͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏⋆꙳☆༚ᰢᩚ.OO6!)💭ⵌ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏ ͏

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Eu ria feito uma otaria me olhando no espelho e vendo Robin com aquela roupa, Por Deus estávamos parecendo tudo que mais desprezamos.

Descemos a escada correndo. Nancy já estava no carro nos esperando, impaciente.

━━━ Não dá pra respirar nisso aqui, coça muito, tá coçando tudo. - Robin diz tentando se equilibrar sobre o salto.

━━━ Não exagere, Robin. - Falo conseguindo até que me sair bem, já que minha mãe sempre me obrigava a usar esse tipo de roupa.

━━━ Nem tudo é sobre conforto, ok? Somos pesquisadoras. - Nancy resmunga e continua andando.

━━━ Claramente vindo de um almoço de Páscoa. - Robin resmunga abrindo os braços.━━━ Fora que esse sutiã que você me emprestou tá apertado meus peitos.

━━━ Olha só, deixa que eu falo com ele. Será que isso é possível?

━━━ Não só é possível, como é inevitável, porque daqui a pouco a Robin vai morrer sufocada. - Digo e solto um riso da minha própria piada.

 - Digo e solto um riso da minha própria piada

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━━━ Os CR's são muito altos. Das três. Impressionante.

━━━E essa é uma recomendação do professor Brantley. - Nancy entrega um papel ao diretor.

━━━ Ah, eu conheço o Larry! Muito bem na verdade... É o que dizem: "Os que não conseguem fazer, ensinam." - O moço fala e forçamos risada.

━━━ É... foi por isso que nós viemos... - Nancy dá uma pausa olhando para mim e Robin. ━━━ Tem um limite do que dá pra aprender em sala de aula.

━━━ Eu simpatizo com a dificuldade, mesmo, mas temos um protocolo pra visitar um paciente como o Victor. Precisam entrar com um pedido. Depois de passar por um processo de avaliação... - O cara continua falando, eu olho para o lado e percebo o quanto Robin estava incomodada com a roupa. ━━━ Depois disso, o conselho toma uma decisão.- Ele diz fazendo deixar um silêncio no ar. ━━━ Vi que estão decepcionadas. Mas será um prazer apresentar a instituição pra vocês. Talvez consigam até falar com alguns pacientes de segurança baixa.

━━━ Olha, seria um prazer... mas é que ... Nossa tese é pro mês que vem.

━━━ Estão atrasadas. - O velhote calvo dá ombros.

━━━ É.- Nancy murmura.

━━━ De quem é a culpa? - Ele pergunta e eu franzo o cenho.

━━━ Nossa. Completamente. E eu sinto muito mesmo... - Nancy dizia, mas foi interrompida por Robin.

━━━ Ruth, não pede desculpa. Nada disso.

━━━ Quieta! - Nancy resmunga para Robin que nem liga.

━━━ A grande questão é que nós entramos com o pedido há meses, mas ele foi negado. Tentamos mais uma vez, e foi negado de novo. Vir aqui foi a nossa última tentativa de salvar a nossa tese. E, juro, não dá pra respirar nisso aqui. - Robin começa a falar, igual ela sempre faz quando está nervosa.

━━━ Escuta, Rose, por que você não vai lá fora tomar um ar? - Nancy pergunta fazendo cara feia para Robin.

━━━ Eu acho que eu deveria, Ruth.

━━━ Uhum! - Nancy resmunga.

━━━ Porque tô começando a achar que isso tudo foi um tremendo erro! - Robin diz se levantando e eu fico a admirando. ━━━ Eu tô com a pele irritada, os meus peitos estão doendo e, sendo sincera, Anthony... Posso te chamar de Anthony, né? Essas roupas nem são minhas. Eu peguei emprestado, porque queria que você me levasse a sério. Porque ninguém leva mulheres a sério nesse ramo. Ninguém leva! Dizem que não temos o perfil pra isso, mas eu posso te contar uma história? - Robin continua falando, o velhote possuía uma expressão confusa, Nancy queria enfiar a cabeça de Robin para dentro do seu corpo, e eu a olhava com meus olhos brilhando. ━━━ Em 1978, eu tava num acampamento. E o monitor Drew contou pra mim e pra todo mundo do chalé a história real do massacre do Victor Creel. E o crianção do Petey McHew... Sabe o Petey, né, Katherine? - Ela olha para mim e eu concordo com a cabeça, mesmo não tendo noção nenhuma de quem seja. ━━━ É, coitadinho do Petey. Começou a soluçar ali na minha frente. Começou a hiperventilar. Nenhuma das crianças dormiu direito por semanas. Nem eu dormia direito, não por medo. Eu tava obcecada com a pergunta: "O que leva o ser humano a cometer atrocidades tão inimagináveis?". Outras crianças queriam ser astronautas, jogar basquete, tocar rock, mas eu queria ser você! Eu queria ser você. Então me perdoa se eu tô apelando pra tudo que eu posso fazer, inclusive usar essa roupinha ridícula, pra ter a mínima chance de falar com o homem que acendeu minha paixão e aprender um pouco mais sobre como funciona a mente perversa, mas, sinceramente, fascinante, como nós sabemos. Então, não, nós não temos a papelada oficial, mas não vem me dizer que o bebê chorão do Petey Michel não conseguiria uma reunião com o Victor em questão de segundos se pedisse com educação, porque eu e você sabemos muito bem que sim! - Ela falou exatamente tudo isso sem dar uma pausa. ━━━ Então, só 10 minutos com o Victor Creel.

 ━━━ Então, só 10 minutos com o Victor Creel

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𝖠𝖫𝖫 𝖳𝖮𝖮 𝖶𝖤𝖫𝖫.Where stories live. Discover now