LX - História Sem Nome (Penúltimo Capítulo)

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- Não pode mentir. Tá bom? - Pergunto.

Ele balança a cabeça em positivo novamente.
- Júnior... Tá bom? - Insisto em ouvir sua voz.

- Tá bom, pai. - Ele finalmente diz.

- Quando a mamãe viajou com você, nessa última vez... Ela citou o nome do lugar? - Pergunto.

- Não. - Júnior responde de forma inocente.

- E como era lá? - Pergunto.

- Tinha uma cachoeira. - Júnior responde.
- Muito, muito grande. - Ele abre os braços.

- E você dormiu na casa da titia? - Pergunto.

- Não. Eu não vi minha tia. - Júnior responde.
Então não! Amanda não foi ver parentes coisa nenhuma!

- A mamãe te colocou dormindo em uma casa ou em um apartamento igual ao do papai? - Pergunto.
Penso na possibilidade de eles terem ficado hospedado em uma pousada ou em um hotel.

- Uma casa. - Júnior responde.
- Tinha lama perto, e a gente subiu muito, muito. - Acrescenta.

Foi uma trilha e pousaram em um chalé?
- A casa era de madeira? - Pergunto.

Júnior fica confuso e balança a cabeça em positivo.
- Lembra da casinha da árvore lá no condomínio que o papai mora? - Pergunto e ele balança a cabeça animado.

- A casa que você e a mamãe ficaram é parecida com a casa da árvore? - Pergunto.

- Sim. - Ele sorrir.
- Só que era grande! E estava frio. - Responde.

Não tenho dúvidas! Foi um chalé e uma trilha... Mas, onde?
Amanda deve juntar dinheiro escondido. Dinheiro que eu ofereço para suprir com as suas necessidades e vontades.

- Mamãe já te levou lá outras vezes? - Pergunto mais uma vez.

- Não, só uma vez. - Ele responde e desce do sofá.
- Vamos brincar! - Júnior chama pegando suas peças para montar no tapete da sala.

Amanda leva ele para outros lugares então.
Se lá fosse seu ponto de se esquipar, seria mais fácil de colocar a polícia atrás dela e provar que ela não cumpre com que diz a mim.

- Vamos brincar, filho. - Falo.
Ergo minhas mãos para ele, e ele se levanta sustentando as minhas.
- Papai só tem mais uma pergunta pra te fazer, é a última. - Acrescento seguro seus braços.
- Você contou pra mamãe sobre a tia Mariana? - Questiono.

- Não, papai. - Júnior responde olhando em meus olhos.
Ele está contando a verdade, e eu já sabia!
Nunca se deparou com Mariana e eu trocando carícias ou deitados na mesma cama. Nunca viu nada fora do comum entre nós dois, nada que o faria contar para a mãe inocentemente.

Pode ter sido Emma ou Felipe... Duas pessoas que nitidamente não estavam satisfeitas.
Emma é amiga de Amanda, e Felipe já teve a maldita honra de tocar em Mariana.

Tiro minha blusa apertada e molhada do meu corpo, e desço para o chão da sala para brincar com o Júnior.
Ficamos brincando até a volta de Amanda... No mesmo momento meu sorriso se desfaz.

Ela aparece na entrada da sala com aquele mesmo sorriso angelical aos olhos de outros e demoníaco aos meus, e tranca a porta.
- Meus meninos! Homens da minha vida. - Exclama se aproximando de Júnior.

Ele levanta e abraça a mãe.
Amanda gira Júnior para mim e agacha em sua altura.
- Olha como o papai é bonito. - Amanda diz e Junior rir.

Não consigo expressar nenhum humor a não ser nojo, mas não do meu filho. Ele está a sorrindo e concordando.
- Você não acha o papai bonito? - Amanda pergunta a ele. Júnior balança a cabeça em positivo e continua sorrindo.
- Você é igualzinho a ele. - Sussurra em seu ouvido.

Reinventei VocêOnde histórias criam vida. Descubra agora