Fairy Tale ⁀➷ S/N ✘ Wantasha

❝Isso é uma promessa, S/N...❞ - 𝐂𝐀𝐏𝐈𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐄 𝐔𝐌

Dando as costas para a Harkness, ela aproximou-se da porta, preparando-se para sair. Contudo, antes que pudesse desaparecer da visão da Bruxa das Trevas, Agatha a interrompeu.

— Sylvie? — A loira parou, sem coragem para virar-se. O sorriso baixo da morena tranquilizou parte do medo e do temor da Laufeydottir. — Eu não seria tão exagerada ao ponto de fazer você esperar décadas ou centenas de anos para conseguir o meu perdão. — Ela riu entredentes. — Essas feridas irão se curar. E, quando isso acontecer, estarei pronta para regressar ao que tínhamos, Sylvie. — A Deusa da Mentira consentiu positivamente, contente com as palavras da Harkness. — E sabe...? Você me deu um presente, então está na hora de dar o seu... — Agatha respirou fundo. — Gamora também te ama. — A revelação fez Sylvie arregalar os olhos.

— C-como? — Agatha inclinou a cabeça, quase irônica.

— Telepatia é extremamente útil. — Brincou a Bruxa das Trevas. — Pare de agir como uma covarde, loira. Chame-a para um encontro, ela não irá te rejeitar, tudo bem? Você precisa aproveitar a sua chance de felicidade, e não jogar tudo isso fora graças a um medo irracional. — Aconselhou a morena. Sem debater com a Harkness, Sylvie sabia que a morena estava correta naqueles dizeres. Por isso, ela fez uma nota mental, certificando-se de ir procurar Gamora quando saísse do cômodo de Agatha. — Boa sorte, Syl... — Agatha voltou a quebrar a própria distância contra a deusa, desejando sorte em um tom sincero e verdadeiro. Abrindo os braços, Sylvie surpreendeu-se quando a Harkness ofereceu um abraço depois de todos os acontecimentos. — Venha aqui, loirinha. — Sem hesitar, Sylvie arrastou-se até Agatha para abraçá-la, apertando-a nos próprios braços da rainha de Asgard. Por ser mais baixa, Agatha aproveitou-se da posição para deitar o queixo no ombro da Laufeydottir, intensificando aquele gesto carinhoso. — Fique bem enquanto eu não estiver aqui...

— Pode deixar, Aggie...

Agatha não se emocionou tanto ao despedir-se de Sylvie e das outras mulheres do time, a tristeza não era algo habitual para Agatha Harkness. Contudo, sabendo que você - Wanda e Natasha incluídas - seria a última a dizer "adeus", a Bruxa das Trevas necessitou se esforçar para não chorar diante das próprias noras. Señor Scratchy saltou dos seus braços, sendo pego por Agatha antes que um acidente pudesse acontecer.

— Ei, coelho bobão, eu também vou sentir saudades. — Agatha colocou um beijo nas orelhas felpudas do animal. Señor Scratchy choramingou, enrolando-se em sua mãe enquanto você o acompanhava, fungando baixinho. Você sempre foi tão dramática, mas era inevitável não ser. Não quando você passou anos convivendo com a sua mãe, apenas vocês duas e um coelho demônio esbranquiçado. — S/N, o que eu disse sobre chorar? — Agatha arqueou uma única sobrancelha, te repreendendo. Você tentou engolir o choro, mas aquela tentativa mostrou-se uma atitude falha. A Harkness mais velha suspirou, sorrindo fracamente. — Você vai ficar bem, bruxinha... Eu tenho certeza disso. — Sua mãe te trouxe para um último abraço antes que pudesse partir para Salem. Você aproveitou daquilo como se fosse a última vez, querendo memorizar o calor de sua mãe. Erguendo a cabeça, a Bruxa das Trevas mirou Wanda e Natasha, que assistiam a interação com tristeza, porém compaixão. — Cuidem dela.

— Pode confiar em nós, Agatha... — Jurou a Romanoff.

— Nós iremos cuidar muito bem de S/N...

— Obrigada por isso, meninas. — Você escutou quando a Harkness agradeceu. Você ainda estava surpresa com a maneira como Agatha finalmente aceitou Natasha e Wanda, como ela estava disposta a confiar em ambas para cuidar de ti - mesmo que você soubesse se defender sozinha - quando, há alguns meses, tudo o que mais Agatha queria era te afastar de todo o time. — Eu tenho que ir agora, filha... — Distanciando-se, Agatha beijou a sua testa, demorando alguns segundos para se afastar. — Eu te amo, botão de ouro.