PRÓLOGO

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Merlia

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Merlia

Viver em uma pequena casa no lado mais afastado da floresta é perigoso, a noite podemos escutar animais andando, barulhos estranhos e pássaros. Mas pra mim isso é perfeito, o sossego, a paz que tenho, era tudo que eu queria e ainda bem que consegui.

Minha vida foi conturbada, só queria momentos pra mim, e depois de anos eu consegui, agora morando em uma cabana grande, com um quarto, um banheiro ao lado, cozinha espaçosa e uma pequena sala com sofá, televisão e minha maravilhosa estante de livros.

Me sinto feliz, que depois de tudo ainda consigo viver sem qua saibam onde estou, que posso ir a cachoeira perto daqui e ver os peixes nadando, que posso respirar, sem sentir minha vida acabando aos poucos.

Já senti a minha vida indo embora de um jeito horrível, por isso continuo sempre tentando viver e aproveitando ao máximo do meu cantinho. Aqui tenho tudo que preciso para sobreviver e aproveitar, compras faço de um em um mês, e trabalho pelo celular e computador.

Sentada na cadeira de balanço na pequena área de fora de casa observo a natureza enquanto tomo um chá quente de camomila, não sei ao certo quando me tornei viciada em chá. Só sei que me acalma e me ajuda a dormir melhor a noite.

Deixo a xícara na pequena mesa ao lado e desço as pequenas escadas sentindo meus pés tocarem a grama, olha minha casinha cheia de flores coloridas ao redor e me sinto orgulhosa de mim mesma.

Sou batalhadora, de mesmo com todas as dificuldades me esforço para ser boa e feliz. Me sinto um pouco sozinha, mas nada que Mozi, meu passarinho, não me ajude.

Sento na grama sentindo cócegas em minhas pernas, fecho os olhos sentindo o sol em minha pele. A quentura da manhã era a melhor, todo dia venho pegar sol, porque amo a sensação de poder absorver todo esse calor e o vento fresco bater contra meu rosto, a sensação é de extremo conforto.

Fico mais algum tempo assim, até que assobio, Mozi posa no meu braço, ela é azul com amarelo, linda dms.

— Oi Mozi, está com fome? — Converso com ela enquanto subo as escadas. — Fique aqui irei pegar seu alpiste. — Ela faz barulho, sorrio a colocando na cadeira.

Entro dentro de casa indo até a cozinha e pego em um pote alpiste.

— Ei garota está aqui, aproveite e fique avontade pra dar uma volta. — Ela canta um pouco como se me entendesse, e não duvido disso. — Tome cuidado, irei estar aqui.

Sorrio e entro dentro se casa para começar a preparar meu almoço. Descido fazer um macarrão gratinado, pego todos os ingredientes que irei usar, e começo refogando a carne moída, enquanto a deixo no fogo, corto a cebola e o tomate para o molho, coloco a água para o macarrão cozinhar , e vou refogando a carne e fazendo tudo de uma vez.

Pego uma forma de vidro e coloco em cima do balcão de madeira, unto a forma com manteiga e coloco o macarrão nela e jogo o molho por cima e misturo com a colher, pego o molho branco e coloco por cima, e por último jogo mussarela.

Sorrio colocando no forno, cozinhar sempre foi algo que gostei de fazer, mas  antes eu era proibida, naverdade proibida de tantas coisas...

Enquanto fica no forno, vou tomar banho parar tirar toda a sujeira pois pretendo ficar o dia todo maratoando filmes do "The Rock". Coloco um short curto de pano macio preto, e uma blusa grande que vai até as cochas. Não lavei meus cabelos ruivos, então só estão presos em um coque despojado, coloco meias nos pés e vou até a cozinha conferir o macarrão.

Faltava mais algum tempo para ficar bom, fui até o quarto peguei travesseiros e um cobertor e voltei pra sala arrumando tudo no sofá. E coloquei o filme.

°•°•°•°
Bocejo já cansada, está de noite continuo vendo os filmes, está chovendo e um vento frio se faz presente.

Me assusto quando escuto um uivo de lobo, parecia estar sofrendo, meu instinto me fez levantar e abri a porta, no mesmo momento um vento gelado atingi meu corpo me fazendo ficar toda arrepiada.

Acendo as luzes da varanda e olho ao redor da casa, a chuva era fraca, pequenos raios eram ouvidos, escuto um choramingo cheio de dor, ando um pouco mais a frente sem me importar com a chuva, até que me deparo com olhos vermelhos.

Um lobo grande, tipo enorme... ele é todo preto seus olhos tão vermelhos que pareciam iluminar a escuridão da noite. O lobo choraminga escondendo os ouvidos e os olhos com as patas quando outro relâmpago é ouvido. Ele parecia fraco, e cansado.

Fico parada o olhando curiosa, avistando um grande machucado em sua perna direita, o sangue estava se espalhando pela grama, e a chuva aumentando.

— Oi, quer entrar? Parece que não gosta de relâmpago.

O Lobo - ContoWhere stories live. Discover now