Mesmo assim, eu continuo correndo como se minha vida dependesse disso. Sem saber onde piso, sinto meu corpo desabar barranco abaixo!

Eu começo a rolar sobre a grama e galhos quebrados, sentindo os cortes se abrirem sobre minha pele. A dor me domina por inteira.

As lágrimas escorrerem por minha bochecha, um soluço sai do fundo do meu peito e eu tento me levantar. Cada curva minha, se estremeceu pela dor.

Ó céus, eu não vejo nada!

Eu pulo sobre a água, quando um isqueiro se acende em minha frente e a máscara preta me faz querer desabafar ali mesmo. Meu coração está tão acelerado que sinto que posso ter uma parada a qualquer momento.

Eu começo a chorar ainda mais, eu estou apavorada. Sim, eu estou muito apavorada.

Dou passos para trás e caio sentada outra vez, minhas mãos se molham ao baterem contra a água do pequeno riacho. Um deles fica abaixado bem na minha frente, sua mão coberta pela luva de couro segura meu pescoço com tanta força que eu paro de respirar.

Luto pelo ar tentando afastar ele enquanto logo a acima, está novamente os outros três. Me observando lutar pela minha própria vida!

Quando ele me solta, eu começo a tossir desesperada pelo ar em meus pulmões. Minhas veias aéreas latejam de dor, não vai demorar até meu pescoço estar marcado pelos cincos dedos.

Ele se levantou, se aproximando ainda mais. Fechei meus olhos com força enquanto as lágrimas desciam feito cachoeiras por meu rosto.

Ele segurou minha blusa entre os dedos e lhe puxou, ela se rasgou e meu corpo tremeu. Sentindo o vendo frío ainda mais contra minha pele.

O frio faz meus poros latejar, meu queixo começa a tremer e eu me abraço. Estou molhada e ainda no meio da floresta seminua, na madrugada.

Eu não posso suportar o frio!

"Por favor!!"-Eu digo baixo em meio a minha crise de choro.

Ele finge não me ouvir, se vira e sobe o morro novamente. Parando ao lado de seus amigos, eles me olham uma última vez.

"Não me deixem aqui, por favor"-Eu grito -"Não me deixem!"

Eu me levanto mas meu corpo gelado mal me permite me dar um passo. Ele se vão! Eles me dão as costas e vão embora.

Sim, eles me deixaram aqui sozinha.

O que eu vou fazer agora?

Minhas pernas não reagem aos meus comandos, mal posso suportar o frio que me domina.

Eu começo a caminhar devagar até não aguentar, me joguei contra uma árvore e cai sentada no chão. Encolhi minhas pernas abraçando as mesmas.

Por que isso está acontecendo comigo?

Meu Deus, as minhas irmãs...o que eles vão fazer com elas?

Nesse momento eu reagi. Me levantei e em passos lentos comecei a caminhar, apoiando minhas mãos sobre as árvores em minha frente. Eu nem ao menos sei se estou no caminho certo!.

"Merda!"-As palavras saíram da minha boca com raiva.

Bati de frente contra uma árvore e senti o sangue escorrer por meu nariz. Aquilo me deixou desconcertada por alguns minutos

O gosto metálico invadiu minha boca e meu estômago reagiu, meu jantar começou a se revirar dentro dele e eu me curvei para frente. O gosto amargo vinha por minha garganta enquanto eu colocava tudo para fora.

Devil's childrenWhere stories live. Discover now