– Acha que eu estaria roubando comida se tivesse pais? – digo e ele sorri concordando.

– Onde mora?

– Estava em um abrigo, mais saí de lá a dois dias, descobriram minha idade – digo emburrada e tomo um gole da cerveja, que coisa nojenta.

– Quantos anos você tem garota? – ele diz me avaliando.

– Tenho 16 anos – digo e por incrível que pareça ele sorri mais ainda, eu devia estar com medo? Por que ele parece ser divertido.

– Sabe garota você acaba de ganhar uma casa – ele diz e eu o olho confusa.

  🦋


Entro no pequeno apartamento, fedia a bebida e a cigarro , nada que eu já não estava acostumada. Tinha uma poltrona com salgadinhos e na parede vários equipamentos de caça.

– Quem é essa garota? – O outro homem sai do corredor, ele tinha o mesmo sotaque de Merle e eles eram um pouco parecidos, esse parecia ser menos mal.

– Achei na rua, trouxe para casa, você sempre quis um gato não? – Merle diz e eu o encaro sério, idiota – senta aí garota.

– Vai me explicar o que eu tenho que fazer, por que eu não acho que me trouxe até sua casa por pura gentileza – digo e ele sorri concordando, sentando na poltrona.

– Você é nova e bonitinha – faço uma careta, bonitinha? Eu sou linda, claro que no momento não estou nas melhores condições, deixa para lá –  Eu preciso de alguém que vá a lugares que os caras não podem, e as mulheres que trabalham comigo também não podem.

– Tipo? – pergunto.

– Condomínio de luxo, escola particular, campo de golfe, ninguém vai desconfiar de você – ele diz como se falasse seu plano diabólico.

– E o que eu vou fazer nesses lugares? – pergunto já meio que sabendo a resposta.

– Entregas, vai entregar drogas para algumas pessoas – ele diz e me encara – Você pode morar aqui, posso te conseguir um emprego na boate, e tera minha proteção, mais irá a todos os lugares que eu mandar.

Ele me encara eu penso por um minuto, eu sempre vivi com isso, e eu sou muito boa em escapar, então não será um problema. A proteção que ele pode me dar é que me faz querer aceitar, e se Jason saber onde estou, ele vira atrás de mim e provavelmente serei morta, já roubei seu carro e seu dinheiro para drogas quando fugi, olho para o lado tinha uma calcinha vermelha no chão, sorrio e encaro ele.

– Ela é uma criança Merle! – o outro cara diz.

– Fechado! Mais tem uma condição, eu não faço essas coisas – aponto para calcinha – O trabalho na boate não é nada disso.

– Que tipo de homem você acha que eu sou? – ele pergunta e eu sorrio.

– O cara que quer dar drogas para uma menor de idade vender, provavelmente alguém que não presta – digo e ele sorri soltando a fumaça do cigarro.

– Ela é esperta – O outro diz e eu balanço os ombros.

– Você vai ficar no bar, servindo bebidas pode ser pequena? – ele diz eu sorrio concordando – pode ficar com o último quarto do corredor, agora ele é seu.

Sorrio e vou até o quarto, largo minha mochila no chão e encaro em volta, uma cama de solteiro e roupeiro duas portas, era perfeito! Eu devo estar maluca, estou na casa de desconhecidos, homens, mais já era para mim estar morta a muito tempo, então se é para mim morrer que eu morra de banho tomado. Sorrio e corro para o pequeno banheiro, melhor dia da minha vida!

  Atualmente

Sinto uma dor forte na cabeça ao abrir os olhos, a luz me faz quase cega. Depois que minha visão entra em foco, vejo onde estou. Parecia ser um consultório, mais a paredes cinzas e a falta de equipamentos me fez perceber que era um consultório arranjado, como tudo nos últimos tempos é.

– Que bom que acordou – O cara, aquele com a jaqueta de couro, estava do outro lado da sala – Ficou apagada por dias garota!

– Fiquei? – minha voz corta minha garganta, estava áspera.

– Está acordada? – um homem de jaleco branco entra na sala e vem examinar – Sou o doutor Carson e você é?

– Olivia – digo e olho para o médico – O que eu tenho?

– Você estava desidratada e desnutrida, tinha duas costelas quebradas, e uma pequena quantidade de líquido em seu pulmão, fizemos um milagre para te manter viva – ele diz e depois encara o outro cara – Eu não sei se você sabia, mais devido a os abusos que sofreu você acabou perdendo seu bebê...

Meu bebê? Eu estava grávida? Não era possível, eu usei camisinha todas... ah não aquela vez na torre, merda! Eu nunca quis ter filhos, era uma droga saber assim, mais pelo menos eu não colocaria mais uma vida para passar por esse mundo de merda.

– Conseguimos te manter viva, vai ficar alguns dias de repouso, e depois estará liberada – O médico sai e o cara da jaqueta olha pela janela.

– Que lugar é esse? – pergunto e ele me olha – Quem é você?

– Esse lugar é o santuário e eu sou Negan – ele diz e se aproxima – Somos os salvadores.

– Um nome original – digo sem conseguir evitar meu sarcasmo ele sorri – Por que me salvaram? Não que eu não esteja grata, mais você não me parece o tipo de cara que faz solidariedade.

– Por que você é uma lutadora, eu poderia ter te deixado lá, mais tinha algo em você – ele diz e encara meu rosto – Precisamos disso, se você quiser ficar, será uma de nós.

– Eu fico, não tem nada mais para mim lá fora – digo olhando a luz que vinha da janela.

– Bem vinda ao santuário Olivia – Negan diz.

– Bem vinda ao santuário Olivia – Negan diz

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Espero que gostem da história.

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Malfeito feito!

𝐒𝐨𝐦𝐞𝐨𝐧𝐞 𝐭𝐨 𝐒𝐭𝐚𝐲 🝮 Negan Where stories live. Discover now