- Vocês deveriam estar juntos, então, e não lutando um contra o outro!
O basilisco apertou seu corpo e Harry soltou um grito conforme seu corpo ia sendo esmagado. Houve uma gargalhada sinistra vinda de onde Tom estava.
- Ele... louco - Harry tentou sussurrar entrecortado. - Me... ajude... por favor.
- Por que eu acreditaria em você? - o basilisco perguntou num cochicho furioso.
- Deixe-me... levantar a... mão e eu te... mostro - ele sentia que seu rosto estava ficando roxo, e sua cabeça parecia meio mole.
De repente, o ar voltou aos seus pulmões e o sangue pareceu correr normalmente, como se ele tivesse tirado um torniquete enorme. Tossindo, Harry tentou se concentrar no anel que sempre usava no dedo — aquele que guardava os seus segredos e o seu sangue.
O anel de prata que imitava uma cobra apareceu, a esmeralda reluzente entre a cauda e a cabeça da serpente. Harry levantou o braço, esperando que o basilisco estivesse vendo claramente e entendesse o significado daquilo.
- O anel de herdeiro... - o animal sussurrou, parecendo maravilhado. - Mas... e quanto a Tom?
- Ele tomou decisões ruins no futuro, depois daquilo - ele sinalizou para onde sabia que o adolescente estaria. - Perdeu sua sanidade. Eu quero ajuda-lo, de verdade, mas tê-lo assim no mundo só traria mais desgraça para Slytherin quando ele começasse a usar seu nome para justificar carnificinas.
- Abra seus olhos, pequeno herdeiro.
Harry se encolheu com a ordem da cobra, mas obedeceu, a cabeça ainda baixa. A ponta da cauda se aproximou e bateu de leve no seu queixo, fazendo-o olhar para cima, diretamente nos olhos do basilisco. Esperou a morte, mas ela não veio. Os olhos amarelos aterrorizantes olhavam-no com algo parecido com arrependimento, o que os deixavam ainda mais assustadores.
- Temos uma segunda pálpebra que anula os efeitos do nosso olhar - explicou num sussurro, tranquilizando Harry — levemente. - Eu vou ajuda-lo, mas somente com uma condição.
Harry assentiu, levemente assustado, mas a vida de Astória em mente.
- Você tem que me matar.
O moreno se assustou, seus olhos se arregalando.
- Pense em como é viver centenas de anos presa numa Câmara. Eu sinto fome, solidão... E sou obrigada a obedecer ao herdeiro. Tom era legal quando mais jovem, mas essa versão é... - ela pareceu estremecer, ou o que quer que as cobras faziam quando estremeciam. - Não quero passar o resto da vida presa aqui ou atacando bruxos. Não era isso o que Salazar queria.
- Não posso mata-la - Harry sussurrou, perdido.
- Então encontre alguém que possa. Pegue minha carcaça e faça bom uso dela. Use o meu veneno para se manter seguro, pequeno herdeiro.
- Tudo bem - ele murmurou, sentindo-se mais triste do que deveria. Afinal, entendia a vontade de morrer por causa da fome e da solidão.
- O que quer que eu faça?
Harry tinha pensado bem sobre isso. Esperava muito que funcionasse.
O veneno de basilisco era um nos venenos mais letais — se não o mais letal — do mundo. Nada poderia curá-lo, então por que não seria capaz de... destruir uma Horcrux?
- Preciso que você morda isso.
Ele alcançou o seu bolso e tirou o diário de lá.
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What you did in the Dark
Fantasy"Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar do sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e...
Chapter Thirty-One: My Blood
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