𝐘𝟕: The Seven Potter's

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Basicamente, afirmava que o pai de Dumbledore, Percival, fora condenado a apodrecer em Azkaban após um ataque selvagem a três trouxas. Isso não pareceu abalar muito Alvo, que confirmou que o pai era culpado e logo passou a usar a mente brilhante que tinha para todos os tipos de engenhosidades. Em pouco tempo, tornou-se notório, e começou a trocar correspondências com grandes nomes da História da Magia, como Batilda Bagshot (renomada historiadora) e Nicholas Flamel (o inventor da Pedra Filosofal).

Dumbledore tinha dois irmãos: Aberforth e Ariana. Aberforth sempre esteve nas sombras de Alvo, o que serviu para que não fossem próximos desde o início. Contudo, com a morte precoce de Ariana, um ano após o falecimento da mãe, que chamava-se Kendra, os irmãos afastaram-se ainda mais. O texto mencionava, também, os grandes feitos de Dumbledore: a descoberta dos doze usos do sangue de dragão e o grande duelo com Grinderwalt, em 1945.

Havia outra questão importante: Rita Skeeter deu para aparecer de novo, e, pelo visto, seu sumiço do mapa não fora apenas devido às ameaças que Hermione fizera de informar ao Ministério que a mulher era uma animarga não-registrada. Uma outra grande machete, na primeira página, dizia: DUMBLEDORE: ENFIM, A VERDADE?

Fiquei chocada ao descobrir que Skeeter estava publicando um livro chamado "A Vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore", com direito a detalhes acerca do passado trágico da família dele e da relação Potter-Dumbledore, especulando acerca dos assuntos sobre os quais vinham conversando.

Eu estava obcecada. Já que não tinha nada melhor com o que perder tempo, andei pesquisando sobre a vida de Dumbledore e recolhi o máximo de informações possíveis. Nenhuma me pareceu útil: o homem sabia como esconder os próprios reflexos para que ninguém os visse.

Faltando algumas horas para nossa partida até a casa dos tios de Harry, eu estava numa consulta terapêutica entediante, com os nervos à flor da pele e uma dor de cabeça estúpida. Mamãe contratou um psicólogo para conversar comigo durante uma hora, por todos os dias da semana, desde o começo de julho. Era um saco, porque o homem ficava tentando me fazer ver as coisas pelo lado positivo, embora eu dissesse a ele que não havia nenhum.

— Você disse que está prestes a ver seu ex-namorado — disse o homem, tomando nota. Eu odiava aquela palavra, odiava seu bloquinho de folhas amarelas pautado e odiava suas perguntas invasivas. — Como se sente?

Não respondi. Sempre que ele puxava conversa comigo sobre Harry, eu sentia vontade de chorar, e me recusava terminantemente a derramar lágrimas na frente de um estranho.

O psicológico chamava-se Gerald. Tinha uns cinquenta anos, era calvo e possuía um bigode grosso e comprido, além da barriguinha quebrada. Normalmente eu o detestava, mas às vezes gostava dele por diminuir meu tempo sozinha.

Gerald tentou mudar de assunto:

— Tudo bem, vamos falar de outra coisa, então — ele folheou o caderninho. — Como foi sua noite?

— Escura — respondi.

— Estou falando dos pesadelos, S/N. Teve mais algum?

Hesitei antes de responder.

— Não — menti. A Morte era parte de mim, agora. As visões e sonhos com sangue e cadáveres também.

— Isso é bom — disse, anotando.

— Não podemos deixar a terapia para outra hora? Estou atrasada. Preciso...

— Encontrar Harry?

Trinquei o maxilar, sentindo uma dor aguda no estômago que não tinha nada a ver com as batatas fritas que eu havia comido mais cedo.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterWo Geschichten leben. Entdecke jetzt