Nier Automata: Jornadas no 12° Milênio

Intervalo 1 PARTE 3 - Conhecendo a Resistência

"Calma uma pergunta de cada vez. Para começar sim, sou um androide bem antigo provavelmente o mais velho do mundo, já o meu modelo prefiro não falar sobre isso. Perguntar o modelo de um androide é algo rude, sabia? O que estou fazendo aqui, bem sou uma espécie de viajante, vou de um lugar ao outro sem um rumo em mente, mas lhe garanto que já viajei o mundo inteiro, América do Sul, Central, Norte, Europa, Ásia, África, Oceania. Estive no Rio de Janeiro, Nova York, Londres, Paris, Moscou, Berlim, Coreia e agora estou aqui no Japão, e o motivo de ter um POD o achei em um prédio abandonado."

"Uau, se você viajou o mundo então quer dizer que você esteve no reino da noite, você viu a noite. Diga-me como é à noite? Não apenas isso. Como é o mundo? Tudo que sei sobre os humanos é o que foi colocado na minha programação, mas quero saber mais sobre eles, sua cultura, arte, arquitetura, vi em fotos antigas as grandes construções que eles ergueram, mas gostaria de vê-las pessoalmente."

Ela me disse com um olhar sonhador, mas me dói o coração saber o que realmente aconteceu com essas construções, a Torre Eiffel foi transformada em uma plataforma de batalha pelas máquinas, baterias antiaéreas, lançadores de mísseis, e grandes antenas de transmissão, a torre foi derrubada em uma missão especial da resistência em Paris, eu sei, porque eu estava lá, o Empire State virou um grande computador processando informação para as máquinas, o prédio foi derrubado com explosivos em sua fundação, plantei os explosivos e corri como se minha vida dependesse disso, afinal dependia.

"Talvez algum dia você possa, as construções ainda estavam lá da última vez que chequei." É uma pena, mas às vezes a mentira é melhor que a verdade.

"Você mencionou ser o androide mais velho do mundo. Em que ano você foi feito?" Droga ela tinha que perguntar logo isso!

"Prefiro não falar sobre isso, só vamos dizer que sou mais velho do que pareço."

"Vamos quero saber, você não pode ser tão velho assim."

"Não."

"Vai fala."

"Não."

"FAlaaa veLHote..." Ótimo agora o POD decidiu se meter na conversa.

"Não, e ponto final!"

"Ok." ela respondeu desanimada.

"Ok Velhoteeee..." O POD respondeu. 

Aquele filho da...

-XXXXXX-

Finalmente chegamos até o acampamento da resistência, passando por uma pequena subida e barricadas improvisadas, entramos em um beco entre dois prédios, nesse beco virando a direita e depois à esquerda, nós entramos no acampamento.

O lugar estava vibrando com vida, mas no momento que coloquei os meus pés lá dentro com uma Kokio ferida apoiada em mim, o lugar ficou completamente silencioso, se um alfinete caísse no chão todos iriam ouvir, os androides estavam olhando para mim, não sabia o que fazer então dei um sorriso nervoso e acenei com a minha mão.

"Oi."

"KOKIO!" Os androides gritaram, antes que pudesse dizer qualquer coisa uma multidão estava nos cercando e todos eles estavam fazendo perguntas em simultâneo.

"Você está bem?"

"Onde você estava?"

"O que aconteceu com a sua perna?"

"Quem é esse cara com você?"

"Ele te machucou?"

Não aguentava mais tanto barulho então gritei "CALEM A BOCA!"