— Eu acho bonito. — O menor admitiu e ela sorriu.
— Eu pareço um bolo formigueiro, né? — Beatrice brincou e Arthur riu, achando graça.
— Como que surge as pintinhas? — O Cervero perguntou curioso e Beatrice deu de ombros, nunca se interessou em saber.
— As efélides, são o excesso de melanina, elas surgem com a exposição ao sol. — Dante disse distraído e todos os olhares acabaram nele. — Têm mais tendência em aparecer em pessoas de peles claras, ruivas ou com disposição genética.
Arthur fez um grande 'ó' com a boca e se aproximou de Dante, entusiasmado.
— Como você sabe dessas coisas? — Os olhos desiguais do Cervero brilhavam com a pergunta, como se fosse uma criança que perguntava se a lua era de queijo.
Dante sentiu suas bochechas corarem com a aproximação e engoliu em seco antes de desviar o olhar e responder a pergunta.
— Eu gosto de saber sobre as coisas. — Respondeu tímido e Arthur sorriu largo.
— Que demais! Sobre o que mais você estuda?
Assim que Dante começou a responder, Beatrice chamou a atenção de César e indicou para que eles fossem dar uma volta, logo se levantando e sendo acompanhada do Cohen.
— Arthur parece ser um grande fã do Dante. — Ela comentou divertida assim que eles se afastaram da cantina.
César riu, achando graça e concordou.
— Ele é.
— Mas então... — Ela mudou de assunto, seus olhos sobre o Cohen que tinha uma postura curvada. — Eu perguntei antes de ontem, mas vou perguntar de novo. Cê tá livre hoje? Eu sei que eu pareço insistente...
— N-não, tudo bem. — César disse com pressa. — V-vou estar sim. Onde você quer ir?
— Você conhece a ONG do centro?
— Aquela que cuida de passarinho? — César perguntou incerto e Beatrice assentiu, animada.
— Eu quero te apresentar para uma pessoa.
“Que não seja o namorado, que não seja o namorado...”
— Ah, é? Quem? — Ele perguntou com medo da resposta.
— O Orpheu. — Ela respondeu parecendo perdida nos próprios pensamentos.
“É nome de velho, deve ser um tio da ONG...”
— Ele trabalha lá?
Beatrice riu divertida, pensando na ideia, mas não respondeu diretamente a pergunta.
“Caralho, não deve ser tio nenhum...”
— Me encontra as cinco na floricultura? — Ela perguntou por fim parando de andar e recebendo a atenção do mais velho.
— E-encontro sim. — O Cohen respondeu atordoado.
— Obrigada, te vejo depois. — E assim a Portinari deixou o garoto, totalmente nervoso.
César deu indícios de quem começaria a roer as unhas, mas Joui apareceu na sua frente no exato momento.
— Vou colocar wasabi. — O japonês ameaçou e o cabeludo rapidamente guardou as mãos no bolso. — Por que essa cara de quem viu o Veríssimo no corredor?
— A Beatrice me chamou para ir na ONG de pássaro no centro.
— Bem, pelo menos alguém tem que ter alguma reação nesse relacionamento. — Joui começou a andar, mas o Cohen correu para acompanhá-lo.
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Ah, Meu Pobre Coração!
De TodoCésar sempre gostou de flores, sua mãe lhe ensinara o significado de cada flor e achava aquela linguagem encantadora. A propósito, o Cohen tinha de tudo para ter mais um dia normal na sua vida, ir para o colégio e depois jogar um pouco no computador...
Capítulo 8
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