- ''Per favore''. E nem sei se existe, vou logo avisando.

- Existe! - quase enfia o celular na minha cara. - E é italiano. Pode ser um sinal, Sara! Do nada falei em italiano.

- Um sinal que precisa de curso de italiano!

- E aí encontraremos um boy italiano. Gajo... Ragazzo? Ragazo? Ragaço?

- Vamos, Isabella! - cato os seus lixos do chão. - E limpe a bolsa.

- Estou salvando o meio ambiente!

Arrasto Isabella pelo braço, porque ela cismou em espalhar felicidade por aí. Motivada a esquecer o ex, Adam.

E eu?

Quero que Brian vá a merda! Sou mais evoluída que Isa, eu mesma já esqueci o meu ex, dez minutos depois eu nem lembrava que já havia beijado aquela boca.

Vou até o vestiário e pego minha mochila, tirando o vestido de dentro. Tomo banho e depois me arrumo, esperando por Isabella terminar de tomar banho e se arrumar. Faço a maquiagem mais simples de todas, que é a única coisa que sei fazer, e nos olhamos no espelho.

- Se eu não ganhar bebida de graça ficarei frustrada! - Isabella solta beijo para ela mesma. - Comandamos aquele local, animamos, merecemos bebidas de graça.

- Champanhe de graça. - sorrio. - Que decadência.

- Eu quero economizar para ir a Dubai. Melhor lugar da vida, tem tudo lá. Bom economizar com bebida. Até porque é bebida por animarmos o local, não por caras bêbados que dão em cima de nós duas.

- Caras bêbados e estranhos. Sério, acho que precisamos dar uma pausa, Isa.

Ela resmunga e senta no banco.

- Desculpa ser a amiga chata e certinha. Mas esse local está perigoso. O táxi não para na porta, Uber nem passa perto. E como você mesma disse ''Não os caras bêbados que dão em cima de nós duas''. Sério, está ficando cada vez pior.

Não somos cobiçadas, as mais lindas do mundo, mas já ocorreu de estarmos saindo do clube e perceber que tinha homem nos seguindo. A rua está perigosa, e por Isabella tentar separar, ela decidiu que dançar é a melhor coisa a ser feita. Então...

- Ok, Sara. Ficaremos em casa.

- Não! Não é isso que quero dizer, mas já fomos nesse local por três semanas, de sexta a domingo. Domingo sempre das quatro da tarde as nove da noite. Acho que sou paranoica, mas podemos ter uma rotina facilmente monitorada.

- Então vamos para casa...

- Não, eu não falei para desanimar. Apenas que todo mundo está com medo. Guerra de tráfico, Nostra sei lá o que querendo território da ''M'' alguma coisa.

- Garota, você não entende nada do mundo do crime.

- E por que entenderia?

- Porque eu já vi a foto do suposto chefão, gato pra cacete!

- Ah, meu pai! Virou Maria fuzil, meu anjo?

- Combina com você...

- Vamos para o clube, precisa dançar mesmo. Espairecer, esquecer um pouco de doidice.

- A ella le gusta la gasolina. - essa é Isabella, rebolando a bunda no corredor e recebendo o sorriso de uma senhora e a carranca de outra. - Dame más gasolina...

E chegamos ao clube, lotado. Ainda é nove da noite e o local já está cheio.

Não somos dançarinas do clube, mas Isabella, doida como é, dá aula para a galera. Parece filme, você começa a dançar e todos dançam juntos. Assim ganhamos petiscos e champanhe de graça.

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