Capítulo: 15

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A notícia estava nos tabloides poucos minutos depois.

Chris Mon-El Wood, o melhor advogado de defesa da cidade, morto em sua própria casa com uma tesoura enfiada no peito.

Os policiais rondavam o local coletando provas com um misto de dúvida e satisfação mal contida. O motivo de seus pesadelos estava morto. Podiam resolver seus casos com calma agora.

Lena não conseguiu se aproximar da casa. Repórteres pareciam sair de buracos, policiais faziam barreiras e curiosos tentavam entender o que havia acontecido. Raven estava ligando incansavelmente tentando lhe dar as informações que via pela TV.

Kara fora levada pela polícia e Lena tinha dúvidas sobre se o interrogatório seria amigável ou não. A esposa sempre é a primeira suspeita, ainda mais quando as dezenas de amantes aparecerem batendo na porta.

Mais tarde, a detetive ficou sabendo que o melhor amigo da loira havia se nomeado seu advogado. Lena questionou suas habilidades, afinal, ele continuava na mesma sala que o conheceu, enquanto outros só subiam de andar. Não tinha o direito de falar nada, no entanto, só podia assistir enquanto ele se debatia sobre os argumentos que poderia usar no tribunal.

Dois dias depois, a casa acabou sendo liberada pelos criminalistas, que deixaram dois policias em cada porta de entrada. Bastou um único telefonema e Dulce conseguiu entrar despercebida por eles. Devia muito a Ian Somerhalder e já começava a planejar como recompensá-lo pelo trabalhão que teve em mandar os policias desobedecerem ordens superiores e saírem para tomar um café.

A casa estava desarrumada, os limpadores da polícia só chegariam no dia seguinte, então ela tinha pouco tempo para estudar tudo que queria. A polícia, geralmente, deixa provas passarem por falta de atenção, então ela começou vasculhando o quarto onde o corpo foi achado. Encontrou alguns livros derrubados e uma mancha enorme de sangue no tapete. Havia algo ao lado da mancha que ela não conseguiu identificar o que era na primeira vez que olhou.

Não havia sinal de arrombamento na casa, as portas estavam intactas, e o alarme nunca foi disparado. Então a pessoa que fez aquilo morava ali, tinha a chave ou era conhecida o suficiente para sua entrada ser permitida. Lena ainda não podia decidir qual das opções era a mais provável. Seu celular havia sido levado pela polícia, assim como os computadores e arquivos dos casos que estava cuidando.

Foi naquela mesma noite que Lena recebeu um telefonema de Raven. “A senhora Wood ligou esta tarde enquanto você estava na casa. Ela falou algo, mas eu não entendi muito bem. Ela disse: esta verdade é verdadeira e você sabe disso.”

Na manhã seguinte, Lena estava na porta da delegacia, esperando Ian aparecer com a autorização de visita. Mais um favor que ela teria que pagar. A lista estava aumentando demais.

Kara estava em uma sala de interrogatório, usando a mesma roupa que usara ao encontrar o marido morto, mas parecia muito mais pálida e cansada demais para ser considerada saudável.

“Você entendeu meu recado?”

“Você quer que eu ajude você a se livrar disso.”

•SᴜᴘᴇʀCᴏʀᴘ• •✓ O͜͡J͜͡O͜͡S͜͡  P͜͡O͜͡R͜͡  O͜͡J͜͡O͜͡S͜͡ • V͟e͟r͟s͟i͟o͟n͟Onde histórias criam vida. Descubra agora