Capítulo 18

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Eduarda | 23 de Janeiro - Domingo.

- Isso não tá bom! - comentei me olhando no espelho. - Os dois patetas podem me ajudar por favor?

Dhiovanna e Gabriel pararam de risadinha e focaram em mim.

- Prima eu amei, ficou gostosa, bonita e deu aquele sútil ar de "me deixa ser sua sobremesa". - olhei pro celular e o Gabriel assentia concordando com ela.

- Então eu vou tirar. - falei já tirando o vestido do corpo.

- Eduarda porque? Ainda não entendi o porque de você está tão pilhada pra um jantar... - Gabriel comentou e eu olhei pra tela do celular, a Dhio sabia o porque, eu nunca tinha falado pra ele porque sabia que ele acharia uma coisa boba.

- Eu nunca fui convidada pra um jantar. - falei como se não fosse nada enquanto olhava alguma roupa dentro do armário.

- Aaaah Eduarda, eu já não te levei pra jantar várias vezes? - neguei só ouvindo a voz dele.

- Idiota, ela tá falando de jantar romântico! - Dhio rebateu me fazendo rir.

- Aquele indigente do Marcelo não teve a cara de pau de te fazer uma coisa assim. - dei de ombros.

- Quando eu disse que meu dedo não é podre, é necrosado, ninguém botou fé. - brinquei puxando um cabide.

- Se você não usar esse eu não te deixo sair de casa. - Gabriel comentou e eu olhei pro celular em dúvida enquanto os dois assentiam.

Bom, o conjunto de cropped e saia vermelho não era de todo mal. Como eu não tinha ideia do que vestir, ia ser esse mesmo.

- Tá, vocês são vão descobrir o que eu vou vestir depois. - falei pegando o celular enquanto os dois resmungavam. - Beijo amo vocês e Dhio, volta logo porque aturar o Gabriel sozinha não da.

Desliguei a chamada de vídeo antes que eles respondessem. Voltei a focar na roupa e confirmei que seria ela, olhei rapidamente a hora vendo que eu só tinha 15 minutos pra terminar de me arrumar.

...

Pedro

Parei o carro na portaria da Eduarda, desci e mandei mensagem avisando, não demorou e ela apareceu abrindo o portão.

Ela estava linda.

O conjunto vermelho combinava com a pele bronzeada, o sorriso largo de sempre no rosto, a maquiagem leve e cabelo que estava num tom mais escuro deixando o que era bonito, mil vezes melhor. Abri a porta pra ela que sorriu e beijou meu rosto.

- Só no rosto? - brinquei enquanto ela sentava no carona rindo.

- Cadê o limite Guilherme? - me debrucei na janela que estava aberta e ela revirou os olhos e me deu um selinho. - Satisfeito?

- Não mas a noite só está começando.

Dei a volta sentando no banco do motorista, olhei pra ela antes de dar partida no carro, ela sorriu meio tímida e focou no trânsito.

- Escureceu o cabelo? - percebi os olhos dela arregalarem levemente. - Ficou bonito, eu gostei!

- Obrigada, quis sair do loiro um pouquinho. - olhei pra ela rapidamente.

Era engraçado vê a Eduarda tímida já que na maioria das vezes ela era toda segura de si e dona do mundo. Não vou negar, essa versão dela também é incrível.

- Vamos aonde? - ela perguntou observando o trajeto.

- Restaurante típico italiano o que acha? Gosta? - ela sorriu assentiu.

- Matando saudade da Itália?

- Ta sabendo sobre mim ein? - ela riu.

- Você que não é muito difícil né?! - ela sorriu arqueando a sobrancelha - Olha só! Eai Siri? Pesquisar sobre Pedro Guilherme atacante Flamengo.

- Essas são as pesquisas sobre Pedro Guilherme atacante Flamengo. - a inteligência artificial disse me fazendo rir.

- Pedro Guilherme. 24 anos. 1,85 de altura. Qual o valor da multa do Pedro? Pedro e Palmeiras. - ela leu o celular me fazendo rir. - Ta achando o que? Eu tenho que saber sobre quem deita na minha cama.

- Está certinha, tem que saber sobre o amor da sua vida. - ela revirou os olhos me falando gargalhar. - Chegamos!

Desci do carro e o manobrista abriu a porta pra ela, descemos e entramos indo para mesa que estava reservada em meu nome. O lugar era muito aconchegante e me lembrava brevemente do período na Itália.

- Achei uma gracinha! - Eduarda comentou depois do garçom sair com nossos pedidos.

- Também acho, Thaísa que descobriu e bom, acabou virando o meu preferido.

- Tô sentindo que vai virar o meu também... - sorri pra ela que ainda olhava o lugar - Para de ficar me olhando que eu fico sem graça.

Ri fraco e ela me olhou sorrindo. Eduarda estava no modo meigo que eu não tinha visto até então mas imaginei que existisse, ela sorriu tímida e desviou o olhar do meu.

- E como anda o trabalho?

- Bom, amanhã eu tenho que ir cedo gravar coreografia, depois já começa o ensaio geral, reunião com equipe, aulas, traduzindo, tudo indo tranquilamente bem. - Ela gargalhou.

- É cansativa a vida de uma dançarina. - ela assentiu. - Será que tem espaço nessa agenda pra ir na nossa estreia? - ela sorriu sem graça.

- Gabriel falou comigo hoje sobre o jogo, não vou está no Rio, mas... - revirei os olhos enquanto ela olhava o celular. - Aqui! Dia 13, no dia do Rep eu vou!

- Vou ter esperar na arquibancada então. - sorri pra ela que me olhava intensamente e com um sorriso no rosto.

Apesar de ser está um clima leve, a tensão entre nós sempre surgia em algum momento e agora, ela estava aqui.

Observei o garçom servi o nosso vinho, peguei a taça e ergui não direção dela.

- Um brinde a nós e a... - deixei no ar porque realmente não sabia nominar o que tínhamos ali.

- Nosso momento. A dois jovens solteiros, livres, que decidiram viver! - ela sorriu e tocou a taça na minha.

- Gostei. - comentei brincando e ela me olhou apreensiva.

- Pedro, eu só vou deixar claro que não quero nada sério no momento, eu tô querendo viver como diz o nosso amigo Lil Gabi.

- Eu sei Eduarda, você acha que já não percebi? Se você me deixar viver com você, por mim tudo bem.

- Você é bem vindo! - ela sorriu levando a taça aos lábios.

Pra mim era estranho na verdade, viver algo assim com alguém depois de um relacionamento longo, mas dizem que pra tudo se tem uma primeira vez e a Eduarda me trazia a vontade de viver um pouco, sem rotular ou querer ter o controle de algo, somente sentir o momento.

Eduarda me trazia... Liberdade.

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A bonita voltou!

Quer dizer, nem tanto.
Ainda estou enrolada com a faculdade, só vou conseguir ficar livre mesmo 10 de abril mas pretendo aparecer antes, peço só um pouco de paciência de vocês.

Liberté • Pedro GuilhermeOnde histórias criam vida. Descubra agora