do lugar.

- O que você está...- Harry começou a questionar, antes de ficar em silêncio enquanto a dor em sua cabeça diminuía até desaparecer completamente.- O que você está fazendo?

- Paradoxo, Potter.- Tom disse, brevemente, olhando para seu livro mais uma vez. Ele esperou por mais explicações, mas o herdeiro da Sonserina simplesmente continuou lendo calmamente.

- Se importa em elaborar?- ele questionou. Tom suspirou, parecendo sofrido.

- Eu sou, digamos, a...alma original de nós dois (meu futuro eu e eu), então eu tenho uma vantagem, digamos. Já que temos a mesma alma, isso cria um paradoxo, e porque eu sou a 'alma dominante' isso significa que ele não pode ir a qualquer lugar onde eu estou.

- Você está na minha cabeça?- Harry exigiu, alarmado.

- Essa é a única parte que você ouviu?- Tom respondeu, um tanto exasperado. Harry balançou a cabeça, sem falar por um momento.

- Por que?

- Você precisa dormir, sem pesadelos ou visões.

- Por quê você se importa?- ele perguntou.

- Porque sua magia está se esforçando até a exaustão e é suscetível de atacar os outros se você não descansar um pouco. É irritante sentar do seu lado.

Ok...bem, inferno.

- Então espero que você goste de ser um travesseiro.- disse ele com inteligência, afastando-se abruptamente e colocando a cabeça no colo de Tom. Riddle ficou completamente imóvel.

Harry sorriu.

- Idiota desrespeitoso.

- Mas eu pensei que você me amasse...

- Apenas cale a boca e vá dormir.

Tom

Tom olhou para o menino adormecido com perplexidade. Ele não esperava que Harry realmente aceitasse isso. Oh bem, funcionou para ele. Quanto mais confiança Harry tivesse nele, mais fácil tudo seria.

Ele não estava mentindo, Harry não perguntou sobre quais efeitos causar deliberadamente aquele paradoxo teria, não é? E a magia realmente era irritante. O deixou nervoso quando sua própria aura reagiu a isso.

Tom precisava ter uma conversa particular com seus seguidores. Harry precisava dormir, então ele não estava exatamente fazendo algo de errado, estava?

O idiota nem questionou o que ele disse sobre as almas. Tom sorriu, virando a página do livro. Ele havia disfarçado a capa como sendo A Ascensão e Queda das Artes das Trevas, mas não era. Este livro era raro, Segredos das Artes Mais Sombrias.

Afinal, com toda essa conversa de viagem no tempo, Tom estava pensando em sua própria época. E foi aí que ele descobriu as horcruxes.

A porta se abriu quando as figuras entraram.

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O Favorito do DestinoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora