Only Yours - IMAGINE ANIMES

03 - ERWIN SMITH

Ele era padre da sua igreja a mais ou menos um ano e meio. Você não podia negar que pecava todos os dias dentro da própria casa de Deus que frequentava, mas podia dizer que tentou muito lutar contra isso.

Se perguntava o porque de um padre ser tão bonito, e pior, musculoso? Isso não era vaidade? Não era pecado contra o pai se cuidar tanto?

Seus pensamentos sempre chegavam numa única conclusão.

Pecado era querer tanto um padre.

Não era só o evangelho que fazia você ir todas as quartas sábados e domingos pela manhã a igreja.

O melhor de tudo era que você era uma jovem virgem, recatada e do lar... ninguém imaginaria isso vindo de você.

O máximo que estaria fazendo na igreja era servindo a Deus. Você jamais iria para uma missão só para ver o padre pondo a mão na massa, carregando pesos, com as mangas puxadas... mostrando levemente os antebraços suados.

Você jamais faria isso.

Nesse um ano e meio, o padre só havia ficado sozinho com você 2 vezes.

Hoje seria a terceira, já que raramente alguém gostava de limpar a igreja.

Eram apenas vocês dois.

O padre vestido numa camisa branca velha e avental bege, e você um vestido azul claro, que ia até um pouco mais que as suas coxas.

Erwin: boa tarde, querida.

Você sorriu genuinamente como quem imaginava ele te chamando dos piores xingamentos que já existiram na face da terra, com aquela mesma voz.

SN: boa tarde, Padre Smith.

Erwin: por favor, SN, Erwin. Smith é muito formal para passar a tarde.

Você imaginava o que era nada formal para a noite.

Erwin: vou pegar um avental para você.

Por algum motivo ele não queria que você sujasse aquele belo vestido.

Você esperou que ele vinhesse na sua direção, pegando o avental de suas mãos e passando sobre as sua cabeça.

Não imaginava, e nem planejava que ele te ajudasse, mas ao contrário do que você pensava, ele chegou perto de você, passando as fitas que amarravam o avental pelo seu corpo.

As voltou para a frente, dando um nó e em seguida um laço.

Você suspeitava que ele ouvia seu coração. Mas o que ele via era você ficando sem respirar, e os seus olhos fixos nas mãos dele.

Erwin: prontinho. - ele sentiu o seu corpo pular. - está tudo bem? - ele colocou a mão no seu ombro, vendo sua ansiedade transparecer.

SN: hmrm... v-vamos começar. - você deu um sorriso falso, saindo do toque dele.

Ele franziu o cenho, mas seguiu sua sugestão.

Você não sabia nada sobre a vida dele. Mas posso contar um segredo.

O seu querido padre, conhecia muito bem as mulheres.

Conhecia muito bem você. Seu corpo. Para saber que você estava nervosa demais naquela tarde por conta da presença dele.

Erwin: como anda a sua vida, querida?

A voz grave ecoou na igreja vazia, fazendo você arrepiar até o último dos seus pelos.

SN: b-bem. E a sua?

Erwin: a mesma de sempre. - você sorriu leve em resposta. - o que foi?

SN: eu não sei como é a mesma de sempre.