Epílogo

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Eu me sentia exclusivamente feliz hoje. Finalmente eu e Patrick conseguimos ajeitar a nossa casa. Deixa-me relatar que não foi fácil chegar até aqui, por isso, me sinto orgulhoso de nós dois. Patrick e eu mantivemos nossa relação à distância por pelo menos mais cinco meses depois do nosso aniversário de namoro e foi horrível. 

Não passou na minha cabeça, nem ao menos uma vez, a ideia de terminar com ele. Mesmo nas nossas piores fases. Como eu poderia terminar com ele? O cara era uma dádiva que calhou de cair na minha vida. Estou exagerando, mas é o que o amor faz com a gente. E gradualmente fui percebendo o quanto eu mudei desde que o conheci. Patrick me mostrou muito mais do que o fato de eu ser bissexual, esse fator foi o mínimo na minha auto análise. Ele me fez entender que eu não precisava me moldar a ninguém, que eu poderia estabelecer limites naquilo que eu não concordo. 

Em alguns momentos do nosso namoro ele chamou a minha atenção sobre as minhas tentativas de fazer algo que ele gostava apenas para agrada-lo, Patrick odiava quando eu fazia isso. A minha tendência de me sujeitar a situações desconfortáveis e me auto depreciar para que a outra pessoa pudesse ficar comigo foi superada. Patrick conseguiu me ajudar a lidar com esse defeito que me acompanhou durante a minha relação com a Kary, e hoje eu percebo o quanto isso foi prejudicial tanto para mim, quanto para ela. Embora se não fosse isso, talvez eu e ele não estivéssemos juntos atualmente. 

De qualquer forma, lição aprendida. Mas eu descobri que genuinamente gosto de surpreende-lo. Gostava de assistir ao seu sorriso crescente e receber os seus beijos quando eu o fazia pequenas surpresas, como lhe dar um livro que ele queria a muito tempo mas vivia a se esquecer de comprar. Não era nada demais, entretanto, Patrick fazia soar como se eu havia lhe dado a lua. Droga, se ele me pedisse a maldita lua eu faria o impossível para entrega-la nas suas mãos. 

Eu amava o cara, era isso. 

Continuando com as contribuições de Patrick em minha vida, ele me guiou no processo de perdão e aceitação com o meu pai. Eu até que gosto do meu irmão, ele era uma criança, então não poderia fazer uma análise completa ainda. O meu pai, nada surpreendente, amou Patrick. Eles se deram tão bem que me senti orgulhoso por apresenta-los. O que me recorda que um dia eu d desejei ter o relacionamento que meus pais tinham, mas superei essa cenário. O que eu tinha com Patrick era muito melhor do que qualquer outro modelo entre casais. 

- Ele está comendo terra? - Tina grita da varanda, me tirando dos meus próprios pensamentos. - Lucca, você não está vendo! 

Tina sai correndo em direção a seu filho que já estava grande demais para saber que comer terra era inadequado. Não querendo julgar uma criança de cinco anos, mas o que Tina vem ensinando a ele?

- Ei, sua mãe está nos chamando. - Patrick surge ao meu lado, seus olhos acompanham Tina que arrastava o garoto sobre ameaças de "não assistir mais desenhos a noite" e "vou deixar os germes comerem a sua bunda". 

- É errado querer que elas vão embora logo? - Pergunto apoiando os meus braços em seus ombros. 

Patrick não envelheceu um ano. Morar juntos favoreceu o nosso compartilhamento de produtos, ou, pelo menos, ele compartilhar as suas coisas comigo, já que eu não me importava sobre marcas de produtos faciais. Contudo, por ele ser extremamente cuidadoso consigo mesmo, eu aprendi a ser comigo também. E devo admitir que a minha pele melhorou muito depois que aderi ao seus sistema de rotina facial. 

- Não, porque penso o mesmo. - Me puxando contra si, Patrick beija abaixo do meu lóbulo direito. - Estou louco para te ter. 

Ignoro o arrepio que perpassa pelo meu corpo com as imagens que surgiram engatilhadas por sua fala. 

Beije-me da forma como quer ser amado (EM BREVE NA AMAZON)Where stories live. Discover now