Chapter Thirty-One: My Blood

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    - Vocês deveriam estar juntos, então, e não lutando um contra o outro!

    O basilisco apertou seu corpo e Harry soltou um grito conforme seu corpo ia sendo esmagado. Houve uma gargalhada sinistra vinda de onde Tom estava.

    - Ele... louco - Harry tentou sussurrar entrecortado. - Me... ajude... por favor.

    - Por que eu acreditaria em você? - o basilisco perguntou num cochicho furioso.

    - Deixe-me... levantar a... mão e eu te... mostro - ele sentia que seu rosto estava ficando roxo, e sua cabeça parecia meio mole.

    De repente, o ar voltou aos seus pulmões e o sangue pareceu correr normalmente, como se ele tivesse tirado um torniquete enorme. Tossindo, Harry tentou se concentrar no anel que sempre usava no dedo — aquele que guardava os seus segredos e o seu sangue.

    O anel de prata que imitava uma cobra apareceu, a esmeralda reluzente entre a cauda e a cabeça da serpente. Harry levantou o braço, esperando que o basilisco estivesse vendo claramente e entendesse o significado daquilo.

    - O anel de herdeiro... - o animal sussurrou, parecendo maravilhado. - Mas... e quanto a Tom?

    - Ele tomou decisões ruins no futuro, depois daquilo - ele sinalizou para onde sabia que o adolescente estaria. - Perdeu sua sanidade. Eu quero ajuda-lo, de verdade, mas tê-lo assim no mundo só traria mais desgraça para Slytherin quando ele começasse a usar seu nome para justificar carnificinas.

    - Abra seus olhos, pequeno herdeiro.

    Harry se encolheu com a ordem da cobra, mas obedeceu, a cabeça ainda baixa. A ponta da cauda se aproximou e bateu de leve no seu queixo, fazendo-o olhar para cima, diretamente nos olhos do basilisco. Esperou a morte, mas ela não veio. Os olhos amarelos aterrorizantes olhavam-no com algo parecido com arrependimento, o que os deixavam ainda mais assustadores.

    - Temos uma segunda pálpebra que anula os efeitos do nosso olhar - explicou num sussurro, tranquilizando Harry — levemente. - Eu vou ajuda-lo, mas somente com uma condição.

    Harry assentiu, levemente assustado, mas a vida de Astória em mente.

    - Você tem que me matar.

    O moreno se assustou, seus olhos se arregalando.

    - Pense em como é viver centenas de anos presa numa Câmara. Eu sinto fome, solidão... E sou obrigada a obedecer ao herdeiro. Tom era legal quando mais jovem, mas essa versão é... - ela pareceu estremecer, ou o que quer que as cobras faziam quando estremeciam. - Não quero passar o resto da vida presa aqui ou atacando bruxos. Não era isso o que Salazar queria.

    - Não posso mata-la - Harry sussurrou, perdido.

    - Então encontre alguém que possa. Pegue minha carcaça e faça bom uso dela. Use o meu veneno para se manter seguro, pequeno herdeiro.

    - Tudo bem - ele murmurou, sentindo-se mais triste do que deveria. Afinal, entendia a vontade de morrer por causa da fome e da solidão.

    - O que quer que eu faça?

    Harry tinha pensado bem sobre isso. Esperava muito que funcionasse.

    O veneno de basilisco era um nos venenos mais letais — se não o mais letal — do mundo. Nada poderia curá-lo, então por que não seria capaz de... destruir uma Horcrux?

    - Preciso que você morda isso.

    Ele alcançou o seu bolso e tirou o diário de lá.

What you did in the DarkWhere stories live. Discover now