"Que bonitinho, você está todo apaixonado"-O abracei bagunçando seus cabelos.

"Para"-Ele me afasta fingindo estar bravo.

"Nara precisa saber disso. Ela vai pirar"-Peguei o celular dele para avisar ela.

"Quando você vai comprar um celular novo em"-Cruzou os braços.

"Quando eu tiver dinheiro o suficiente. Seus pais estão me pagando bem, mas tenho umas dividas e a faculdade"- Digo enquanto dígito no aparelho.

"Se quiser eu te compro um e quando você tiver grana me paga"-Fala sugestivo e eu nego-"Considere um presente de aniversário"

"Não posso aceitar"-Falo enviando a mensagem-"Um celular não é como se fosse uma blusa. É caro!"

"Eu tenho dinheiro pra isso, e outra. Você precisa muito de um, está ficando difícil de se comunicar com você"

"Eu sei, mas vou dar um jeito. Eu tentei achar o meu depois que perdi mas não estava por lá, alguém deve ter pegado"

"Mais um motivo para você ter outro, você previsa bloquear suas coisas antes que a pessoa que pegou tenha acesso a tudo".

"Eu sei"-Suspirei fundo e a porta se abriu.

"Como assim você vai sair com a Morgan?"-Nara entrou feito um furacão-"Seu desgraçado, você mentiu pra mim dizendo que não gostava dela"

"Talvez agora eu goste"-Ele deu de ombros e ela se sentou na nossa frente.

"Não acredito, finalmente nosso filho vai perder a virgindade"-Ela colocou a mão sobre o peito e ele tacou uma borracha nela.

"Vai se foder viu"-Ele revirou os olhos e a gente riu.

"Gente, está na hora de vocês irem"-Falo me levantando-"Está ficando tarde e logo meus país vão chegar"

"Eu já disse que quando você quiser, pode vir morar comigo"-Nara se levanta e eu recolho as coisas da mesa.

"Vai ficar bem aqui?"-Cris me ajudou e depois me olhou.

"Sim, já estou a costumada com isso a vinte e dois anos. Relaxa?"-Sorri fraco

"Vamos indo então, porque não sei se consigo olhar para seus pais sem querer matar eles"-Nara puxa Cris-"Até amanhã meu amor"

"Até."Respondo com um sorriso

Eles beijam minha bochecha e saem, eu termino de recolher tudo e subo para meu quarto.

Tranquei a porta assim que ouvi eles chegarem, fui até o banheiro e tomei um banho. Coloquei um short e uma regata, estava muito calor e hoje eu não iria trabalhar.

O som da risadas deles ecoava pela casa, estavam bêbados e drogados como sempre. Dava para ouvir seus corpos se esbarrando pelos móveis

Eu me deitei e apaguei a luz, estava cansada do dia. Então eu só queria dormir e assim aconteceu, apesar de todo o barulho eu acabei pegando no sono.

Eu não me dei conta de que horas eram e como aconteceu. Mas a única coisa eu sabia, era que estavam me sufocando.

As duas mãos sobre meu pescoço prendia completamente meu ar. Eu me debatia tentando fazer algo mas me via completamente sem forças

Abri os olhos e não conseguia ver que estava sobre mim, mas suas mãos amassavam minha traquéia.

Eu estiquei minha mão e peguei um vaso que estava sobre a cômoda e quebrei em sua cabeça. A pessoa caiu para trás e eu me levantei tentando recuperar o ar que me faltava.

Cai da cama direto no chão, apoiei minhas mãos sentindo minha cabeça girar e meus pulmões arderem. Tentei me levantar para acender a luz mas uma dor forte me tomou.

A mão grudou em meus cabelos e me jogou do outro lado do quarto. Bati minhas costas contra a parede e cai no chão gemendo pela dor que me percorreu meu corpo.

"Merda!"-Gemi tentando me levantar mas acabei caindo quando um chute acertou minha barriga

Eu fui de encontro ao chão novamente batendo com meu rosto ali e outro chute me acertou, eu perdi novamente meu ar como se meus pulmões estivessem fechados.

"Da para parar com esse barulho aí?"-Meu pai gritou do seu quarto

Mas eu não tinha forças nem para me mexer. Minhas mãos vagaram pelo chão tentando encontrar algo para me defender mas não consegui.

Aquela pessoa segurou meus cabelos novamente e me puxou me fazendo ficar em pé, minha cabeça estava latejando pela forma com meus cabelos estavam sendo arrancados da mim.

"Me solta!"-Gritei-"O que está fazendo?".

Mas não foi o suficiente, o monumento era mais forte que eu e muito maior. Meu rosto se estremeceu quando ele me acertou um soco, meus lábios começaram a sangrar no mesmo instante e um dos meus olhos se cobriu pelo sangue que escorria da minha sobrancelha.

Mais três socos me acertaram e a dor me tomou conta de uma forma que eu achei que ia desmaiar.

Sem forças alguma ele começou a me arrastar para fora do quarto e parou quando chegamos na ponta da escadas. Eu cambaleei quando ele me soltou, e logo em seguida senti seu pé contra meu peito.

Ele me chutou fazendo com que eu caísse vinte e um degraus abaixo.

...

Quando abri meus olhos, eu sentia cada centímetro do meu corpo doer. Minhas pálpebras estavam pesadas e inchadas, estava difícil de enxergar qualquer coisa.

Minhas vistas embaçadas e tomadas pela escuridão do quarto.

Eu tentei me mexer mas a dor me impossibilitou. Meu braço direito estava enfaixado e sentia meu osso latejar.

Pelo cheiro eu sabia que estava no hospital.

Fechei os olhos novamente e depois os abri, uma sombra estava parada no canto da parede. Fixei meu olhar sobre ela até a mesma se mover fazendo meu coração disparar

Ele foi se aproximando até eu poder ver seu rosto pela luz da rua que iluminava o quarto.

"Como está Isla?"-Ouço a voz grave do Pai de Octávio.-"Não pode falar não é?"

Realmente, eu não conseguia. Meu maxilar estava travado, muito provavelmente ele se quebrou quando levei aqueles socos.

"Tudo bem, eu mesmo digo"-Ele segura meu rosto e eu fecho os olhos sentindo uma dor absurda-"Não leve para o lado pessoal, são apenas negócios"

Ele continua apertando meu rosto e as lágrimas escorrem por minha bochecha conforme a dor se intensifica. E eu nem ao menos consigo me mexer.

"Eu sei que tem visto meu filho, sei que ele está desviando dos projetos dele por você, e querendo por muita coisa a perder por causa disso"-Sua outra mão apertou meu braço machucado e eu gritei internamente-"Então esse é o seu último aviso. Se voltar a vê-lo, eu matarei sua família, seus amigos e por último você. E farei você assistir tudo!"

Apertei meus olhos e soluçei sentindo uma vontade absurda de morrer. Meu rosto estava molhado por minhas lágrimas e minha garganta soltava gruñidos de dor!

"Tenho certeza que você é inteligente o suficiente para entender isso"-Ele aproxima seu rosto do meu-"Não serei piedoso da próxima"

Ele deu um tapa em meu rosto fazendo eu me contorcer sobre a cama com o tanto que aquilo latejou. Deus, que tortura!

Ele saiu me deixando ali em prantos e prestes a desmaiar pela dor absurda que eu estava sentido.

A máquina que estava ligada ao meu coração começou a apitar tão rapidamente que as enfermeiras entraram achando que eu estava tendo uma parada.

E eu estava mesmo!

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_Beijos da Isa💞_

 Primeiro Livro da saga: Children of the night// One NightWhere stories live. Discover now