𝐘𝟔: The Burrow

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Minha irmã ficou quieta, olhando-me por tanto tempo que achei que tinha virado pedra.

— Se precisar conversar, estou aqui — disse ela, por fim.

Balancei a cabeça, sem acreditar no que estava ouvindo.

— Não, não está — falei, começando a subir as escadas. — Esse é o problema, Maddie. Você nunca está.

Deixei-a sozinha antes que falasse alguma coisa que não devia.

.˚﹟ 𓂅 ♡ ᵎ ˖ ˙ Ϟ 𐄹 १

Após tomar um banho e escovar os dentes, coloquei roupas confortáveis, sem me importar com usar peças íntimas por baixo da camisa larga e calça de moletom que eu tinha escolhido para aquela noite. Estava frio, então coloquei meias em volta de meus pés e deixei que meus cabelos soltos esquentassem minha nuca e pescoço.

Quando saí do banheiro, Ron dormia, e Harry me esperava. Havia uma cama para cada um de nós (Remus fez questão de saber que a minha estava o mais longe possível da de meu namorado), mas mesmo assim me deitei ao lado de Harry e me aninhei a ele, descansando minha cabeça em seu ombro e apoiando as mãos em seu peito. Harry beijou minha testa. Eu amava quando ele me segurava em suas mãos, como se fôssemos o universo inteiro em forma de gente.

— Daqui a alguns minutos é meia-noite — comentei.

Harry apenas continuou me encarando, fazendo um carinho sutil em minha coluna.

— O que significa que você estará completando dezesseis anos.

Ele sorriu.

— Está preocupada que eu esteja ficando velho?

— Não. Estou orgulhosa de você.

Houve silêncio. O coração de Harry bateu mais forte contra o meu.

— Acho que nunca te disse isso, mas eu sou tão grato por ter você. Por ainda estar vivo, respirando ao seu lado. Você não sabe o quanto isso — ele encostou a cabeça na minha, beijou meu nariz — é importante. Você não faz ideia do quanto eu daria e mataria por você.

Achei que meu corpo entraria em combustão, mas meu coração se desfez. Não daquele jeito que sempre acontece com garotas perdidamente apaixonadas, mas de uma maneira tão necessária que parecia que Harry e eu éramos um só, de tão em paz que estávamos.

Em resposta, beijei seu queixo suavemente.

Harry olhou bem para mim, examinou cada detalhe, seus pensamentos ecoando nos meus como uma canção muito suave: meus olhos que lutavam para não se fechar, meu sorrisinho cansado ocasional, minhas mãos juntas em seu peito conforme Harry me abraçava, nossas bocas perigosamente próximas, mas sem aquela urgente vontade beijar e beijar e beijar que a maioria dos casais tinha porque ambos sabíamos que a única coisa de que precisávamos para estarmos completos era a companhia um do outro. O mundo poderia explodir naquele exato momento, e Harry não daria a mínima. Eu também não.

Harry beijou minha testa outra vez.

— Como foram suas férias, meu bem? — uma pergunta casual, que eu poderia responder de muitos jeitos sem me sentir pressionada. Harry queria que eu ficasse à vontade. — Que livros você leu?

Ele me sentiu sorrir contra seu peito.

— Li Moby Dick, o clássico da baleia assassina. Li Maze Runner, aquela distopia sobre o labirinto e o vírus mortal. Reli Orgulho e Preconceito.

— É óbvio que releu  — senti a respiração de Harry contra minha testa e passei um dos braços em torno de sua cintura, enquanto uma de minhas pernas se entrelaçava às dele. Eu estava em casa, finalmente estava em casa. A localização não importava.

𝐌𝐀𝐒𝐓𝐄𝐑𝐏𝐈𝐄𝐂𝐄, harry potterWhere stories live. Discover now