Capítulo 8°

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     Com as informações recolhidas, Gadriely descobriu que Carlos Del Guerra morava em uma casa cercada completamente por um muro branco. Para chegar na mansão onde ele mora, seria preciso passar por uma pequena vila onde em pontos estratégicos havia homens armados.
   Assim que todos voltaram para a mansão de Kian, Gadriely contou tudo o que viu dizendo também que saberia como levar todo mundo até o local, no entanto, a Arcanjo avisou sobre o local ter a presença de homens armados com fuzis e outros armamentos.

— Precisamos de mais homens primeiramente. Depois disso temos que pegar cada um deles para não da nem tempo deles voltarem para a "fortaleza." - Sugeriu Kian, e puxou o seu celular do bolso. Ele iria ligar para a cede da organização que era na Itália. O mesmo havia deixado uma pessoa administrando até o dia de seu retorno.

— Mauro, preciso que mande mais homens para as Bahamas. Aquele conflito ainda não foi resolvido. Vamos invadir a cede deles.

— Está bem, vou mandar ainda hoje
- Avisou, e Kian desligou em seguida.

*****

— Pronto, agora vem a parte complicada, entrar lá assim que a gente derrubar os homens que estão fazendo a vigilância das ruas.

— Na entrada da rua vai haver homens pois Carlos Del Guerra sabe que vamos querer revidar. Fator surpresa já pode ser descartado - Disse Gadriely.

— Idiotas! no podrás entrar en él
- Disse Juan, que estava ainda amarrado ouvindo tudo.

— Te vamos a usar para poder entrar
- Disse Kian.

— eso es una locura. Te van a matar y luego me tocará a mí - Gritou Juan, evidenciando o medo de perder a vida.

— Tengo un plan, solo conduce - Disse Kian, tentando tranquilizar o cara.

— O que pretende? - Perguntou Sandro.

— Ele vai voltar de carro para o local, eu, você e Gadriely vamos está nos fundos, certamente o carro será revistado.

— Aí será a hora perfeita de matá-los
- Completou Gadriely.

— Gadriely, você lembra das posições onde cada um estava?  - Perguntou Giovanni.

— Parecem guaritas, eles fazem a cobertura dos seguranças. Lembro que têm quatro, duas em cada lado. Existe também uma ladeira que dá em direção a mansão de Del Guerra. Lá existe mais homens. Quando eles souberem que a gente invadiu, uma parte deles vai descer para tentar acabar com a gente. Vamos tomar as guaritas e esperar eles descerem - Explicou Gadriely.

— Precisamos derrubar esses caras da guarita o mais rápido possível - Avisou Sandro.

— Me dê uma arma de longa distância, eu faço a limpa de pelo menos um lado, aí eu corro até essa guarita. Kian pode da cabo dos outros ou é muito pra você? - Alfinetou Gadriely.

— Aposto que mais rápido que você
- Sorriu convencido.

— Duvido muito disso, vou matar mais homens que os dois juntos. Esses desgraçados vão pagar, eu poderia ter perdido o braço - Disse Sandro.

— Pera aí, isso é uma competição? - Gadriely olhou para os dois e ambos sorriram animados.

— Está bem, vamos matar todos
- Avisou Kian, entusiasmado.

— Quando será isso? - Perguntou Sandro.

— Amanhã de manhã - Respondeu Kian dando a reunião como terminada.

    Depois de um banho, Kian e Gadriely entraram no quarto e o assassino não sabia como agir. A arcanjo nem ao menos facilitava pois sua roupa de dormir evidenciava cada curva de seu corpo.

— Pensei que não ia querer dormir aqui.

— Não consegue só dormir comigo?
- Ela se deitou na cama apoiando sua cabeça nas mãos.

— Consigo, que bobagem né? - Tirou a camisa e jogou do outro lado ficando apenas de moletom. Gadriely foi para o outro lado e o mafioso ficou olhando para o teto. A arcanjo ficou unindo os dedos sem saber se perguntava algo ou apenas dormia, mas sempre os seus olhos iam de encontro ao corpo de Kian. Seus braços, sua barriga e peitoral faziam com que ela emudecesse os lábios.

— Eu vi Gabriel hoje - Disse ela tentando sair do transe.

— Como? - Kian virou sua cabeça na direção dela.

— Ele me teletransportou para uma igreja que tinha servido de campo de batalha.

— Como assim?

— Bom... - Se sentou Gadriely. — Existe um anjo que meio que odeia o meu irmão, por isso ele quer tanto me punir. Provavelmente quer me jogar no inferno ou me matar.

— Pensei que vocês eram diferentes....

— Na verdade eu não considero ele como o meu irmão. Existe divisões sobre isso.

Kian interessado pediu para Gadriely continuar.

— Os Arcanjos são irmãos mesmo, foram criados com a mesma linha de poder e também foram criados quase ao mesmo tempo. Eles têm uma espécie de ligação. Existe também anjos como eu que são gêmeas de outros Arcanjos, sendo uma conexão talvez até mais forte. Com o tempo vinheram os outros anjos, cada um era alocado para uma legião de Arcanjo. Os anjos da mesma legião, consideramos irmãos. Os outros você só diz que é pelo fato de que todos nascemos das mãos de um mesmo ser. Não existe a ligação. Aqui na Terra vocês falam sobre ter o mesmo sangue, já com nós é diferente.

— Então tecnicamente... você é irmã mesmo de Lúcifer? - Gargalhou Kian.

— Sim, eu sou irmã dele. E não vou mentir, eu gostava dele, era um ótimo irmão. Mas enfim, história demais, não acha?

— Gosto de ouvir você, sempre gostei
- Admitiu Kian, sorrindo de lado para Gadriely que acabará de lembrar da primeira vez que transou com Kian. A arcanjo havia lembrado da conversa que ela teve antes com ele.

— Acho melhor a gente dormir, amanhã temos pessoas para matar
- Sorriu Kian e apagou a luz do abajur ao lado, mas quando ele se virou, Gadriely beijou ele brevemente e depois disso se virou dando boa noite.

— Buona Notte Gadriely - Desejou e o mesmo envolveu seus braços no corpo dela.

    Mesmo sendo um pequeno gesto, ainda sim fez Gadriely sorri boba se sentindo novamente acolhida, voltando também a sentir aquela sensação que outrora sentiu antes de Kian tomar aquela decisão que marcou ela de forma negativa, contudo Gadriely deixou isso para lá, se permitindo dormir tranquila.

Notas:

Será que o coração da Arcanjo está finalmente amolecendo?

Entre o Amor e as Armas: Irmão Contra Irmão Where stories live. Discover now