Desligou seu chuveiro, saiu do box, se enrolou na toalha e foi até o quarto.
A janela realmente estava aberta, por isso o vento gelado.
Se aproximou para fechá-la, fez força mais não conseguiu, provavelmente ela imperrou já que era tanto quanto "antiga".
Bufou e ficou a encarando com cara feia como se mudasse alguma coisa.
E não adiantou, somente suspirou tentando se acalmar enquanto seus olhos deslizaram sem querer até a caixinha de madeira que ficava em cima da estrutura de madeira da Janela, a mesma estava aberta e com um papel dentro.
Antes de sair de casa tinha a certeza que a mesma estava fechada e sem nenhum papel ali dentro, pensou até que alguém havia invadido entrando pelos galhos da árvore até a janela, olhou para todos os cantos do quarto e tudo estava em seu lugar, objetos valiosos, eletrônicos.. Até mesmo a Alexa estava ali, o que era uma pena.
Seu coração batia um pouco mais rápido que o normal devido ao susto, mas também se lembrou do sistema de segurança que havia na casa, caso alguém invadisse ele acionaria a polícia imediatamente, teve que instalar esse sistema devido a algumas invasões que teve de reporters curiosos por conta da casa ser antiga, da época da primeira guerra mundial.

Pegou o papel, se sentou na cama e começou a ler.

"Para meu futuro amor, cabelos grandes negros assim como seus olhos.

Irei partir, provavelmente para nunca mais voltar, irei para a guerra servir meu país porém, caso eu volte, gostaria de te conhecer, amaria saber que você é que nem o garoto que aparece nos meus sonhos mais belos.

Ass: Tobirama Senju"


Aquilo deveria ser uma espécie de piada ou realmente achou uma carta antiga, pelo visto, o papel parecia meio desgastado, amarelado e com as bordas estrupiadas.
De todo jeito, parecia ser bonitinho por mais estranho que parecesse, Izuna tinha cabelos grandes, negros e olhos também negros.
E no final, o nome era de "Tobirama Senju, nunca havia visto esse nome em toda sua vida.

Lendo novamente a carta, dizia que ele foi para a guerra, provavelmente a primeira guerra mundial.
Já sabia o que fazer.

- Alexa pesquise sobre os mortos na segunda guerra mundial e procure pelo nome "Tobirama Senju"

- Buscando resultados... 2 resultados encontrados

Tobirama Berneri.

Tobirama Senju.

Uou... Poderia ser pessoas diferentes, não?
Mas por que aquela carta apareceu ali do nada? era muito estranho na verdade.


[02 de julho de 1914]



Pelo dia, manteve sua rotina de sempre, nada demais além de ter avisado a senhora Wallece que ele que seria recrutado para a guerra, a mesma se desabou em lágrimas por considerar Tobirama um de seus filhos.
Roger não demonstrará tanto assim mais assim que soube, o abraçou firme e disse que iriam dar todo o apoio que o Senju precisasse.

Logo a notícia já se espalhou pelo vilarejo, quando voltou para a fazenda, viu umas 5 famílias ricas diferentes ali o esperando na porteira.
As mesmas famílias que eram amigos de sua falecida família, todos eles trouxeram bolos, biscoitos, roscas e até chá's para reconfortá-lo.
Eles diziam palavras encorajadoras que infelizmente não adentrava na cabeça do albino mais ele sabia que as intenções eram boas.
Na hora da reza, todos se juntaram na sala e rezaram para Deus livrar Tobirama de todos os males, na aquela hora, por um instânte, se sentiu abraçado e aconchegado como não se sentia a tempos.

Depois de todos terem ido embora, Tobirama guardou todos aqueles presentes e se retirou para seu quarto.
Se limpou e se pôs novamente sentado na escrivaninha para escrever outra carta, pegou o que precisaria e deslizou a tinta pelo papel formando as suas frases mais doces.

"Sinto que não me encaixo na sociedade que vivo, mesmo sendo acolhido por logo estar na guerra, sei que não seria assim caso eles descobrissem meu segredo obscuro, carrego comigo pesos que nunca irei poder compartilhá-los com alguém, à não ser o meu garoto que sonho em conhecer, outros diriam que estou ficando doente por ser assim então escondo esse meu defeito, mas com você, sei que nunca mais terei que esconder quem eu sou.

Ass: Tobirama Senju"


Era uma forma de se expressar, de aliviar uma pequena parte de seu sofrimento, a escrevendo em um papel.
Quando terminou, dobrou a folha e foi em direção a caixinha de madeira que estava aberta e sem a sua primeira carta lá.

Deu alguns passos para trás assustado, alguém havia entrado ali sem ele perceber e roubado o papel?

Não, não, não.
Aquilo poderia arruinar a sua reputação, se descobrissem certamente seria morto antes mesmo de ir para a guerra.

Mais as famílias que estiveram ali, eram de classe alta, tinham educação mais que o suficiente de saberem que era um desrespeito entrar em um cômodo íntimo sem ser convidado, e também, a porta estava fechada ou seja, não podia ser isso que pensava.

A não ser que...

Ele sorriu confuso deixando a carta na caixinha e a fechou, se fosse realmente isso, esperava receber algum tipo mágico de sinal.
Será que era o efeito traumático antes da guerra? pensar loucuras como essa? era bem provável.


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Somente queria pedir minhas desculpas por tanta demora, infelizmente eu estava tendo um tipo de bloqueio em relação a essa fanfic e só conseguia me concentrar em uma outra que logo será lançada, mesmo assim, não desistam de mim!!!

Ass: Isa 😸

Separados por um século - TobiizuWhere stories live. Discover now