Capitulo 5

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Saí do trabalho já era tarde da noite e, embora eu tenha me lembrado de muitas coisas, as ruas ainda me pareciam um lugar estranho. Entrei no carro e não quis perguntar o porquê de o motorista estar sempre me esperando na porta dos lugares.

Na vida é sempre bom deixar os acontecimentos te desvendarem os mistérios. Assim é mais fácil não querer controlar. O relógio sabe o momento certo para cada coisa.

Olhei pela janela e a neve caia do lado de fora. O lugar estava tão enfeitado para o natal, que pensei estar na própria cidade do Papai Noel. Fiquei sabendo que ele é um velhinho muito exigente, e que só realiza o pedido das pessoas se elas comemorarem o natal do jeito certo.

Graças a Deus no ano passado pendurei bolas e luzes por toda a casa. Lembro de ter feito um peru bem grande e colocado no meio da mesa. Eu havia convidado os meus amigos do bar para jantarem comigo, mas suas famílias jamais deixariam que um deles estivesse ausente em suas festas de fim de ano.

Fiquei sozinha naquela noite. Eu e o Papi Noel. Conversamos por horas a fio. Acho que é por isso que ele foi com minha cara e decidiu olhar para o meu pedido com mais carinho.

E foi por isso que não questionei muito. Apenas olhei para a cidade e fiquei admirando as casas pequenas com seus telhados cobertos de flocos de algodão. Parecia que toda a extensão da rua tinha suas janelas forradas com um véu branco que deslizava do topo até o chão.

Do lado de fora duendes acenavam para nós com um sorriso imóvel e, em cima dos telhados, cobertos por neve, vários bonecos de papai Noel desciam das lareiras enquanto tentavam não se lambuzar com o gelo.

De dentro do carro acenei para eles e segui viagem. Cheguei em casa e Anayna ainda não estava lá. Tomei um banho fervente, tomei um chocolate quente e capotei no sofá.

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