[✎]O segundo herdeiro do reino de Corsaire era um príncipe triste e solitário. Por conta de uma superstição, Jaehyun foi creditado como um fruto podre, e cresceu sem devidos cuidados. Era cercado por trevas e solidão, achando seu propósito um imenso...
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II ☾⍟☽
𝕵aehyun encontrava-se agora dentro do castelo, num camarote à direita, olhando minuciosamente o aglomerado de vestidos que eram as moças dentro do imenso salão principal. Punha-se extremamente empenhado naquele momento à procura da bela moça que encontrou pouco antes, que infelizmente pela falta de informação de Madeline, a viu subir as escadas sem sequer saber seu nome.
Precisava ter novamente o vislumbre daquela delicada face, mesmo com uma distância considerável entre os dois. Queria gravar a imagem dela, para sentir a genuína sensação em seu interior toda vez que lembrasse; era como se estivesse ele mesmo protagonizando uma das histórias que Madeline lhe conta, e sentindo vividamente o gostinho da paixão enraizar em seu peito.
Com um binóculos na mão direita, a procurava nos quatro cantos daquele cômodo do térreo, que servia para espetáculos e apresentações especiais. Era o maior salão do andar, e estava lotado. Na distância que se encontrava mesmo com um binóculos era difícil localizar uma desconhecida. Para piorar a situação, havia outras dezenas de moças com vestidos de cor esmeralda — numa tentativa de agradar a rainha com seus gostos pessoais em cores escuras. Jaehyun respirou pesadamente, acomodando-se na cadeira revestida de ouro, posicionada ao lado das cortinas do camarote.
Pensava na possibilidade de pedir a Madeline que a encontrasse, pois ela também a viu, mas estava tão ocupada com as ordens da rainha que certamente não haveria maneiras de ajudá-lo. Sua paciência esgotava-se, e a ansiedade de revê-la só crescia cada vez mais. Tudo só piorava quando pensava em conformar-se com a ideia de vê-la somente no dia que fosse eliminada, o que não era muito vantajoso.
Quando uma das professoras de etiqueta do palácio começou a falar, e todos calaram-se no recinto, Jaehyun observou com olhos deprimidos e desinteressados a professora, desviando facilmente a atenção quando Madeline apareceu de uma das escadas andando perto das gigantescas janelas. Ela até podia não ter tido a intenção, mas ajudou o príncipe fazendo praticamente nada:
A moça que ele procurava estava no canto, escondida atrás de outra maior, e seu vestido com o de Madellin rasparam ligeiramente quando esta passou perto de si.
A mesma chama que despertou ao vê-la pela primeira vez ascendeu novamente naquele momento. Não estava enganado, ela era realmente encantadora e fascinante, como o bolo mais delicioso entre os mais decorados, a armadura prateada entre as de bronze, ou até a única borboleta violeta entre centenas alaranjadas. Não a perderia de vista desta vez, e nem mesmo perderia a oportunidade de saber seu nome.
— Você, venha aqui — Jaehyun ordenou a um criado que estava atrás dele usando uma pena de ganso no chapéu — Vê aquela moça? — apontou — preciso que me traga todas as informações que puder sobre ela. Imediatamente.
