ROWENNA

Cap. 15 - A Fera que Habita em Nós

— Ainda acha que sou uma fera depois disso? — Ele diz ceifando a vida do animal peçonhento, oferecendo-o à Gael que se farta com o bicho.

— Não diga isto. — Ela fala enquanto procura por outras criaturas andantes em sua volta. — Você é do bem e está fazendo o que pode pra ajudar os outros (mesmo que no começo estava sendo obrigado), e além de tudo é meu amigo. — Ela abre a boca pra dizer algo mais, entretanto se cala pensando nas consequências que isto poderia causar. — A propósito, como que está o pé?

— Melhor. Já posso andar firmando um pouco. — Ele dá um sorriso. — Vou dar uma olhadinha no nosso mapa.

— Está bem.

Enquanto o rapaz analisava o pedaço de papel, notou-se que estavam próximos da estrada que almejavam encontrar. Havia um pequeno vilarejo perto da mesma, então decidiram seguir até ele para descobrir alguma pista útil.

...

Cavalgando por umas boas horas, o casal se encontrava exausto, porém esperançosos a medida que se aproximavam da cidadezinha.

— Eu sinto que estamos no caminho certo, e que logo, logo todo esse mistério será resolvido e finalmente irei reencontrar minha avó. — Rowenna dizia confiante com um brilho de esperança em seus olhos de que tudo iria ocorrer bem.

Mas, para Karlayo, o buraco era mais embaixo. Pairava uma nuvem cinza de pensamentos negativos em sua cabeça, e o principal deles era do porquê de tudo aquilo estar acontecendo. Quem estava por trás de tudo isso e por qual motivo? O quê sua aldeia tinha a ver com os desaparecimentos? Porquê tinha alguém tentando o incriminar?

E foram com estes pensamentos que o casal havia chegado em uma bifurcação onde de um lado se encontrava uma placa de madeira com a escrita bem apagada "Estrada do Lobo", e em outra placa dizia o nome da pequena vila que era rodeada pela floresta fechada.

Eles optaram por dar uma conferida na estrada antes de irem até a cidade. Ela era cercada por árvores altas que cobriam todo o caminho, formando sombras obscuras e o frio era intenso, de gelar a espinha. Era como se o sol tivesse desistido de adentrar no local pela sua obscuridade. A passagem estava coberta por muitas pedras, pedregulhos, cipós espinhentos e mato alto, como se ninguém passasse ali por décadas. Prestes a dar meia volta, Karlayo nota rastros no chão.

— Algum cavalo passou por aqui. — Ele fala descendo enquanto Rowenna continua montada em Eclipse.

— Pode ser de algum caçador, talvez? — Rowenna indaga.

— Talvez sim. Mas quem em sã consciência traria seu animal para andar neste lugar? Veja em volta. — Eles observam aos arredores. — São metros e mais metros de mata fechada, estrada de difícil acesso e cercada de cipós com espinhos enormes. Só um lunático passaria por aqui. Ou...

— O esconderijo perfeito para um sequestrador de idosos. — Os dois falam quase em uníssono.

O casal começa a adentrar na trilha de pedra, mas após alguns passos, Eclipse dá um negado para trás, como se soubesse que algo não estava certo.

— O quê foi, garoto? — Rowenna pergunta enquanto alisa o dorso do animal. — Está tudo bem.

Quando estão próximos de uma árvore, Karlayo sem querer pisa em cima de uma armadilha, que dispara dardos em suas direções.

— ROW, CUIDADO! — Ele grita enquanto Rowenna cai de cima de seu companheiro equino, que volta apressado por onde entraram. — Você está bem? — O rapazote questiona após acudir a moça.

— Sim, sim. Está tudo bem. — Ela diz enquanto coloca a mão no ombro que havia batido com força no chão. — Mas o quê foi isso?

Karlayo observa um pequeno dardo cravado no tronco da outra árvore e pega o objeto para analisar. O rapaz nota que pelo cheiro impregnado no pequeno dardo, provavelmente ele está contaminado com algum tipo de veneno paralisante, proveniente de algumas espécies de sapos da região, que pode deixar o indivíduo paralisado por alguns minutos até horas, ou no pior caso, levar à morte.

O casal agora sabe que realmente estão seguindo o rumo certo e que precisariam ter mais cautela ao entrarem em locais desconhecidos, pois talvez esta não seja a primeira e nem a última armadilha, de quem quer que seja que deseja manter os forasteiros afastados.

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Oiê, Pessoal!
Tatu do Bem com Vocês?
Demorei, mas Atualizei!
Desculpem a Demora e peço q relevem algum errinho q surgir no decorrer da Leitura!
Espero q Gostem e Continuem nos Acompanhando! (✿^‿^)

Um Abração pra Todos e Até o Próximo Capítulo... 🧡