CAPÍTULO 1

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     Já passava das onze e quarenta e cinco da manhã.
Dois dias já se passaram desde o acontecido, e eu ainda continuo aqui, encarcerada nessa cadeia de quinta ou sexta categoria.

— Eu tenho direito a um telefonema! Não é ? — Grito alterada perguntando ao guarda.

Nada ele me responde, e o silêncio passa a  tomar conta do ambiente.
     Ainda calada sem saber o que fazer agora da minha trágica e miserável vida, é inevitável não pensar no que fiz. O porque de ter sido tão ingênua para cair na história do meu tio, e seduzir o Carlos, apenas para dopa-lo com um 'Boa noite Cinderela', e ter a  oportunidade do meu tio o roubar e lhe depena duma forma tão covarde. Pior, logo ele que tinha sido tão legal comigo.
     As lágrimas rolaram em quanto eu me relembrava de toda a cena.

Flashbacks

— Venha Bárbara. Traga-o para cá.

— pelo menos tome cuidado com ele tio.

— Venha. Tire o relógio de Ouro dele, vai fica lindo no meu braço. —Ele falou já arrancando o terno de Carlos procurando por sua carteira.

Removi com cuidado o relógio de Ouro do seu pulso, e logo que removi, ele ainda desnorteado pelo efeito da droga, chama por mim.

—Bárbara, o que t… está … acontecendo? —Sem nada falar, saio de perto dele e vou ajudar ao meu tio com o carro.

     Tudo estava indo muito bem e  conforme aos planos. Porém, não contávamos com a presença de dois homens enormes, 'estilo guarda-roupa', vindo em nossa direção.
     Não lembro bem ao certo o que ocorreu. Mas um deles me segurou pelos braços impedindo a minha fuga. Na agonia da minha tentativa de fugir, vejo um deles atirarem no meu tio.

[…]


— Bárbara Stefan! — O guarda chamava.

—Sou eu! Sou eu! —Respondi.

— Venha. O seu advogado está aqui lhe aguardado. — Ao ouvir a palavra “Advogado”,  logo me ânimo. Pensei, “o meu tio conseguiu me salva. Mais ele vai ver! Me deixar  aqui dois dias é um absurdo!”

     Ao chega na sala de visita da delegacia, eu vejo de costas um homem não muito alto, meio fora do peso, vestindo um par de terno cinza claro, e segurando uma maleta preta nas mãos.

— Até que fim o meu tio me enviou você. Mas aquele desgraçado vai me  paga! Então, e ai, já estou livre? Posso sair daqui desse lixo!

— Depende de você querer sair daqui ou não, senhorita. Prazer, Doutor Salvatore, advogado do Senhor Carlos Sampaio! —Ele falou se virando de frente para mim.

     Ao ouvir o nome “Carlos”, eu gelei completamente. Fiquei desesperada. Fiquei com medo. O que será que ele queria comigo? E como assim, para eu sair daqui, só dependeria de mim?

— Tenho aqui em minhas mãos um documento quer pode lhe tirar  daqui. Aliás, não apenas um documento, e sim, um acordo entre você e o meu cliente. Um contrato, que se acordado, terá de uma certa forma a sua liberdade. Agora caso ocorra de não desejar o acordo a qual o meu cliente deseja fazer, ele entrará com tudo na justiça para lhe manter  aqui, encarcerada pelo resto da sua vida. O que me diz? — Ele me falou entregando o documento.

     Nada falei, apenas peguei o documento e comecei a analisa todo o conteúdo.
     Fiquei completamente abismada quando eu o vi!
Não era exatamente um acordo de alguma coisa ligada a justiça, ou algo qualquer que eu tinha  pensar no momento.
     Era um contrato de escravidão. Um acordo onde se dizia claramente, que eu concordava em fica como escrava sexual 24horas por dias, a cada sete dias da semana, ao seu total dispor. Exatamente durante doze meses.

— Isso é um absurdo! — Falei  jogando o documento longe.

     Sem nada falar, ele se abaixou pegando o papel e então pergunta;

—Que dizer que recusa o acordo? —Eu o olho fixamente deixando transparecer toda irá que existia dentro de mim.

     Ele saiu da sala e o guarda veio me levar novamente para a cela.
     Fiquei alguns minutos pensando, horas e horas, e cada vez mais me arrependia em tudo o que eu tinha feito. Pensando em como eu não tinha mais escolhas, logo faria três dias que eu estava ali. Se ele desejasse eu jamais sairia da cadeia.
Ele poderia foder a minha vida literalmente em todos os sentidos.
     Novamente sou chamada e levada a sala de visita. Ao chega lá, mais uma vez sou questionada.

— Essa é a última chance. Você vai  assinar ou posso entrar com os processos contra você ? —Ele me  perguntou  organizando os óculos quadriculados em seu rosto.

     Baixando a cabeça, sinto  uma lágrima escorre pelo meu rosto. Não posso mais fugir. Não tenho como me livra dessa. O que me reste é aceitar agora o meu destino.
     Estendi a minha mão e ele me  entregou novamente o documento.

— Onde eu assino ? — O pergunto.

— Em todas as linhas em brancos. —Ele me  responde secamente.

Assinei tudo e devolvi novamente o documento em suas mãos.

— Pronto! É agora ? —Pergunto cabisbaixa.

— Agora pode se  considere uma mulher livre. Ainda hoje vai sair  daqui. —Ele falou ao sair  da sala.

“Livre como, sendo uma escrava sexual?” Eu pensava comigo mesmo.

      Uma semana havia se passado e eu ainda não tinha encontrado o Carlos. Estava hospedada no hotel Plaza por ordens dele.
     O quarto era aconchegante, porém, ficar presa dentro dum cômodo sem pode sair de casa me deixava angustiada.
     Eu já estava no décimo quinto filme assistido na programação da TV por assinatura. Nada aplacava o meu desânimo, mas eu nada poderia fazer. Estava trancada e presa no vigésimo sexto andar.
     Fui tomar um banho para relaxar, e quando sair do banheiro quase morri de susto. Ele estava lá, sentado na poltrona de pernas cruzadas apenas a minha espera.

— C-a...C-a...Carlos! — Falei a congelando, sendo tomada pela surpresa de o rever.

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⏰ Last updated: Apr 22, 2022 ⏰

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