Capítulo 3

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Acordei de repente depois de um sonho que tive, olhei ao meu redor e vi que tava no meu quarto mesmo. Por um momento, lembrei de tudo, o que meu pai falou e minha mãe chorando. Não iria adiantar ficar igual uma criança aqui chorando, não vai resolver nada. Troquei de roupa colocando um short, e uma blusa branca. Desci as escadas devagar e vi minha mãe sentada no sofá lendo alguma coisa com seus óculos, levantou a cabeça me encarando, batendo no sofá para eu me sentar. Aproximei e sentei ao seu lado.

- Filha eu sei como você está se sentindo, eu não queria que isso acontecesse, mas eu não sei como tirar você dessa situação - Ela dizia com a voz calma tentando me passar alguma força, olhei em seus olhos e a mesma estava segurando o choro.

- Mamãe não precisa chorar, vou conversa com o papai melhor e tentar... entender - Quando terminei de falar, uma das empregadas da casa apareceu informando que tinha uma menina no portão dizendo que me conhecia e que veio fazer o trabalho. Tinha me esquecido disso totalmente, o trabalho que faríamos juntas e eu nem sequer toquei no almoço hoje, mas também estava sem fome depois da bomba que caiu em meu colo.

- Mande entrar, é a Lohana. Veio fazer trabalho comigo e Ana, e por favor chame Ana pra mim. - Me virei pra empregada que assentiu e saiu pela a porta pra atender Lohana. 

- Amiga nova, filha?  - Minha mãe perguntou como sempre curiosa sobre minhas amizades e apenas concordei, e apareceu Lohana e Ana atrás da mesma, saltitando.

- Mãe essa é a Lohana, Lo essa é minha mãe Márcia - Apresentei uma a outra, Lo como sempre envergonhada não foi diferente com minha mãe, que ficou falando o quanto seu cabelo ruivo era lindo demais.

Depois que despedimos de minha mãe, fomos até a área da piscina e ficamos em uma sala vazia que havia ali perto. Sentamos no chão para começar o trabalho. Nesse tempo que fiquei fazendo o trabalho, me distrair bastante e rir bastante com as duas, que sempre faziam umas brincadeiras idiotas. Quando era quase nove da noite, Lo foi embora com o meu motorista, já que a rua tava deserta.

- Lo não percebeu, mas eu sim. Te conheço como ninguém, o que houve amiga? - Só bastou Ana falar essas coisas que me desabei,  chorei tudo de novo no colo da minha melhor amiga. Ela tentava me acalmar, pra saber o que tinha acontecido. Fiquei sentindo seus dedos no meu cabelo e fui me acalmando os poucos e comecei a dizer tudo, sem esconder nada dela. Quando terminei de contar, Ana ficou parada e tava mais branca que papel. Nada saia dela, e tava com os olhos bem abertos, parecia que a qualquer momento os seus olhos iam pular.

- Tati, diz que isso é mentira? Mas... mas.... - Ela começo a gaguejar. Sinal de que estava nervosa, mas eu a entendia.

- Como eu queria que isso fosse uma brincadeira do meu pai, mas não é. Se eu me casar, eu salvo a empresa de meu pai. Se eu não me casar, eu estou destruindo tudo - Abaixei a cabeça triste, eu não tinha saída pra isso, eu teria que me casar com um homem que nem sei quem é e nunca vi na vida.

- Amiga desculpa,mas você não vai ter saída para  isso.

     Dona Fátima, mãe da Ana, chamou nós para jantarmos, e fomos até a mesa aonde vi meu pai com seus olhos tristes e minha mãe quieta. 

- Eu pensei sobre aquilo, e tomei uma decisão... -Todos olhavam pra mim atentos, e acabei ofendendo a respiração.

- O que é filha?  -Perguntou com medo do que eu iria dizer.

- Eu aceito o casamento.


***

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Casamento Forçado (LIVRO COMPLETO NA DREAME) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora