01: Introdução

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Notas da autora:

Boa tarde meus amores, como vocês estão?? Conforme muitos me pediram, aqui está uma história todinha focada no Tyler, sempre dei propriedade ao Joey na hora de escrever, e de certa forma acabei deixando o Ty de lado. Porém cá está, eu espero que vocês gostem ❤️

Ps: Votem e comentem bastante, podem deixar perguntas nos comentários e prometo que responderei no próximo capítulo ;D

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POV Tyler

Chego em casa depois de mais um dia cheio no trabalho. Mas estou feliz, afinal estou de férias! Ficarei dois meses apenas curtindo com minha família. Isso porque deixei duas férias acumularem para poder aproveitar esse ano.

Sendo diretor de um hospital, sempre preciso estar por perto. Mas não agora.

Iremos sair de viagem amanhã, passaremos uma semana na casa do meu irmão e de lá iremos para a Itália. Aonde ficaremos mais algumas semanas em uma casa de campo que temos por lá.

Sorrio levemente ao imaginar o quão relaxante isso será. Porém deixo de sorrir assim que coloco os pés para dentro de casa. Pois parece que um furacão passou por aqui. Ouço vozes altas e alteradas vindas da área da piscina, deixo minha maleta em cima do sofá e sigo para lá enquanto afrouxo minha gravata.

Emanuelle está de pé com os braços cruzados e um olhar irritado ouvindo as crianças que parecem competir para ver quem fala mais alto. A água da piscina está roxa assim como cinco dos meus filhos que estão em roupas de banho. Os outros três estão secos porém também estão alterados.

Ter oito filhos óctuplos implica nisso. Discussões e confusões diárias.

— O que está acontecendo aqui? – Pergunto me aproximando deles.

Manu solta um suspiro de alívio ao me ver chegar.

— Ai Ty... Olha a bagunça que está isso aqui. – Diz ela balançando a cabeça em sinal negativo.

Olho as crianças que se calaram assim que ouviram minha voz.

Ao todo tenho seis meninas e dois meninos, isso sendo a remessa dos gêmeos. Sem contar com Johnny e Liz que não moram mais conosco porém que não saem daqui. Além dos filhos destes. Liz tem dois meninos e está grávida do terceiro. Johnny possui os gêmeos com Melissa e mais um casal com Jane. Sim, minha família é enorme e isso não é segredo.

Nunca me imaginei tendo uma família tão grande... Lembro da época em que era apenas meu pai, meu tio meu avô e eu. Depois chegou Joey, em seguida Alex e Melissa. Johnny nasceu pouco depois, e alguns anos depois veio Liz. Não pensei que fosse ter mais de dois filhos... Mas então Manu engravidou e descobrimos que não era apenas um ou dois bebês. Eram oito. OITO!

Eu quase surtei quando descobri isso. Nossa família de apenas quatro (Na época Johnny já estava morando sozinho, então éramos apenas Manu, Elizabeth e eu em casa), acabou se tornando uma família de doze. Tudo foi uma verdadeira loucura. O problema é que eles crescem rápido demais... Então tomamos uma medida um tanto quanto que mais rígida.

Os gêmeos apresentam os dezoito anos de idade, por conta dos saltos de idade que deram no início. Porém a maturidade deles não chega nem perto e Manu eu decidimos que iremos tratá-los de acordo com a maturidade que possuem. É uma forma que temos de aproveitar melhor a infância que eles acabaram perdendo devido ao salto. Afinal somos imortais, não há pressa em crescer.

— Bárbara, você é a mais velha. Conte o que houve. – Peço olhando minha menina. Barbie é mais velha que o irmão apenas por dois minutos, mas já conta.

— Estávamos na piscina brincando de vôlei. – Explica ela olhando os demais que concordam com a cabeça afirmando a história – Só que aí a bola caiu fora da água. Eu pedi para o Thomas pegar, ele estava sentado na borda com a Victoria e a Catherine estava lá dentro com a mamãe. O Tommy pegou a bola e jogou na piscina, porém no momento que ele fez isso a água começou a mudar de cor. Ficou roxa papai! E a tinta grudou nos nossos corpos.

Bárbara fala tudo com pressa e já com os olhos marejados. Ela é loira e possui os cabelos lisos na altura da cintura e os olhos verdes como os meus. Bárbara é magra e baixinha como quase todos os irmãos. Certamente herdaram isso da mãe.

— Mas não fui eu que joguei essa substância na água papai. – Se apressa em defender-se Thomas.

— Na verdade temos quase certeza de que é um dos produtos que a que a Bell possui... – Rebate Julietta encarando a irmã de forma desconfiada e acusadora.

— Isso não significa que fui eu quem fiz isso Julie! Eu estava na água com vocês lembra??

— Está insinuando que quem fez isso estava fora da água? Porque aí só sobrou a Cath, a Victoria e eu. – Indaga Thomas irritado.

— Eu estava com a mamãe.. – Ouço Catherine dizer baixinho.

— Ou seja, sobrou Vicky e eu. Está querendo dizer que foi um de nós dois??

— É a lógica... – Murmura Isabel cruzando os braços.

— Até parece Bell. Eu fiz um favor a vocês jogando a bola de volta. Se enxerga.

Thomas está alterado. Isso não é bom.

— E até agora o Max não falou nada. Não acham isso suspeito? – Questiona Victoria.

— Me deixa fora disso Vicky! Eu só não quero confusão com ninguém. – Murmura o meu caçula com um bico nos lábios. – Além do mais a Carly também não disse nada...

Olho em direção a Caroline que está no chuveiro tentando tirar a tinta roxa do cabelo.

— Não foi ela. Acha que ela iria fazer isso e sujar o cabelo com essa merda? – Questiona Thomas balançando a cabeça.

Perco minha paciência nesse ponto e pego Tommy pelo braço. Thomas possui o cabelo loiro e os olhos verdes, a pele é branca e ele é mais alto que os irmãos. Ele é quase idêntico e Max, só muda a altura.

— Chega. Eu cansei dessa discussão e o mocinho precisa rever esse vocabulário. – Digo lhe dando uma palmada com força moderada no bumbum.

PLASS

— Auuu!! Papai isso doeu!

— Vai para o chuveiro.

Thomas me olha de forma sentida e caminha irritado em direção a outro chuveiro livre que há aqui. Ao todo temos quatro chuveiros que fazem parte da área da piscina.

— Bárbara. – Chamo e ela me olha receosa.

— Papai..

— Anda, venha aqui.

— Mas eu não fiz nada...

— Estava discutindo, como todos os seus irmãos. Se acusando aos quatro ventos. E isso é muito feio. – Digo sincero e vejo ela se aproximar devagar. Lhe seguro pelo braço.

PLASS

Aplico uma palmada com o mesmo nível de força que utilizei com Tom.

— Aii!! – Barbie se queixa colocando as mãos no bumbum.

— Chuveiro filha.

A loirinha corre para o chuveiro no qual eu apontei.

— Victoria.

Chamo e repito o mesmo processo com os demais. Um por um. Eles revezam os chuveiros e eu solto um suspiro.

— Você sabe quem foi amor? – Pergunto olhando a ruiva que me olha em seguida.

— Não faço ideia. Só sei que a Cath não foi. Ela estava comigo de fato.

— Bom... Então eliminamos uma.

— A Carly também não parece ter sido. Ela surtou quando viu a cor da água e do cabelo.

— O Tommy pareceu irritado demais para alguém culpado. Acho que ele também está fora.

— Bárbara não faria isso, ela estava se divertindo na água e sabe como ela é chatinha em relação a essas coisas.

— Então sobram Vicky, Max, Julie e Bell.

— A substância parece realmente ser do laboratório da Bell. – Lhe lembro.

— Não sei se ela faria algo tão óbvio amor. Nossa pequena é inteligente demais para isso. Ela não iria se entregar dessa forma.

— Isso é verdade... – Isabel é a nossa pequena cientista, deixei um cômodo da casa para ela brincar e acabou virando um pequeno laboratório improvisado.

Respiro fundo pensando um pouco.

— Não há como saber. A não ser que algum deles confesse. – Murmuro sincero.

— E o que vamos fazer?

— Vamos sentar com eles, conversar, explicar os riscos que uma substância química pode causar além do incômodo que é. Afinal a tinta não parece estar saindo com facilidade. – Murmuro com uma careta enquanto olho as crianças tentando se limpar.

— E podemos dizer que se o responsável não assumir a culpa, todos serão castigados. – Diz ela cruzando os braços junto ao peito de forma decidida.

— Acha isso justo?

— Não, mas foi algum deles. E se um não assumir os oito serão punidos. É simples. – Diz ela sincera. – Mas acho que não iremos chegar a tanto. Afinal sabe como eles são...

— Com certeza o responsável se sentirá culpado e acabará falando. – Interpreto entendendo o que ela quis dizer.

— Exatamente. – Sorri minha esposa de forma inteligente.

Sorrio levemente e lhe puxo suavemente para um abraço intenso.

Ficamos ali até todos estarem secos com uma toalha em mãos. A tinta não saiu por completo, na realidade os cinco que estavam na água ainda estão com metade dos corpos roxos. Porém está em um tom bem mais claro. Acho que a tinta só irá sair depois de algumas horas. Eu espero pelo menos... Espero que não seja aquelas que duram por dias.

Respiro fundo e entro em casa com os oito atrás de mim. Praticamente em fila indiana. Sinto que essa conversa ainda irá me estressar.

Desafio Winchester - Óctuplos em ação Onde as histórias ganham vida. Descobre agora